O presente trabalho tem como tema
Introdução à Teoria Geral da Administração. Pois as teorias abordadas na disciplina
Teoria Geral da Administração (TGA) tratam sobre as diversas formas em que a
administração foi sendo implementada nas organizações. Tal estudo possibilita
ao discente uma visão da administração e do trabalho do gestor, envolvendo-o
com temas de relacionamento humano nas organizações, estruturas
organizacionais, comportamentos, visão sistémica, contingencial, dentre outros.
Não é raro deparar-se com outros estudantes questionando sobre a necessidade do
estudo de TGA como disciplina do curso de contabilidade, alegando que a
disciplina possui muito material teórico para estudar. Pois neste trabalho irei
apresentar a necessidade de estudo dessa disciplina falando do conceito, a
importância e antecedentes.
1.1. Objectivos
·
Compreender Teoria Geral da Administração.
·
Definir a Teoria Geral da Administração;
·
Descrever o papel da Teoria Geral da
Administração;
·
Apresentar antecedentes e influenciadores
do pensamento administrativos;
·
Explicar o porque estudar a Teoria Geral
da Administração.
O presente trabalho foi feito com base nas fontes
bibliográficas onde alguns dos manuais foram encontrados através de pesquisas
realizadas na internet como forma de sustentar o tema com mais conteúdo de
interesse.
2. Teoria
Geral da Administração
Quando se fala de
teorias vem logo em mente a palavra “estudos”. Segundo Garcia e Bronzo (2000),
as teorias são propostas de acordo com os contextos históricos em que estão
inseridas, enfatizando os problemas mais importantes enfrentados na época em
que foram fundamentadas.
Segundo Chiavenato
(2003), houve um crescimento desordenado e caótico das empresas. Os recursos
eram mal aproveitados e desorganizados, portanto, havia a necessidade de
aumento da eficiência e de substituição do empirismo por métodos científicos.
Também conhecida como TGA, a Teoria Geral da Administração é o
conjunto de conhecimentos a respeito das organizações e do processo de
administrá-las, sendo composta por princípios, proposições e técnicas em permanente elaboração. Ao
se tratar da Teoria Geral da Administração, abordam-se as Teorias
Administrativas que são, em seu conjunto, um compêndio de normas principais que
se complementam, para levar a ciência administrativa ao dia-a-dia das pessoas e
das organizações como um todo, no intuito de gerar desenvolvimento, com o
objectivo precípuo de máxima eficácia e eficiência, gerando produtividade e
lucro.
2.1. O papel da Teoria Geral da Administração
As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de
trabalho, de modo a analisar o comportamento do homem, os factores que
interferem nesse comportamento e os resultados desse trabalho. Hoje
em dia, a TGA estuda a Administração das empresas e demais tipos de
organizações do ponto de vista da interacção e interdependência entre as seis
variáveis principais, cada qual objecto específico de estudo por parte de uma
ou mais correntes da teoria administrativa.
As seis variáveis básicas, tarefa,
estrutura, pessoas, tecnologia, ambiente e competitividade, constituem os
principais componentes no estudo da Administração das empresas. O comportamento
desses componentes é sistémico e complexo: cada qual influencia e é
influenciado pelos outros componentes. Modificações em um provocam modificações
em maior ou menor grau nos demais. O comportamento do conjunto desses
componentes e, diferente da soma dos comportamentos de cada componente
considerado isoladamente.
Na realidade, a adequação entre essas
seis variáveis constitui o principal desafio da administração. No nível de uma
subunidade especializada (por exemplo, um departamento, uma divisão, uma
seção), algumas dessas variáveis podem assumir papel preponderante.
2.2. Antecedentes e influenciadores do pensamento administrativo
As Teorias da Administração podem ser agrupadas segundo suas
ênfases (nas tarefas, na estrutura, nas pessoas, no ambiente e na tecnologia).
É importante destacar que as teorias não são contrárias umas às outras, mas
antes, se complementam. Pode haver uma crítica aos conceitos defendidos por uma
teoria anterior. No entanto, essa crítica vai gerar o desenvolvimento de
proposições mais complexas, mas que ainda integram muito o defendido
anteriormente, porém de forma mais aperfeiçoada.
A Escola da Administração Científica
foi iniciada por volta de 1900 pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor,
considerado o fundador da moderna Teoria da Administração. Taylor teve inúmeros
seguidores (como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford, Barth e outros) e provocou
verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo industrial da sua
época. Sua preocupação original foi tentar eliminar o fantasma do desperdício e
das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar o nível de
produtividade através da aplicação de métodos e técnicas da engenharia
industrial.
O principal objectivo da
administração deve ser o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o
máximo de prosperidade ao empregado. O princípio de máxima prosperidade para o
patrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado deve ser o fim
principal da Administração, sendo desnecessário demonstrá-lo. Assim, deve haver
uma identidade de interesses entre empregados e empregadores.
