domingo, 14 de maio de 2017

Amostragem e estimação



INTRODUÇÃO
No presente trabalho vamos falar a cerca da teoria de amostragem e estimação, visto que este é um tema importante para o nosso quotidiano, porque através de certos conhecimentos que se adquirirem neste trabalho poderemos estudar e saber um pouco mais a cerca duma população a partir do levantamento estatístico dos dados observados em amostras aleatórias.   

















OBJECTIVOS GERAIS
Durante a elaboração do trabalho geralmente pretendemos estar cientes todos os membros do grupo para que o trabalho não seja apenas realizado de modo a satisfazer o professor mas sim também para que possamos adquirir como conhecimento toda informação que nos poderá ser útil para qualquer que seja o momento, e analiticamente saber dominar o estudo a cerca da população.


OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Quanto aos objectivos específicos no que diz respeito ao trabalho podemos mencionar ou citar: as teorias de amostragem, a importância do estudo da teoria de amostragem, as técnicas de amostragem, a amostragem aleatória simples, a amostragem sistemática, a amostragem sistemática ou proporcional, a amostragem por grupos (clusters, conglomerados), o teorema central do limite e a estimação.

TEORIA DE AMOSTRAGEM
A amostra é uma parte de elementos seleccionada de uma população estatística. A teoria da amostragem é um estudo das relações existentes entre uma população e as amostras delas extraídas. A teoria da amostragem é assim um dos instrumentos que possibilita esse conhecimentos científico da realidade, onde outros processos ou métodos alternativos, por razões diversas, não se mostram adequados ou até mesmo possíveis.
Enquanto um senso envolve um exame a todos os elementos de um dado grupo, a amostragem envolve um estudo de apenas uma parte dos elementos. A amostragem e em particular os processos de amostragem aplicam-se em variadíssimas áreas do conhecimento e constituem, muitas vezes, a única forma de obter informações sobre uma determinada realidade que importa conhecer.
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA TEORIA DE AMOSTRAGEM
A teoria da amostragem estuda as relações existentes entre uma população e as amostras extraídas dessa população. É útil para avaliação de grandezas desconhecidas da população, ou para determinar se as diferenças observadas entre duas amostras são devidas ao acaso ou se são verdadeiramente significativas. Amostragem é o processo de determinação de uma amostra a ser pesquisada.
A amostragem consiste em seleccionar parte de uma população e observá-la com vista a estimar uma ou mais características para a totalidade da população.
O estudo da teoria de amostragem pode ser importante quanto a:
Ø  Estimação de parâmetros populacionais;
Ø  E determinação das causas de diferenças observadas entre amostras.
 
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM
1a técnica:
Amostragem probabilística (aleatória) - a probabilidade de um elemento da população ser escolhido é conhecida.

2a técnica: 
Amostragem não probabilística (não aleatória) - Não se conhece a probabilidade de um elemento da população ser escolhido para participar da amostra.

