Índice
Introdução
A
preparação do estudante pressupõe, portanto, leituras prévias indicadas
inicialmente nas aulas que lhe facilitem o conhecimento dos Autores. O local
próprio para tais explanações é a aula teórica ou prática, o seminário, ou o
assessoramento tutorial. O fio condutor subjacente a este trabalho é pessoal, e
fruto de um progressivo amadurecimento
duma pesquisa efectuada em varias pesquisas. É uma proposta ao leitor, mais
concretamente aos colegas
estudantes.
A questão da origem da psicologia (filosofia, raízes
biológicas da psicologia)
Filosofia:
A
psicologia sendo o estudo da alma humana, aqui
entende-se alma como “mente”. Esta nomenclatura deve sua origem a um momento
histórico em que os filósofos (gregos) acreditavam haver no ser humano duas
essências, uma material (soma ou corpo) e uma imaterial (psique ou alma).
Se
a filosofia busca os porquês mais íntimos da relação homem-mundo, então, a
partir do conhecimento destes princípios, ela é fundamental, como base, para
que a psicologia possa descobrir as mais variadas formas de pensamento e
comportamento humano.
Biologia:
A psicologia possui, também, uma raiz
biológica na fisiologia, que estudava a correlação entre os processos corporais
(cérebro, sistema nervoso, harmónios) e os processos mentais.
Porque
o ser humano é composto de biológico, psíquico, social, cultural e daí por
diante, a psicologia precisa entender o ser humano em um olhar holístico para
ajudá-lo em problemas psicológicos q na grande maioria das vezes vem associado.
A
diferença entre a contribuição de Wilhelm Wundt e da Psicanálise
Wilhelm
Wundt contribui na Psicologia dizendo que a mente é composta por elementos individuais ou átomos
de experiência ligados por associaçãoenquanto que a Psicanálise centroa-se no
estudo da consciência, diferem-se simplesmente na forma como estes a
estudam-na. A visão psicanalítica ampliou a compreensão do campo de estudo da
psicologia, sua principal inovação é o mundo inconsciente, antes por muitos
ignorados.
Evoluçao do estudo da psicologia:
A psicologia se
desenvolveu a partir da Biologia e da Filosofia, com objectivo de se tornar uma
ciência que descreve e explica como pensamos, sentimos e agimos.” (MAYERS,
1999, p. 1).
Numa primeira
manifestação a Psicologia foi, simplesmente, uma disciplina descritiva, isto é,
tratava de descrever as manifestações comportamentais dos indivíduos sem com
isso explicar a causa ou os porquês dessa manifestação.
Hoje a
psicologia, para além de descrever e explicar o comportamento humano, objectiva
prever e modificar (dentro das possibilidades) o comportamento humano.
No entanto, é
preciso ter em conta que a tentativa de explicar o comportamento humano não é
um acto recente, em tempos, antes do ano 300 a.C., Aristóteles, filósofo grego,
preocupou-se com os temas relacionados com aprendizagem e memória, vocação e
emoção, percepção e personalidade Mayers (1999).
Mesmo pensadores
como Platão (427 -347 a.C), Santo Agostinho (354 – 430 d.C), Descartes
(1596-1650) também contribuíram com profundas reflexões sobre a natureza do ser
humano. E, mais tarde Charles Darwin, nas suas viagens descobriu e explicou a
lei de selecção natural. A idéia de
Aristóteles recebeu críticas do filósofo empirista John Locke (1632-1704), ao
rejeitar a noção das idéias inatas, para Locke nada existe no homem ao nascer,
tudo seria resultado da experiência.
Importa
referir-nos às inquietações da Neurociência e dos Evolucionistas, duas
correntes da Psicologia que se confrontam na explicação das características
humanas. Na neurociência, as preocupações centraram-se na relação entre o corpo
e o cérebro para explicar as emoções, percepções e sensações, já para os
evolucionistas ficaram preocupados na influência da evolução (genes) no
comportamento humano.
Com tantos
antecedentes, a Psicologia como Ciência independente (da Biologia e da
Filosofia) nasceu em 1879, “data em que o alemão Wilhelm Wundt estabeleceu em
Lípsia (hoje Alemanha do Leste), o primeiro laboratório de Psicologia
Experimental” (CAPARRÓS, 1999, p.10).
