domingo, 8 de agosto de 2021

Funções essenciais das relações públicas

 

Índice

1. Introdução. 3

1.1. Objectivos. 3

1.1.1. Objectivo geral 3

1.1.2. Objectivos específicos. 3

1.2. Metodologia. 3

2. Funções de Relações Públicas. 4

2.1. Resumo das quatro funções essenciais das relações públicas. 4

2.1.1. Função administrativa (teoria interorganizacional) 4

2.1.2. Função estratégica (teoria de gerenciamento) 4

2.1.3. Função mediadora (teoria da comunicação) 5

2.1.4. Função política (teoria de conflitos-resoluções) 6

2.2. Funções essenciais das relações públicas e as respectivas teorias e como se comportam na actividade de Relações Públicas. 7

2.2.1. Função administrativa (teoria interorganizacional) 7

2.2.2. Função estratégica (teoria de gerenciamento) 7

2.2.3. Função mediadora (teoria da comunicação) 7

2.2.4. Função política (teoria de conflitos-resoluções) 7

2.3. Enquadramento das funções essenciais das relações públicas na empresa Coca-Cola Mozambique  7

3. Conclusão. 10

4. Referências bibliográficas. 11

 

1.      Introdução

O presente trabalho tem como tema as funções essenciais das Relações Públicas. Pois todo negócio precisa de uma boa reputação para ter sucesso e prosperar. Na medida que uma empresa cresce, ela tem cada vez mais destaque na comunidade em que está inserida. E embora isso dependa de diversos factores, como qualidade e confiabilidade, as Relações Públicas são um dos pilares para gerenciar a reputação de uma empresa. Ela permite comunicar sua marca e seus valores de forma ampla e criar narrativas em torno de seus produtos e serviços. Um trabalho de Relações Públicas bem-feito permite que o público compreenda o que sua empresa tem a oferecer. No desenrolar do trabalho irei resumir as quatro funções essenciais das relações públicas, anunciar as funções e as respectivas teorias e como se comportam na actividade de Relações Públicas, apresentar como as funções podem auxiliar nas organizações privada e publicas e enquadrar as funções essenciais das relações públicas na empresa Coca-cola Mozambique.

1.1. Objectivos

1.1.1.      Objectivo geral

Ø  Compreender as funções essenciais das Relações Públicas

 

1.1.2.      Objectivos específicos

Ø  Resumir as quatro funções essenciais das relações públicas;

Ø  Anunciar as funções e as respectivas teorias e como se comportam na actividade de Relações Públicas;

Ø  Apresentar como as funções podem auxiliar nas organizações privada e publicas;

Ø  Enquadrar as funções essenciais das relações públicas na empresa Coca-cola Mozambique.

 

1.2. Metodologia

Para fazer face a realização do trabalho foi necessário a consulta de fontes de modo a adquirir informações que versam sobre o conteúdo em estudo. As tais fontes incluem manuais físicos que se referem a livros e trabalhos realizados anteriormente e manuais electrónicos adquiridos por via da internet e os seus respectivos indicadores estão presentes na última página do trabalho, onde estão pontuados como referências.

2.      Funções de Relações Públicas

2.1. Resumo das quatro funções essenciais das relações públicas

2.1.1.      Função administrativa (teoria interorganizacional)

É comum designar relações públicas como actividade responsável pela administração da comunicação. Ianhez (2004, p. 155) afirma:

“relações públicas é a comunicação na administração, no que diz respeito à sua visão institucional e à adequada utilização desta em todas as áreas da estrutura organizacional.”

Kunsch (2003) reconhece a função administrativa das relações públicas como factor de integração entre as diversas partes da organização, como actividade de comunicação que promove o diálogo e o entendimento necessário para que a organização seja entendida como um todo perante seus públicos.

Portanto, esta função essencial das relações públicas enfatiza o carácter de gerenciamento da comunicação assumido pela actividade, auxiliando a alta administração a manter-se informada sobre os interesses da opinião pública para ter subsídios para responder de forma efectiva. É por isso que muitos teóricos adoptam como factor essencial que as relações públicas sejam uma gerência ligada directamente à alta administração, para que elas funcionem como elo de integração entre a organização e todos os seus públicos.

2.1.2.      Função estratégica (teoria de gerenciamento)

De origem militar, a palavra estratégia designa o planejamento e a execução táctica de movimentos de forças militares visando alcançar objectivos pré-determinados. No entanto, por extensão, o termo é empregado significando, também, a aplicação eficaz de recursos, valendo-se de condições favoráveis do ambiente, para atingir objectivos específicos. No Brasil, apenas na década de 1980 as organizações começaram a adoptar o conceito estratégico com mais força.

Trabalhou-se o conceito de posicionamento estratégico da Comunicação em geral, com a integração das actividades em torno de uma finalidade comum procurando contar com o apoio e participação da alta administração empresarial para um planejamento eficiente, como explicitado anteriormente. A função estratégica das relações públicas está directamente relacionada às escolhas da organização quanto ao seu posicionamento diante da sociedade.

Kunsch, em sua classificação das funções essenciais das relações públicas, também considera o fato de as relações públicas excelentes estarem de acordo com a missão da organização:

Numa perspectiva moderna, as relações públicas precisam demonstrar sua contribuição também como um valor económico para as organizações. Isto é, suas actividades têm de apresentar resultados e ajudar as organizações a atingir seus objectivos, cumprir sua missão, desenvolver sua visão e cultivar seus valores. (KUNSCH, 2003, P. 103)

2.1.3.      Função mediadora (teoria da comunicação)

A função mediadora diz respeito ao diálogo por ela viabilizado entre organização e públicos. Kunsch (2003) esclarece que a essência das relações públicas é a promoção do diálogo, da comunicação de mão-dupla, o estímulo ao entendimento mútuo entre organização e públicos e aponta esta característica como exercício de sua função mediadora.