AMOSTRAGEM ALEATÓRIA SIMPLES
Geralmente a selecção é feita sem reposição e cada amostra é feita unidade a unidade até que se atinja o número pré-determinado. A amostragem aleatória simples é o tipo de amostragem probabilística mais utilizada. Dá exactidão e eficácia à amostragem, além de ser o procedimento mais fácil de ser aplicado todos os elementos da população têm a mesma probabilidade de pertencerem à amostra. É bastante preciso e apresenta todos os elementos da população com probabilidade conhecida de serem escolhidos para fazer parte da amostra. O processo consiste em seleccionar uma amostra “n” a partir de uma população “N”.
Neste método, o que se tem que fazer primeiro é elaborar uma lista dos elementos da população, numerados de acordo com a quantidade de elementos, para então serem sorteados. Todo o número tem a mesma probabilidade de ser sorteado e não há repetição. 
Exemplos
1.      Uma cidade turística tem 30 hotéis de três estrelas. Pretende-se conhecer o custo médio da diária para apartamento de casal. Os valores populacionais consistem nos seguintes preços diários (em dólares): 25, 20, 35, 21, 22, 24, 25, 30, 38, 24, 20, 20, 25, 20, 19, 25, 23, 24, 28, 24, 24, 22, 28, 26, 23, 25, 22, 27, 25, 23.
Extraia uma amostra aleatória simples de tamanho 10 desta população por sorteio.  R: Escrevemos os valores em papéis, então os colocamos em uma urna, misturamos e sorteamos a amostra de n=10.
Resultado obtido: n= (20, 24, 22, 28, 23, 24, 21, 20, 25, 27) 
2.      Vamos retirar uma amostra para uma pesquisa de estatura de quarenta alunos da nossa sala de aula.
a)      Numeramos os alunos de 01 a 40.
b)      Escrevemos os números, de 01 a 40, em pedaços de papel, colocando-os dentro de uma urna. Mexemos a urna para misturar bem os papéis, e retiramos, um a um, cinco números que farão parte da amostra.
Neste exemplo o tamanho da amostra é igual a 10% da população mas este percentual pode variar dependendo do tamanho da população que está sendo estudada. Esse processo não é muito prático para grandes populações, nesse caso é preferível utilizar uma tabela de números aleatórios.
USO DA TABELA DE NÚMEROS ALEATÓRIOS:
1º passo:
Elaborar a relação dos dados brutos da população, ordenando os números com uma numeração aleatória. Como dispomos de um conjunto de elementos de 30 números começaremos pelo 00 até o 29, usando dois dígitos, caso tivéssemos 1000 elementos, iniciaríamos pelo 000 até o 999, e assim sucessivamente, usando então três dígitos.  
N.º Hotel Custo:          N.º Hotel Custo:         N.º Hotel Custo:        N.º Hotel Custo:          N.º Hotel Custo:
00 - $25                       06 - $25                      12 - $20                     18 - $28                       24 - $23
01 - $20                       07 - $30                      13 - $19                     19 - $24                       25 - $25
02 - $35                       08 - $38                      14 - $25                      20 - $24                      26 - $22
03 - $21                       09 - $24                      15 - $23                      21 - $22                      27 - $27
04 - $22                       10 - $20                      16 - $20                      22 - $28                      28 - $25
05 - $24                       11 - $25                      17 - $24                      23 - $26                       29 - $23 

2º Passo:
Agora iremos sortear o valor de n, aqui num tamanho igual a 10, utilizando a tabela de números aleatórios. Utilizaremos a tabela agrupando 2 em 2 números pois nossa amostra é de dois dígitos, começando de qualquer ponto na vertical ou na horizontal, até conseguirmos sortear o tamanho de n existente.
09 - $24                 13 - $19               06 - $25                      56 -
11 - $25                  67 -                     21 – Repet.                 43 -
51 –                         20 - $24              19 - $24                     37-
86 –                         21 - $22               46 -                           86 -
35 –                         13 – Repet.          93 -                           32 -
12 - $20                   33 -                      80 -                           70 -
25 - $25                   62 -                      89 -                           96 -
37 –                         61 -                       37 -                           61 -
59 –                          60 -                      62 -                           18 - $28 

3º Passo:
Acima estão os números sorteados, os que não têm na amostra são descartados, e no nosso caso como não utilizaremos as repetições, pois queremos um sorteio sem reposição, então também serão descartadas as repetições. Nossa Amostra então será: (24, 25, 20, 25, 19, 24, 22, 25, 24,28)  
Nota: Nosso espaço amostral era de n (A) = 100 números de 2 dígitos (00 a 99). A probabilidade de sortear um hotel, seguindo a tabela de números seria de 30/100 ou 0,3. Tivemos que percorrer um espaço amostral, na tabela com n (A) = 36 (n.ºs de 2 dígitos) para que pudéssemos encontrar um conjunto evento com. N (E) = 10 hotéis + 2 repets. = 12, então a probabilidade foi de 12/36 = 0,33. Como 0,30 e 0,33 não estão muitos distantes, podemos afirmar que os números da tabela de números aleatórios, usados, são equiprováveis.                         

AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA
Amostragem sistemática Este método é também chamado quasi-aleatório por não dar a todas as amostras que se podem retirar de uma população a mesma probabilidade de ocorrência. Para aplicação deste método é necessário calcular o rácio K = N n.
Em seguida, escolhe-se aleatoriamente um número, no intervalo [1,K], que servirá como ponto de partida e primeiro elemento da amostra. Adicionando ao primeiro valor obtido o rácio K (arredondando o resultado por defeito), obtêm-se o segundo elemento e a adição sucessiva do mesmo rácio permite encontrar os restantes elementos da amostra. Como se verifica, apenas o primeiro elemento é escolhido aleatoriamente enquanto os restantes são determinados de modo sistemático pelo rácio.


