sexta-feira, 17 de março de 2017

A origem da psicologia (filosofia, raízes biológicas da psicologia)


Índice















Introdução
A preparação do estudante pressupõe, portanto, leituras prévias indicadas inicialmente nas aulas que lhe facilitem o conhecimento dos Autores. O local próprio para tais explanações é a aula teórica ou prática, o seminário, ou o assessoramento tutorial. O fio condutor subjacente a este trabalho é pessoal, e fruto de um progressivo amadurecimento duma pesquisa efectuada em varias pesquisas. É uma proposta ao leitor, mais concretamente aos colegas estudantes.

















A questão da origem da psicologia (filosofia, raízes biológicas da psicologia)

Filosofia:
A psicologia sendo o estudo da alma humana, aqui entende-se alma como “mente”. Esta nomenclatura deve sua origem a um momento histórico em que os filósofos (gregos) acreditavam haver no ser humano duas essências, uma material (soma ou corpo) e uma imaterial (psique ou alma).
Se a filosofia busca os porquês mais íntimos da relação homem-mundo, então, a partir do conhecimento destes princípios, ela é fundamental, como base, para que a psicologia possa descobrir as mais variadas formas de pensamento e comportamento humano.
Biologia:
A psicologia possui, também, uma raiz biológica na fisiologia, que estudava a correlação entre os processos corporais (cérebro, sistema nervoso, harmónios) e os processos mentais.
Porque o ser humano é composto de biológico, psíquico, social, cultural e daí por diante, a psicologia precisa entender o ser humano em um olhar holístico para ajudá-lo em problemas psicológicos q na grande maioria das vezes vem associado.
A diferença entre a contribuição de Wilhelm Wundt e da Psicanálise
Wilhelm Wundt contribui na Psicologia dizendo que a mente é composta por elementos individuais ou átomos de experiência ligados por associaçãoenquanto que a Psicanálise centroa-se no estudo da consciência, diferem-se simplesmente na forma como estes a estudam-na. A visão psicanalítica ampliou a compreensão do campo de estudo da psicologia, sua principal inovação é o mundo inconsciente, antes por muitos ignorados.
Evoluçao do estudo da psicologia:
A psicologia se desenvolveu a partir da Biologia e da Filosofia, com objectivo de se tornar uma ciência que descreve e explica como pensamos, sentimos e agimos.” (MAYERS, 1999, p. 1).
Numa primeira manifestação a Psicologia foi, simplesmente, uma disciplina descritiva, isto é, tratava de descrever as manifestações comportamentais dos indivíduos sem com isso explicar a causa ou os porquês dessa manifestação.
Hoje a psicologia, para além de descrever e explicar o comportamento humano, objectiva prever e modificar (dentro das possibilidades) o comportamento humano.
No entanto, é preciso ter em conta que a tentativa de explicar o comportamento humano não é um acto recente, em tempos, antes do ano 300 a.C., Aristóteles, filósofo grego, preocupou-se com os temas relacionados com aprendizagem e memória, vocação e emoção, percepção e personalidade Mayers (1999). 
Mesmo pensadores como Platão (427 -347 a.C), Santo Agostinho (354 – 430 d.C), Descartes (1596-1650) também contribuíram com profundas reflexões sobre a natureza do ser humano. E, mais tarde Charles Darwin, nas suas viagens descobriu e explicou a lei de selecção natural. A idéia de Aristóteles recebeu críticas do filósofo empirista John Locke (1632-1704), ao rejeitar a noção das idéias inatas, para Locke nada existe no homem ao nascer, tudo seria resultado da experiência.
Importa referir-nos às inquietações da Neurociência e dos Evolucionistas, duas correntes da Psicologia que se confrontam na explicação das características humanas. Na neurociência, as preocupações centraram-se na relação entre o corpo e o cérebro para explicar as emoções, percepções e sensações, já para os evolucionistas ficaram preocupados na influência da evolução (genes) no comportamento humano.
Com tantos antecedentes, a Psicologia como Ciência independente (da Biologia e da Filosofia) nasceu em 1879, “data em que o alemão Wilhelm Wundt estabeleceu em Lípsia (hoje Alemanha do Leste), o primeiro laboratório de Psicologia Experimental” (CAPARRÓS, 1999, p.10).
Os antecedentes apresentados nos parágrafos anteriores associados à idéia de que as preocupações com o comportamento humano não começaram em 1879, com a criação do laboratório de Wundt, mas bem antes, quando os provérbios ou adágios populares, ainda que partindo de um conhecimento de senso comum, eram os alicerces para a compreensão e explicação da conduta humana, deixa para a humanidade a seguinte questão: onde fica esse todo contributo na história da Psicologia? Então porquê 1879? Estas preocupações constituíram num desafio colocado a esta Ciência jovem. Porém, a resposta vem de Caparrós (1999), que lembra-nos de que se trata da Psicologia Científica que é diferente da do senso comum, o que caracteriza uma ciência, de entre outros aspectos, é um campo delimitado e emprego de certos métodos, técnicas ou instrumentos na sua investigação e a possibilidade de verificação a partir de testes objectivos.
Com efeito, cada um de nós possui conhecimentos da psicologia do senso comum, este entendido como o “conjunto de opiniões geralmente aceites pelos membros de um grupo social numa determinada época (...) é aquela forma de saber vulgar, própria do comum das pessoas, que se adquire de modo espontâneo, sem esforço e não intencionalmente na experiência do dia a dia” (CARDOSO, FROIS & FACHADA, 1993).