Podemos citar como principais teorias
administrativas:
·
Administração Científica (Taylorismo):
com ênfase nas tarefas, buscava a racionalização do trabalho no nível
operacional, ou seja, o foco era no empregado. Apesar de apresentar como
vantagens a produtividade e a eficiência, não levava em consideração as
necessidades sociais dos funcionários.
·
Teoria Burocrática (Weber):
com ênfase na estrutura, tinha como objectivo a racionalidade organizacional e
a organização formal (baseada em regras e normas). Focava na organização
inteira. Apresentava muita rigidez e lentidão, apesar de ter como vantagens a
consistência e a eficiência.
·
Teoria Clássica (Fayol):
também apresentava ênfase na estrutura. No entanto, o foco estava no gerente
(visão de cima para baixo). Defendia o planejamento como uma das funções
principais do administrador,
o qual teve a profissionalização de seu papel como gerente.
·
Teoria das Relações Humanas:
como o próprio nome já indica, sua ênfase estava nas pessoas. Iniciada a partir
da experiência
de Hawthorne (análise das relações da
produtividade com a iluminação da fábrica de equipamentos electrónicos de
Hawthorne), defendia um enfoque na organização informal, na comunicação,
liderança, motivação e dinâmicas de grupo.
·
Teoria Estruturalista: apresenta ênfase
tanto na estrutura como no ambiente. Sendo assim, ela tem uma abordagem plural
que observa a organização, tanto no seu aspecto formal quanto informal, e
também o ambiente e como a organização interage e aprende com ele.
·
Teoria Neoclássica: ênfase na
estrutura. Sustenta-se na prática da Administração, na reafirmação dos
princípios da Teoria Clássica e gerais da Administração, porém de forma
redimensionada.
·
Teoria Comportamental: ênfase nas
pessoas. Apresenta um enfoque behavorista. Apesar dela ser decorrente da Teoria
das Relações Humanas, ela oferece uma visão do comportamento inserido no
contexto organizacional.
·
Teoria Contingencial: ênfase no
ambiente e na tecnologia. Defende tanto que não há uma melhor maneira de
organizar, como também que uma forma de organizar pode não ser eficaz da mesma
forma em todas as situações.
2.3. Porque estudar a Teoria Geral da Administração
As
teorias podem ser apresentadas de acordo com sua ordem cronológica e
acrescentando exemplos práticos para que as mesmas sejam transmitidas da melhor
forma e para que os alunos absorvam o máximo possível de conhecimento.
Administrar é aplicar o conhecimento à acção, desse modo se faz necessário um
bom embasamento teórico para aplicar esse conhecimento à prática.
Com
isso, o estudo de TGA para os discentes é de suma importância, pois nele há
informações que podem ser de grande proveito para orientações sobre como actuar
nas organizações, ou seja, algo que o contador deve dominar para obter sucesso
profissional. O estudante deve levar em conta que determinado estilo de gestão
pode fazer sucesso em uma organização, mas o mesmo pode não acontecer em outra,
portanto a visão contingencial é fundamental.
Com a realização foi possível chegar a conclusão de
que a teoria geral da administração aborda
como os gerentes e supervisores se relacionam com suas organizações no
conhecimento de seus objectivos, a implementação de meios eficazes para atingir
as metas atingidas e como motivar os colaboradores a executar o mais alto
padrão. É uma colecção de ideias que estabelece regras gerais sobre como
gerenciar uma empresa ou organização. A teoria geral da administração começou
com a ênfase nas tarefas, com a administração científica de Taylor. A seguir, a
preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a teoria clássica de
Fayol e com a teoria burocrática de Max Weber, seguindo-se mais tarde a teoria
estruturalista.
·
Cervantes, Caravantes, R; Panno, Cláudia C., Kloeckner, Mônica C.
(2005). Administração: teoria e processos. São Paulo: Prentice Hall
Brasil.
·
Chiavenato, Idalberto (2003). Introdução à teoria geral da administração:
uma visão abrangente da moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier.
·
Garcia, Fernando Coutinho; Bronzo,
Marcelo. As bases epistemológicas do pensamento administrativo convencional
e a crítica à teoria das organizações.
·
Lacombe, Francisco José; Heilborn,
Gilberto Luiz José (2003). Administração - Princípios e tendências. São Paulo:
Saraiva.
·
Maximiano, António César Amauri (2007).
Teoria Geral da Administração: da Revolução Urbana à Revolução Digital. São
Paulo: Atlas.
·
Moraes, Anna Maris Pereira (2004).
Introdução à Administração. São Paulo: Prentice Hall.
·
Motta, Fernando Carlos Prestes; Isabella Gouveia de Vasconcelos
(2015). Teoria Geral da Administração. 3ª Ed. Ver. – São Paulo: Cengage
Learning.
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