Exemplos
1.      Se K = 2, então a dimensão da amostra será constituído por metade (50%) da dimensão da população. Se K = 20, então a amostra será apenas 5% da população.
2.       em uma produção diária de peças automotivas, podemos a cada 20 peças produzidas, retirar uma para pertencer a uma amostra da produção de um dia.
3.       Numa rua existem 900 prédios, dos quais vamos colectar uma amostra de 50 prédios através da amostragem sistemática:
a)      A população é de 900 prédios que já estão numerados (ordenados);
b)      A amostra é de 50 elementos.
c)      Vamos criar um sistema para a retirada da amostra onde dividiremos os 900 prédios pelos 50 elementos determinando o intervalo entre os elementos escolhidos. 900/50 = 18 (entre cada prédio escolhido devem haver 18 prédios entre eles).
Então devemos escolher o primeiro prédio da amostra para podermos utilizar a sistemática criada. Este primeiro prédio pode ser escolhido aleatoriamente, por se trata de apenas um (o primeiro) elemento da amostra.
Este primeiro elemento deve estar entre o 1º e o 18º para que a nossa sistemática funcione correctamente e os dados dos demais elementos serão retirados periodicamente de 18 em 18. Então, se escolhermos o 4º prédio como o primeiro elemento da amostra, o segundo elemento será o prédio que está na posição 22ª, o terceiro elemento será o 40º, assim por diante até termos a amostra completa (50 elementos).

AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA OU PROPORCIONAL
Muitas vezes a população estudada (elementos que tem pelo menos uma mesma característica comum) se divide em subpopulações chamadas estratos. É por causa da existência dos estratos que devemos fazer uma amostragem proporcional estratificada e levar em consideração a quantidade de elementos de cada estrato e escolher a amostra proporcionalmente a cada um deles.

Exemplos:
1.      se um estrato abrange 20% da amostra.
2.       Digamos que nos quarenta alunos, 30 sejam homens e 10 sejam mulheres, vamos obter uma amostra de 10% da população, utilizando a amostragem proporcional, portanto:
Sexo
População
10%
Amostra
Masculino
30
3
3
Feminino
10
1
1
Total
40
4
4

AMOSTRAGEM POR GRUPOS (CLUSTERS, CONGLOMERADOS)
Amostragem por clusters:  Tal como na amostragem estratificada, na amostragem por clusters, a população é dividida em grupos, ou clusters. Este tipo de amostragem torna-se particularmente útil quando a população se encontra dividida num reduzido número de grupos, caracterizados por terem uma dispersão idêntica à população total, isto é, os grupos deverão, tanto quanto possível, ser ”microcosmos”da população a estudar. Primeiro, seleccionam-se aleatoriamente alguns dos grupos e em seguida, incluem-se na amostra todos os indivíduos pertencentes aos grupos seleccionados.
Trata-se de um processo amostral casual simples em que cada unidade é o cluster. Neste tipo de amostragem exige apenas que se disponha de uma listagem dos grupos (de indivíduos ou elementos da população) e não uma listagem completa dos elementos da população, como é o caso das amostragens anteriores.
Exemplos:
1.      O caso em que se pretende fazer uma sondagem de opinião aos alunos de uma escola (população), da qual apenas se dispõe de uma listagem das turmas (grupos de alunos). Uma amostra por clusters obtêm-se seleccionando uma amostra aleatória de turmas e inquirindo, dentro de cada turma escolhida, todos os alunos.
2.       Produção de várias linhas de montagem: Estimar % de defeituosos em toda a fábrica conglomerados → linhas de montagem elementos da população → peças produzidas.

Amostragem por conglomerados: É uma variação de qualquer plano de amostragem, em particular a amostragem em duas etapas ou dois estágio, onde o segundo estágio organizado de forma sistemática dentro do primeiro estágio. É um processo que oferece vantagens substancial em precisão e custo, embora o cálculo do erro de amostragem sofra uma pequena tendência, devido as subunidades do conglomerado serem tomadas de forma sistemática.