Os antecedentes
apresentados nos parágrafos anteriores associados à idéia de que as
preocupações com o comportamento humano não começaram em 1879, com a criação do
laboratório de Wundt, mas bem antes, quando os provérbios ou adágios populares,
ainda que partindo de um conhecimento de senso comum, eram os alicerces para a
compreensão e explicação da conduta humana, deixa para a humanidade a seguinte
questão: onde fica esse todo contributo
na história da Psicologia? Então porquê 1879? Estas preocupações
constituíram num desafio colocado a esta Ciência jovem. Porém, a resposta vem
de Caparrós (1999), que lembra-nos de que se trata da Psicologia Científica que
é diferente da do senso comum, o que caracteriza uma ciência, de entre outros
aspectos, é um campo delimitado e emprego de certos métodos, técnicas ou
instrumentos na sua investigação e a possibilidade de verificação a partir de
testes objectivos.
Com efeito, cada
um de nós possui conhecimentos da psicologia do senso comum, este entendido
como o “conjunto de opiniões geralmente aceites pelos membros de um grupo
social numa determinada época (...) é aquela forma de saber vulgar, própria do
comum das pessoas, que se adquire de modo espontâneo, sem esforço e não intencionalmente
na experiência do dia a dia” (CARDOSO, FROIS & FACHADA, 1993).
Sendo assim, a
Psicologia científica não se limita nesta explicação casual, ela, enquanto
ciência, procura fundamentar de forma objectiva, através de pesquisas
cientificamente ajustadas à natureza de cada situação do ser humano. E, isso
foi possível graças ao alemão Wilhelm Wundt em 1879 que criou as condições para
que a Psicologia configurasse como área científica, o que não significa
menosprezar o contributo e a importância que o conhecimento do senso comum
presta a essa jovem ciência.
Duas razões
levaram ao desenvolvimento tardio da Psicologia: A primeira, o carácter espiritual, sagrado e
transcendental do Homem o que fez com que as investigações não fossem
feitas directamente ao ser humano, por isso grande parte das pesquisas
psicológicas foram feitas com animais, e, a segunda prende-se com a complexidade do ser humano e do seu
comportamento, isso fez com que os psicólogos levassem mais tempo para
aperfeiçoar os métodos antes de serem aplicados ao Homem.
Início da psicologia científica:
A psicologia como ciência ,ou seja, como
conhecimento sistematizado e como referencia clara no mundo empírico,
características do mundo moderno ,a crença na ciência como forma de conhecer o
mundo e dar respostas e soluções para os problemas da vida humana.
No século 19, destaca-se o papel da
ciência no crescimento da nova ordem social, o capitalismo trazendo consigo o processo
de industrialização, para o qual a ciência deveria dar respostas e soluções práticas
no campo da técnica para uma melhor compreensão, O capitalismo pôs esse mundo
em movimento, com a necessidade de questionar as hierarquias há tantos séculos
estabilizados.
O universo também foi posto em
movimento. O Sol tornou-se o centro do universo. O homem, por sua vez, deixou
de ser o centro do universo(antropocentrismo), passando a ser concebido como um
ser livre, capaz de construir seu futuro, O conhecimento tornou-se independente
da fé. Os dogmas da Igreja foram questionados. O mundo se moveu. A
racionalidade do homem enfim apareceu.
A burguesia, que disputava o poder e
surgia como nova classe social e económica, defendia a emancipação do homem. Nesse
período, surgem homens como Hegel, que demonstra a importância da História para
a compreensão do homem, e Darwin, que enterra o antropocentrismo com sua tese
evolucionista. A ciência avança tanto, que se torna um referencial para a visão
de mundo. A partir dessa época, a noção de verdade passa, necessariamente, a
contar com o aval da ciência.
A própria Filosofia adapta-se aos novos
tempos, com o surgimento do Positivismo de Augusto Comte, que postulava a
necessidade de maior rigor científico na construção dos conhecimentos nas
ciências humanas. Desta forma, propunha o método da ciência natural, a Física,
como modelo de construção de conhecimento É em meados do século 19 que os
problemas e temas da Psicologia, até então estudados exclusivamente pelos
filósofos, passava ser, também, investigados pela Fisiologia e pela
Neurofisiologia em particular.
