Índice
2. Funções de Relações
Públicas
2.1. Resumo das quatro funções essenciais das relações públicas
2.1.1. Função administrativa (teoria interorganizacional)
2.1.2. Função estratégica (teoria de gerenciamento)
2.1.3. Função mediadora (teoria da comunicação)
2.1.4. Função política (teoria de conflitos-resoluções)
2.2.1. Função administrativa (teoria interorganizacional)
2.2.2. Função estratégica (teoria de gerenciamento)
2.2.3. Função mediadora (teoria da comunicação)
2.2.4. Função política (teoria de conflitos-resoluções)
2.3. Enquadramento das funções essenciais das relações públicas
na empresa Coca-Cola Mozambique
O
presente trabalho tem como tema as funções essenciais das Relações Públicas.
Pois todo negócio precisa de uma boa reputação para ter sucesso e
prosperar. Na medida que uma empresa cresce, ela tem cada vez mais destaque na
comunidade em que está inserida. E embora isso dependa de diversos factores,
como qualidade e confiabilidade, as Relações Públicas são um dos pilares para
gerenciar a reputação de uma empresa. Ela permite comunicar sua marca e seus
valores de forma ampla e criar narrativas em torno de seus produtos e serviços.
Um trabalho de Relações Públicas bem-feito permite que o público compreenda o
que sua empresa tem a oferecer. No desenrolar do trabalho irei resumir as
quatro funções essenciais das relações públicas, anunciar as funções e as
respectivas teorias e como se comportam na actividade de Relações Públicas,
apresentar como as funções podem auxiliar nas organizações privada e publicas e
enquadrar as funções essenciais das relações públicas na empresa Coca-cola
Mozambique.
Ø Compreender as funções essenciais das Relações
Públicas
Ø Resumir
as quatro funções essenciais das relações públicas;
Ø Anunciar
as funções e as respectivas teorias e como se comportam na actividade de
Relações Públicas;
Ø Apresentar
como as funções podem auxiliar nas organizações privada e publicas;
Ø Enquadrar
as funções essenciais das relações públicas na empresa Coca-cola Mozambique.
Para fazer face a realização do
trabalho foi necessário a consulta de fontes de modo a adquirir informações que
versam sobre o conteúdo em estudo.
As tais fontes incluem manuais físicos que se referem a livros e trabalhos
realizados anteriormente e manuais electrónicos adquiridos por via da internet
e os seus respectivos indicadores estão presentes na última página do trabalho,
onde estão pontuados como referências.
2.
Funções de Relações Públicas
2.1. Resumo das quatro funções essenciais das relações públicas
2.1.1. Função
administrativa (teoria interorganizacional)
É
comum designar relações públicas como actividade responsável pela administração
da comunicação. Ianhez (2004, p. 155) afirma:
“relações
públicas é a comunicação na administração, no que diz respeito à sua visão
institucional e à adequada utilização desta em todas as áreas da estrutura
organizacional.”
Kunsch
(2003) reconhece a função administrativa das relações públicas como factor de
integração entre as diversas partes da organização, como actividade de
comunicação que promove o diálogo e o entendimento necessário para que a
organização seja entendida como um todo perante seus públicos.
Portanto,
esta função essencial das relações públicas enfatiza o carácter de
gerenciamento da comunicação assumido pela actividade, auxiliando a alta
administração a manter-se informada sobre os interesses da opinião pública para
ter subsídios para responder de forma efectiva. É por isso que muitos teóricos
adoptam como factor essencial que as relações públicas sejam uma gerência
ligada directamente à alta administração, para que elas funcionem como elo de
integração entre a organização e todos os seus públicos.
2.1.2. Função
estratégica (teoria de gerenciamento)
De
origem militar, a palavra estratégia designa o planejamento e a execução
táctica de movimentos de forças militares visando alcançar objectivos
pré-determinados. No entanto, por extensão, o termo é empregado significando,
também, a aplicação eficaz de recursos, valendo-se de condições favoráveis do
ambiente, para atingir objectivos específicos. No Brasil, apenas na década de
1980 as organizações começaram a adoptar o conceito estratégico com mais força.
Trabalhou-se
o conceito de posicionamento estratégico da Comunicação em geral, com a
integração das actividades em torno de uma finalidade comum procurando contar
com o apoio e participação da alta administração empresarial para um
planejamento eficiente, como explicitado anteriormente. A função estratégica
das relações públicas está directamente relacionada às escolhas da organização
quanto ao seu posicionamento diante da sociedade.
Kunsch,
em sua classificação das funções essenciais das relações públicas, também
considera o fato de as relações públicas excelentes estarem de acordo com a
missão da organização:
Numa
perspectiva moderna, as relações públicas precisam demonstrar sua contribuição
também como um valor económico para as organizações. Isto é, suas actividades
têm de apresentar resultados e ajudar as organizações a atingir seus
objectivos, cumprir sua missão, desenvolver sua visão e cultivar seus valores.