AMOSTRAGEM MULTI-ETAPAS
A população encontra-se dividida em viários grupos e seleccionam-se aleatoriamente alguns desses grupos. No passo seguinte, também os elementos de cada grupo são escolhidos aleatoriamente. Este processo pode multiplicar-se am mais de duas etapas se os grupos estiverem divididos em subgrupos. Amostragem multi-etapas O primeiro passo deste tipo de amostra é idêntico ao anterior.
Um exemplo deste tipo de amostragem é o caso de uma sondagem de opinião aos alunos do ensino secundário em que se pode começar por seleccionar aleatoriamente algumas direcções escolares. Em seguida, de cada uma delas, seleccionar aleatoriamente algumas escolas, de cada uma das escolas escolhidas seleccionar aleatoriamente algumas turmas e, finalmente, de cada uma das turmas escolhidas seleccionar aleatoriamente alguns alunos.
Este exemplo consiste em 4 etapas. Como desvantagem deste método adiante-se de que os possíveis erros de amostragem se podem multiplicar, dado que ao longo deste processo se vão utilizando viárias sub-amostras com a possibilidade de erros de amostragem em cada uma delas.

DISTRIBUIÇÃO DE AMOSTRAGEM
Normalmente obtêm-se amostras enviesadas quando existe a intervenção do factor humano. Com o objectivo de minimizar o enviesamento, no planeamento da escolha da amostra deve ter-se presente o princípio da aleatoriedade de forma a obter uma amostra aleatória. Quando se pretende recolher uma amostra de dimensão n, de uma População de dimensão N, podemos recorrer a vários processos de amostragem.
Como o nosso objectivo é, a partir das propriedades estudadas na amostra, inferir propriedades para a População, gostaríamos de obter processos de amostragem que dêem origem a “bons” estimadores e consequentemente “boas” estimativas. Acontece que as propriedades dos estimadores, como veremos a seguir, só podem ser estudadas se conseguirmos estabelecer um plano de amostragem que atribua a cada amostra seleccionada uma determinada probabilidade, e esta atribuição só pode ser feita com planos de amostragem aleatórios.

TEOREMA CENTRAL DO LIMITE (TCL)
Estatísticas e parâmetros de uma distribuição amostral: Ao valor desta função a que chamámos estimador, calculada para uma determinada amostra recolhida, chamamos estimativa. Também se utiliza o termo estatística como significado de estimativa. Surge assim o conceito de estatística – característica numérica da amostra, por oposição a parâmetro - característica numérica da população.
Quando se pretende estimar (obter um valor aproximado) um parâmetro -característica numérica da população, considera-se uma função conveniente, que só dependa dos valores da amostra – estatística, a que se dá o nome de estimador do parâmetro em estudo. No seguinte esquema, procuramos traduzir o processo de Inferência Estatística, nomeadamente no que diz respeito à estimação de parâmetros.
Embora, neste curso, não abordemos outros temas que os de estimação de parâmetros, a inferência estatística dispõe de instrumentos poderosos que nos permitem tomar decisões de outro tipo. O importante e que convém registar, é que as decisões que tomamos têm inerente um determinado erro, que pode ser quantificado em termos probabilísticos.

Distribuição amostral das médias: Suponhamos que levamos a cabo um processo de amostragem, ou seja, retiramos várias amostras de dados de uma população. Neste caso é importante que tenhamos em conta que toda medida descritiva e numérica de uma população é única e é chamada de parâmetro:
Ø  Os valores de diversas médias amostrais tiradas de uma população, não são necessariamente iguais entre si, mas podem variar.
Ø  Todo valor obtido por cálculo de uma série de observações de uma amostra é denominado de estatística.  
Ø  Os valores das médias amostrais não são necessariamente iguais ao valor da média da população.  

Exemplos:
1.      Suponhamos que são formados 10 grupos de alunos de estatística da FAU e que cada grupo tenha como tarefa calcular a média do número de pessoas vivendo em 100 domicílios em um bairro da cidade. Como cada grupo levanta dados em um único bairro, ao concluírem a tarefa estes alunos terão formado uma série 10 médias amostrais representadas como X1, X2, X3,..., X10. 

Teorema do Limite Central: À medida que o tamanho da amostra aumenta, a distribuição de frequências das médias amostrais tende a se aproximar cada vez mais da distribuição normal. Em outras palavras: se o tamanho n da amostra for suficientemente grande, a média de uma amostra aleatória retirada de uma população de dados, terá uma distribuição de aproximadamente normal independentemente da população. 
Já se a população tem distribuição normal, então a média amostral terá distribuição normal qualquer que seja o tamanho da amostra. Pelo teorema do limite central pode-se afirmar então que a distribuição da média amostral é aproximadamente normal e que os valores da média e desvio padrão estão relacionados com os valores da média e desvio padrão da população.
Exemplos:
Seja uma população formada por 5 vias arteriais de uma cidade que apresentam os seguintes índices de congestionamento nos horários de pico: 
Via
A
B
C
D
E
km/Cong.
2
4
6
8
10