Sendo assim, a Psicologia científica não se limita nesta explicação casual, ela, enquanto ciência, procura fundamentar de forma objectiva, através de pesquisas cientificamente ajustadas à natureza de cada situação do ser humano. E, isso foi possível graças ao alemão Wilhelm Wundt em 1879 que criou as condições para que a Psicologia configurasse como área científica, o que não significa menosprezar o contributo e a importância que o conhecimento do senso comum presta a essa jovem ciência.
Duas razões levaram ao desenvolvimento tardio da Psicologia: A primeira, o carácter espiritual, sagrado e transcendental do Homem o que fez com que as investigações não fossem feitas directamente ao ser humano, por isso grande parte das pesquisas psicológicas foram feitas com animais, e, a segunda prende-se com a complexidade do ser humano e do seu comportamento, isso fez com que os psicólogos levassem mais tempo para aperfeiçoar os métodos antes de serem aplicados ao Homem.
Início da psicologia científica:
A psicologia como ciência ,ou seja, como conhecimento sistematizado e como referencia clara no mundo empírico, características do mundo moderno ,a crença na ciência como forma de conhecer o mundo e dar respostas e soluções para os problemas da vida humana.
No século 19, destaca-se o papel da ciência no crescimento da nova ordem social, o capitalismo trazendo consigo o processo de industrialização, para o qual a ciência deveria dar respostas e soluções práticas no campo da técnica para uma melhor compreensão, O capitalismo pôs esse mundo em movimento, com a necessidade de questionar as hierarquias há tantos séculos estabilizados.
O universo também foi posto em movimento. O Sol tornou-se o centro do universo. O homem, por sua vez, deixou de ser o centro do universo(antropocentrismo), passando a ser concebido como um ser livre, capaz de construir seu futuro, O conhecimento tornou-se independente da fé. Os dogmas da Igreja foram questionados. O mundo se moveu. A racionalidade do homem enfim apareceu.
A burguesia, que disputava o poder e surgia como nova classe social e económica, defendia a emancipação do homem. Nesse período, surgem homens como Hegel, que demonstra a importância da História para a compreensão do homem, e Darwin, que enterra o antropocentrismo com sua tese evolucionista. A ciência avança tanto, que se torna um referencial para a visão de mundo. A partir dessa época, a noção de verdade passa, necessariamente, a contar com o aval da ciência.
A própria Filosofia adapta-se aos novos tempos, com o surgimento do Positivismo de Augusto Comte, que postulava a necessidade de maior rigor científico na construção dos conhecimentos nas ciências humanas. Desta forma, propunha o método da ciência natural, a Física, como modelo de construção de conhecimento É em meados do século 19 que os problemas e temas da Psicologia, até então estudados exclusivamente pelos filósofos, passava ser, também, investigados pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular.
Os avanços que atingiram também essa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema. É preciso lembrar que esse mundo capitalista trouxe consigo a Máquina, criação fantástica do homem! E foi tão fantástica que passou a determinar a forma de ver o mundo Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário compreender os mecanismos e o funcionamento da máquina de pensar do homem — seu cérebro.
Assim, a Psicologia começa a trilhar os caminhos da Fisiologia, Neuroanatomia e Neurofisiologia. Algumas descobertas são extremamente relevantes para a Psicologia. Por exemplo, por volta de 1846, a Neurologia descobre que a doença mental é fruto da acção directa ou indirecta de diversos factores sobre as células cerebrais.
A Neuroanatomia descobre que a actividade motora nem sempre está ligada à consciência, por não estar necessariamente na dependência dos centros cerebrais superiores Esse fenómeno chama-se reflexo, e o estímulo que chega à medula espinhal, antes de chegar aos centros cerebrais superiores. O caminho natural que os fisiologistas da época seguiam, quando passavam a se interessar pelo fenómeno psicológico enquanto estudo científico, era a Psicofísica.
Estudavam, por exemplo, a fisiologia do olho e a percepção das cores. As cores eram estudadas como fenómeno da Física, e a percepção, como fenómeno da Psicologia. Por volta de 1860, temos a formulação de uma importante lei no campo da Psicofísica. É a Lei de Fechner-Weber, que estabelece a relação entre estímulo e sensação, permitindo a sua mensuração.
Segundo Fechner e Weber, a percepção aumenta em progressão aritmética, enquanto o estímulo varia em progressão geométrica. Essa lei teve muita importância na história da Psicologia porque instaurou a possibilidade de medida do fenómeno psicológico, o que até então era considerado impossível. Outra contribuição muito importante nesses primórdios da Psicologia científica é a de Wilhelm Wundt (1832-1926).
Wundt cria na Universidade de Leipzig, na Alemanha, o primeiro laboratório para realizar experimentos na área de Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa produção teórica na área, ele é considerado o pai da Psicologia moderna ou científica(foi ele o criador do paralelismo psicofísico e do método interseccionismo).
Ou seja a especialização dos métodos psicológicos sofrem grandes avanços quebrando as barreiras sociais de forma a desenvolver cada vez mais, quebrando os paradigmas de sua época.