(KUNSCH, 2003, P. 103)
2.1.3. Função
mediadora (teoria da comunicação)
A
função mediadora diz respeito ao diálogo por ela viabilizado entre organização
e públicos. Kunsch (2003) esclarece que a essência das relações públicas é a
promoção do diálogo, da comunicação de mão-dupla, o estímulo ao entendimento
mútuo entre organização e públicos e aponta esta característica como exercício
de sua função mediadora.
Nos
Estados Unidos, Grunig (2003) no estudo IABC para verificar as práticas das
relações públicas excelentes destaca que elas devem ser simétricas. O autor
verificou a existência de quatro “modelos da prática” das relações públicas: o
modelo de agência de imprensa / divulgação, de informação pública, assimétrico
de duas mãos e o simétrico de mão-dupla. O último modelo é o que caracteriza a
prática de relações públicas excelentes. O diálogo de duas mãos faz com que as
relações públicas sejam inerentemente éticas e faz com que a organização seja
mais responsável para com a sociedade.
Patrícia
Murphy (1991, apud Kunsch, 2003) ainda propõe um quinto modelo, o de
motivos mistos, que surge da combinação do modelo assimétrico de duas mãos com
o simétrico de duas mãos, destacando que, na prática, o equilíbrio perfeito dos
interesses da organização e dos públicos não existe, pois tratam-se, na maioria
das vezes, de opiniões antagónicas. De qualquer forma, está claro que o
objectivo último das relações públicas é a identificação de interesse privado
com o interesse público. Esta conciliação de interesses, estimulada pelo
diálogo e entendimento mútuo, está presente em Andrade (1989, p. 98) e também
diz respeito à próxima função essencial das relações públicas que será abordada
a seguir:
Poderíamos
mesmo dizer que a actividade de Relações Públicas consiste na execução de uma
política e um programa de acção que objectivam conseguir a confiança para as
empresas, públicas ou privadas, de seus públicos, de molde a harmonizar os
interesses em conflito.
2.1.4. Função
política (teoria de conflitos-resoluções)
Esta
função está relacionada às relações de poder dentro das organizações, à
administração de conflitos. Segundo Simões (1995, p. 42), a definição
conceitual das relações públicas envolve em especial, a face política da área:
·
Como ciência, Relações Públicas
abarca o conhecimento científico que explica, prevê e controla o exercício de
poder no sistema organização-públicos;
·
Como actividade, Relações Públicas
é o exercício da administração da função política organizacional, enfocado
através do processo de comunicação da organização com seus públicos.
Para
Kunsch (2003), a função política das relações públicas está presente tanto na
resolução de conflitos como no gerenciamento de crises, já que se pressupõe que
a actividade seja responsável por negociações, estratégias de comunicação e
acções concretas para solução de problemas entre organização e públicos.
A
administração da controvérsia pública também é tema da obra de Andrade (1989),
que destaca que as relações públicas, devido ao seu carácter de estímulo ao
diálogo e compreensão mútua, possibilitam uma espécie de “universo de debates”
em assuntos de interesse social.
Grunig
(2003) identifica como factor para as relações públicas excelentes a capacidade
que esses profissionais têm de gerenciamento de questões emergentes e
comunicação nas crises. Para ele, o monitoramento dos públicos ligados à
organização possibilita a identificação de questões emergentes. Nos casos de
crise, Grunig sugere a adoçam de quatro princípios: o estabelecimento de
relacionamentos duradouros para que a crise não aconteça; a aceitação da
responsabilidade, pela organização, em administrar a crise; o princípio da
transparência nas informações; e a comunicação simétrica, já abordada
anteriormente.
As
relações públicas no gerenciamento de crises também estão presentes no trabalho
de Carvas Junior (2004), que infere sobre a importância de um trabalho de
comunicação que deve ser anterior à crise e fornece algumas dicas de como lidar
com estas situações: “não há regras claras e definidas para administrar
situações de crise. O trabalho preventivo deve ser absolutamente privilegiado.”
Na
prática, o exercício pleno da actividade requer a soma de todas, numa
interpenetração que ajude as organizações não só a resolver seus problemas de
relacionamentos, mas também a se situar de forma institucionalmente positiva na
sociedade.
2.2.1. Função
administrativa (teoria interorganizacional)
Esta
função essencial das relações públicas enfatiza o carácter de gerenciamento da
comunicação assumido pela actividade, auxiliando a alta administração a
manter-se informada sobre os interesses da opinião pública para ter subsídios
para responder de forma efectiva.
2.2.2. Função
estratégica (teoria de gerenciamento)
A
função estratégica das relações públicas está directamente relacionada às
escolhas da organização quanto ao seu posicionamento diante da sociedade.
2.2.3. Função
mediadora (teoria da comunicação)
A
função mediadora diz respeito ao diálogo por ela viabilizado entre organização
e públicos. Pois o objectivo último das relações públicas é a identificação de
interesse privado com o interesse público.