Vamos seleccionar (por sorteio) uma amostra formada por duas vias para avaliar o índice médio de congestionamento da cidade. Observe que uma das vias tem a mesma chance de ser seleccionada (mesma probabilidade). Observe também que dependendo das vias sorteadas o índice de congestionamento pode ficar acima ou abaixo da média. Neste caso devemos definir o espaço amostral e determinar o valor esperado das médias amostrais X de tamanho n = 2 retiradas da população:
Resolução:  
- A média do congestionamento da população formada pelas 5 vias é igual a 6 km. 
- Cada uma das 5 vias tem probabilidade 20% de ser sorteada.

Espaço amostral:
Amostra
2,4
2,6
2,8
2,10
4,6
4,8
4,10
6,8
6,10
8,10
Média X
3
4
5
6
5
6
7
7
8
9


Distribuição de Frequências das médias amostra 
Média X
3
4
5
6
7
8
9
Frequência
10%
10%
20%
20%
20%
10%
10% 

ESTIMAÇÃO
Estimador e Estimativa: uma estatística destinada a estimar um parâmetro é chamada estimador. Dada uma amostra, o valor assumido pelo estimador é chamado de estimativa ou valor estimado do parâmetro. As estimativas obtidas por meio da estatística variam de acordo com a amostra seleccionada.
Os procedimentos de inferência estatística compreendem duas metodologias. Uma é chamada de estimação, na qual nós usamos o resultado amostral para estimar o valor desconhecido do parâmetro; a outra, é conhecida como teste de hipóteses, em que nós usamos o resultado amostral para avaliar se uma afirmação sobre parâmetro (uma hipótese) é sustentável ou não. Teoria de estimação é o assunto principal deste capítulo e teste de hipóteses será retomado no próximo capítulo.
É importante estudar as propriedades do estimador, para avalia-lo, ou seja, para poder responder a pergunta: Será que é um bom estimador para o parâmetro? Essas propriedades estão baseadas na distribuição de probabilidades do estimador, chamada de distribuição amostral.

INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A MÉDIA, VARIÂNCIA CONHECIDA
 Se x for a média observada duma amostra aleatória de dimensão n duma população normal (ou duma população qualquer desde que n grande, mas nesse caso o intervalo é apenas aproximado) com variância conhecida σ 2, um intervalo de confiança a 100 × (1− α)% para µ é dado por: 
(ou a = Zα/2, na notação do Montgomery).

X população tal que:
Ø  E (X) =µ(desconhecido);
Ø  V (X) =σ2 (conhecido);
Ø  (X1,….,Xn) a. a. de dimensão n;
Ø  µ= X  (estimador pontual de µ).

INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A MÉDIA, VARIÂNCIA DESCONHECIDA
X população tal que:
Ø  E (X) = µ (desconhecido);
Ø  V (X) = σ2 (desconhecida);
Ø  (X1,…,Xn) a. a. de dimensão n;
Ø  µ = X  (estimador pontual de µ).
Não se pode usar  porque σ é desconhecido. Um procedimento lógico consiste em substituir σ por S (desvio padrão amostral), ou seja, em considerar a v. a. fulcral .
Mas qual será o efeito de fazer isto? Não é a mesma v. a.!Qual a sua distribuição?
Se n for grande (n> 30, em geral) pode mostrar-se que o efeito é pequeno e tem-se quer para X ~ N (µ ,σ 2), quer para X qualquer com E (X) = µ e V (X) =σ 2. Ou seja, o I.C. calcula-se exactamente como na Secção 7.2 substituindo σ por s (desvio padrão amostral observado).
Se n ≤ 30 o problema não é solúvel no caso geral (isto é, desconhecendo o tipo de distribuição da população). Se X ~ N (µ, σ2) o teorema seguinte fornece o resultado que se pretende.