Os avanços que atingiram também essa
área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central,
demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram
produtos desse sistema. É preciso lembrar que esse mundo capitalista trouxe
consigo a Máquina, criação fantástica do homem! E foi tão fantástica que passou
a determinar a forma de ver o mundo Para se conhecer o psiquismo humano passa a
ser necessário compreender os mecanismos e o funcionamento da máquina de pensar
do homem — seu cérebro.
Assim, a Psicologia começa a trilhar os
caminhos da Fisiologia, Neuroanatomia e Neurofisiologia. Algumas descobertas
são extremamente relevantes para a Psicologia. Por exemplo, por volta de 1846,
a Neurologia descobre que a doença mental é fruto da acção directa ou indirecta
de diversos factores sobre as células cerebrais.
A Neuroanatomia descobre que a actividade
motora nem sempre está ligada à consciência, por não estar necessariamente na dependência
dos centros cerebrais superiores Esse fenómeno chama-se reflexo, e o estímulo
que chega à medula espinhal, antes de chegar aos centros cerebrais superiores.
O caminho natural que os fisiologistas da época seguiam, quando passavam a se
interessar pelo fenómeno psicológico enquanto estudo científico, era a
Psicofísica.
Estudavam, por exemplo, a fisiologia do
olho e a percepção das cores. As cores eram estudadas como fenómeno da Física,
e a percepção, como fenómeno da Psicologia. Por volta de 1860, temos a
formulação de uma importante lei no campo da Psicofísica. É a Lei de
Fechner-Weber, que estabelece a relação entre estímulo e sensação, permitindo a
sua mensuração.
Segundo Fechner e Weber, a percepção
aumenta em progressão aritmética, enquanto o estímulo varia em progressão
geométrica. Essa lei teve muita importância na história da Psicologia porque
instaurou a possibilidade de medida do fenómeno psicológico, o que até então
era considerado impossível. Outra contribuição muito importante nesses
primórdios da Psicologia científica é a de Wilhelm Wundt (1832-1926).
Wundt cria na Universidade de Leipzig,
na Alemanha, o primeiro laboratório para realizar experimentos na área de
Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa produção teórica na área, ele
é considerado o pai da Psicologia moderna ou científica(foi ele o criador do
paralelismo psicofísico e do método interseccionismo).
Ou seja a especialização dos métodos
psicológicos sofrem grandes avanços quebrando as barreiras sociais de forma a
desenvolver cada vez mais, quebrando os paradigmas de sua época.
1a:
Sessão presencial: 11 a 13 de Maio:
Esta sessão consiste em dar introdução a
disciplina, debater tudo o que será tratado e o que será necessário durante o
estudo das primeiras unidades do módulo.
2a:
Sessão presencial: 06 a 08 de Maio:
Nesta sessão iremos expor as nossas
dificuldades e modo de superação e também debater sobre as últimas unidades do
módulo junto com as suas orientações.
Conclusão
Com
a finalização do trabalho, torna-se necessário averiguar, apresentar e discutir
alguns pontos relevantes que podem contribuir para a maior aproximação entre
teoria e a prática desportiva. É só com uma boa leitura e compreensão que se
pode compreender os conteúdos do presente trabalho. Acrescem-se outras
temáticas e Autores que variam conforme as circunstancias e a prudência o
exigem.
Referências
bibliográficas
Ø
ABRUNHOSA, Maria
Antónia e LEITÃO, Miguel. Psicologia B. Lisboa:
Edições Asa, 2009.
Ø
CARDOSO, Adelino,
FROIS, António,FACHADA, Odete. Rumos da
Psicologia. Lisboa,
Edições Rumo, 1993.
Ø
CAPARÓS, António. História
da Psicologia.
Lisboa: Plátano editora, 1999.
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GLEITMAN,
Henry, FRIDLUND, Alan J., REISEBERG, Daniel. Psicologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2009.
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MYERS,
David. Introdução
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Ø PESTANA,
Emanuel, PÁSCOA, Ana. Dicionário Breve de
Psicologia.Lisboa: Editora Presença, 1995.
Ø PILETTI,
Nelson. Psicologia Educacional. São
Paulo: Editora Ática, 1995.
Ø
SPRINTALL,
Norman A., SPRINTALL, Richard C. Psicologia
Educacional, Lisboa: MP-Graw-Hil, 2000.
obrigado foi muito dificil mas encontrei neste blog
ResponderEliminarObrigado
EliminarÉ sempre um prazer compartilhar conhecimento
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