2.2.4. Função
política (teoria de conflitos-resoluções)
Esta
função está relacionada às relações de poder dentro das organizações, à
administração de conflitos.
2.3. Enquadramento das funções essenciais das relações públicas
na empresa Coca-Cola Mozambique
A
marca Coca-Cola surgiu no ano de 1886, na cidade de Atlanta - EUA, resultado da
experiência descompromissada do farmacêutico John Pemberton. Mistura de um
líquido de cheiro agradável, cor de caramelo com água gasificada: assim surgiu
a mais conhecida marca de bebidas do mundo.
Função
administrativa (teoria interorganizacional): no actual cenário
empresarial, percebe-se a grande frequência com que ocorrem as mudanças no
mercado. Os administradores da empresa, por sua vez, procuram uma constante
adaptação a esse ambiente. Dessa forma, são os colaboradores ou clientes
internos que assumem papel fundamental no sucesso da organização, uma vez que
suas atitudes, postura e objectivos estejam voltados directamente para seu
crescimento profissional e, consequentemente, desta mesma empresa.
Função
estratégica (teoria de gerenciamento): a preocupação em se ter
um bom posicionamento de mercado faz com que as empresas da Coca-Cola
direccionem seus cuidados não somente aos factores de produtividade, mas
principalmente aos elementos que compõem o capital humano da empresa.
Função
mediadora (teoria da comunicação): missão, visão e valores
são pontos essenciais da estratégia de uma marca, independente do seu porte ou
segmento. Eles norteiam as acções da empresa e representam a identidade
organizacional.
Missão
diz respeito ao que a empresa é. Ela responde as perguntas de porque a empresa
existe e o que ela faz. A visão representa onde a empresa quer chegar. Indica
quais os seus objectivos futuros, suas aspirações. Os valores dizem sobre os
princípios adoptados por uma instituição dentro do mercado. Estes servem como
guia para a tomada de qualquer decisão da empresa. A Coca- Cola apresenta para
esse conjunto, que representa a sua identidade, as seguintes definições:
·
Missão:
“Refrescar o mundo: em corpo, mente e espírito; inspirar momentos de optimismo:
por meio de nossas marcas e acções; criar valor e fazer a diferença: onde
estivermos e em tudo que fizermos”.
·
Visão:
“Actuar como base para nosso “Roteiro de Actividades” e orientar todos os
aspectos de nosso negócio, descrevendo o que devemos conquistar para
continuarmos com um crescimento sustentável e de qualidade”.
·
Valores:
“Inovação, liderança, responsabilidade, integridade, paixão, colaboração,
diversidade e qualidade”.
Função
política (teoria de conflitos-resoluções): os gestores
concordam que, em geral, os conflitos surgem quando diferentes visões pessoais
causam atritos entre funcionários, o que demanda o trabalho de articulação das
incompatibilidades em prol do desempenho do grupo. Solucionar
os conflitos é essencial para o bom clima organizacional e traz contribuições directas
para os resultados da companhia, aponta Sérgio Fernandes:
“À medida
que são resolvidos, caminha-se para melhorar a produtividade, transformando o
ambiente da empresa em um espaço mais agradável”.
A mediação deve ser a principal estratégia do RH na
gestão dos conflitos, afirmam os gestores:
“O departamento deve fazer com que a comunicação aconteça de forma mais
transparente, criando mais empatia nas pessoas e fazendo com que se coloquem no
lugar do outro”.
O RH também deve nortear a proposição de soluções de
acordo com as metas organizacionais, completa o representante da Coca-Cola.
Com
a finalização do trabalho, depois de ter o conhecimento sobre as funções
essenciais das relações públicas não devemos nos esquecer do papel importante
que o profissional desta área apresenta. Pois o profissional de relações
públicas tem a função de analisar a organização em suas diversas dimensões e
possibilidades para estabelecer planos estratégicos que transmitam a melhor
mensagem e imagem da empresa. Ele é um gestor da comunicação e actua de forma
estratégica nos mais diversos campos da empresa. Esse profissional
é peça-chave para uma empresa: nele são centralizadas as diferentes
demandas comunicacionais que, juntas, afectam a conjuntura do negócio. Todas
essas demandas compõem a agenda do profissional
de relações pública, que tem então o encargo de fazê-las acontecer da
melhor maneira possível. Isso significa proteger, manter e/ou criar uma boa
imagem através da mídia junto ao público.
·
Franchon, Ana Maria. As Funções
Essenciais das Relações Públicas Auxiliando na Selecção de Projectos Sociais de
Patrocínio. Políticas e Estratégias de Comunicação Escola de Comunicações e
Artes – Universidade de São Paulo
·
Costa, Thaís. Saiba
tudo sobre relações públicas: o que é, áreas de actuação e mercado de trabalho!
Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/relacoes-publicas/
·
Andrade, Cândido Teobaldo de Souza (2001) et
a Petobras (2008). Para entender relações públicas. 3 ed. São
Paulo: Edições Loyola,3ª ed.
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