Exemplos:
1.      Considere-se uma v.a. X ~ N (µ,σ2). Uma amostra aleatória de dimensão 10 conduziu a x =10.1 e s =1.2. Calcular um intervalo de confiança a 95% para µ.
n-1=9
α = 0.05 P (T >a) = 0.025 (P T < a) = 0.975 a = t9,0.975 = 2.262
I.C.95%  (µ)= x − a  x + a  
Logo o intervalo pedido é I.C.95% (µ) = 10.1− 2.262  ; 10.1+ 2.262  = [9.48;10.72]

INTERVALO DE CONFIANÇA PARA DIFERENÇA ENTRE DUAS MÉDIAS, VARIÂNCIA CONHECIDA
·         X1, população 1, com E(X1)= µ 1 e V (X1) = σ  (conhecida)
·         X2, população 2, com E (X2) = µ 2 e V (X2)=σ  (conhecida)
 Nota: um intervalo deste tipo é útil para comparar duas experiências ou dois métodos. Já sabemos que se X1 ~ N (µ1 ) e se X2 ~ Nµ2,(σ ). O estimador pontual de µ 1 −µ 2 é X1 − X2.

INTERVALO DE CONFIANÇA PARA DIFERENÇA ENTRE DUAS MÉDIAS, VARIÂNCIA DESCONHECIDA
·         X1, população 1, com E (X1) = µ 1 e V (X1) = σ  (desconhecida)
·         X2, população 2, com E (X2) = µ2 e V (X2) = σ (desconhecida)
Então um I.C. calcula-se exactamente apenas substituindo σ por s  e σ por s . Quando n1 ≤ 30 ou n2 ≤ 30 o problema só tem solução no caso em que X1 ~ N (µ1 ) e X2 ~ N (µ2 ) e mesmo assim para se obter uma v.a. fulcral com distribuição exacta é necessário supor que (embora desconhecidas) σ = σ = σ2 (esta suposição é razoável em muitas situações reais, e além disso pode ser testada).
DISTRIBUIÇÃO T (STUDENT)
A distribuição t, compara a média de uma população com a média de uma amostra baseada no número de redundâncias (υ) nessa amostra. É similar à distribuição normal, só que esta (a normal) se aplica a uma população (ao todo) enquanto a t se aplica a uma amostra. Esta (a t ) é preferível à normal quando a dimensão das amostras é inferior a 30. Portanto, esta é muito importante na análise de dados de Topografia e Geodesia.

CONSTRANGIMENTOS:
É de referirmos que para a realização deste trabalho tivemos inúmeras dificuldades de encontrar os livros e as fontes mencionadas pelo senhor professor que na maioria das bibliotecas da nossa cidade não se dispõem, tínhamos que recorrer a outras fontes dos quais a internet.

RECOMENDAÇÕES:
 Gostaríamos da salientar aos leitores ao ler este trabalho que carenciem atenção em todos pontos que se encontram anotados no trabalho e considerar todos cálculos que se encontram como exemplos. Para além da atenção pedir também que se conserve o trabalho para que possa servir como fonte material aos estudantes que virão a atingir este nível de ensino. 

RESUMO:
Na teoria de amostragem o estudante deve ser capaz fixar as seguintes definições:
População - o grupo inteiro de objectos (unidades) dos quais se pretende obter informações. A população deve ser definida claramente e em termos daquilo que se pretende conhecer;
Unidade - qualquer elemento individual da população;
Amostra - uma parte ou subconjunto da população usada para obter informação acerca do todo;
Variável - uma característica de uma unidade que será medida a partir daquela unidade da amostra.
 Quanto a estimação o estudante deve ser capaz de ter em mente as seguintes considerações:
Estimador e Estimativa: uma estatística destinada a estimar um parâmetro é chamada estimador. Dada uma amostra, o valor assumido pelo estimador é chamado de estimativa ou valor estimado do parâmetro. As estimativas obtidas por meio da estatística variam de acordo com a amostra seleccionada.














CONCLUSÃO
De acordo com as pesquisas feitas foi possível saber que Os procedimentos de inferência estatística compreendem duas metodologias. Uma é chamada de estimação, na qual nós usamos o resultado amostral para estimar o valor desconhecido do parâmetro; a outra, é conhecida como teste de hipóteses, em que nós usamos o resultado amostral para avaliar se uma afirmação sobre parâmetro (uma hipótese) é sustentável ou não. Teoria de estimação é o assunto principal deste capítulo e teste de hipóteses será retomado no próximo capítulo.  
















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
·         BUSSAB, Wilton de O. MORETTIN, Pedro A. Estatística Básica. 5ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006.
·         MORETTIN, Luiz Gonzaga. Estatística Básica – Volume 2 – Inferência. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000.
·         MARTINS, Gilberto de A. Estatística Geral e Aplicada. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2005.
·         SPEIGEL, Murray R. Estatística. 3ª ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1993.
·         Notas de aula dos professores do Departamento de Estatística – UFBA, disponíveis no site www.est.ufba.br. 

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