1a: Sessão presencial: 11 a 13 de Maio:

Esta sessão consiste em dar introdução a disciplina, debater tudo o que será tratado e o que será necessário durante o estudo das primeiras unidades do módulo.

2a: Sessão presencial: 06 a 08 de Maio:

Nesta sessão iremos expor as nossas dificuldades e modo de superação e também debater sobre as últimas unidades do módulo junto com as suas orientações.
Conclusão
Com a finalização do trabalho, torna-se necessário averiguar, apresentar e discutir alguns pontos relevantes que podem contribuir para a maior aproximação entre teoria e a prática desportiva. É só com uma boa leitura e compreensão que se pode compreender os conteúdos do presente trabalho. Acrescem-se outras temáticas e Autores que variam conforme as circunstancias e a prudência o exigem.


















Referências bibliográficas

Ø  ABRUNHOSA, Maria Antónia e LEITÃO, Miguel. Psicologia B. Lisboa: Edições Asa, 2009.
Ø  CARDOSO, Adelino, FROIS, António,FACHADA, Odete. Rumos da Psicologia. Lisboa, Edições Rumo, 1993.
Ø  CAPARÓS, António. História da Psicologia. Lisboa: Plátano editora, 1999.
Ø  GLEITMAN, Henry, FRIDLUND, Alan J., REISEBERG, Daniel. Psicologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2009.
Ø  MYERS, David. Introdução Psicologia Geral. São Paulo: Editora Santuário, 1999.
Ø  PESTANA, Emanuel, PÁSCOA, Ana. Dicionário Breve de Psicologia.Lisboa: Editora Presença, 1995.
Ø  PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. São Paulo: Editora Ática, 1995.
Ø  SPRINTALL, Norman A., SPRINTALL, Richard C. Psicologia Educacional, Lisboa: MP-Graw-Hil, 2000.

3 comentários:

Demonstrações Financeiras

  1.       Demonstrações financeiras Demonstrações financeiras são relatórios contábeis que detalham a situação financeira geral de uma em...