Nos Estados Unidos, Grunig (2003) no estudo IABC para verificar as práticas das relações públicas excelentes destaca que elas devem ser simétricas. O autor verificou a existência de quatro “modelos da prática” das relações públicas: o modelo de agência de imprensa / divulgação, de informação pública, assimétrico de duas mãos e o simétrico de mão-dupla. O último modelo é o que caracteriza a prática de relações públicas excelentes. O diálogo de duas mãos faz com que as relações públicas sejam inerentemente éticas e faz com que a organização seja mais responsável para com a sociedade.

Patrícia Murphy (1991, apud Kunsch, 2003) ainda propõe um quinto modelo, o de motivos mistos, que surge da combinação do modelo assimétrico de duas mãos com o simétrico de duas mãos, destacando que, na prática, o equilíbrio perfeito dos interesses da organização e dos públicos não existe, pois tratam-se, na maioria das vezes, de opiniões antagónicas. De qualquer forma, está claro que o objectivo último das relações públicas é a identificação de interesse privado com o interesse público. Esta conciliação de interesses, estimulada pelo diálogo e entendimento mútuo, está presente em Andrade (1989, p. 98) e também diz respeito à próxima função essencial das relações públicas que será abordada a seguir:

Poderíamos mesmo dizer que a actividade de Relações Públicas consiste na execução de uma política e um programa de acção que objectivam conseguir a confiança para as empresas, públicas ou privadas, de seus públicos, de molde a harmonizar os interesses em conflito.

2.1.4.      Função política (teoria de conflitos-resoluções)

Esta função está relacionada às relações de poder dentro das organizações, à administração de conflitos. Segundo Simões (1995, p. 42), a definição conceitual das relações públicas envolve em especial, a face política da área:

·         Como ciência, Relações Públicas abarca o conhecimento científico que explica, prevê e controla o exercício de poder no sistema organização-públicos;

·         Como actividade, Relações Públicas é o exercício da administração da função política organizacional, enfocado através do processo de comunicação da organização com seus públicos.

Para Kunsch (2003), a função política das relações públicas está presente tanto na resolução de conflitos como no gerenciamento de crises, já que se pressupõe que a actividade seja responsável por negociações, estratégias de comunicação e acções concretas para solução de problemas entre organização e públicos.

A administração da controvérsia pública também é tema da obra de Andrade (1989), que destaca que as relações públicas, devido ao seu carácter de estímulo ao diálogo e compreensão mútua, possibilitam uma espécie de “universo de debates” em assuntos de interesse social.

Grunig (2003) identifica como factor para as relações públicas excelentes a capacidade que esses profissionais têm de gerenciamento de questões emergentes e comunicação nas crises. Para ele, o monitoramento dos públicos ligados à organização possibilita a identificação de questões emergentes. Nos casos de crise, Grunig sugere a adoçam de quatro princípios: o estabelecimento de relacionamentos duradouros para que a crise não aconteça; a aceitação da responsabilidade, pela organização, em administrar a crise; o princípio da transparência nas informações; e a comunicação simétrica, já abordada anteriormente.

As relações públicas no gerenciamento de crises também estão presentes no trabalho de Carvas Junior (2004), que infere sobre a importância de um trabalho de comunicação que deve ser anterior à crise e fornece algumas dicas de como lidar com estas situações: “não há regras claras e definidas para administrar situações de crise. O trabalho preventivo deve ser absolutamente privilegiado.”

Na prática, o exercício pleno da actividade requer a soma de todas, numa interpenetração que ajude as organizações não só a resolver seus problemas de relacionamentos, mas também a se situar de forma institucionalmente positiva na sociedade.

2.2. Funções essenciais das relações públicas e as respectivas teorias e como se comportam na actividade de Relações Públicas

2.2.1.      Função administrativa (teoria interorganizacional)

Esta função essencial das relações públicas enfatiza o carácter de gerenciamento da comunicação assumido pela actividade, auxiliando a alta administração a manter-se informada sobre os interesses da opinião pública para ter subsídios para responder de forma efectiva.

2.2.2.      Função estratégica (teoria de gerenciamento)

A função estratégica das relações públicas está directamente relacionada às escolhas da organização quanto ao seu posicionamento diante da sociedade.

2.2.3.      Função mediadora (teoria da comunicação)

A função mediadora diz respeito ao diálogo por ela viabilizado entre organização e públicos. Pois o objectivo último das relações públicas é a identificação de interesse privado com o interesse público.

2.2.4.      Função política (teoria de conflitos-resoluções)

Esta função está relacionada às relações de poder dentro das organizações, à administração de conflitos.

2.3. Enquadramento das funções essenciais das relações públicas na empresa Coca-Cola Mozambique

A marca Coca-Cola surgiu no ano de 1886, na cidade de Atlanta - EUA, resultado da experiência descompromissada do farmacêutico John Pemberton. Mistura de um líquido de cheiro agradável, cor de caramelo com água gasificada: assim surgiu a mais conhecida marca de bebidas do mundo.

Função administrativa (teoria interorganizacional): no actual cenário empresarial, percebe-se a grande frequência com que ocorrem as mudanças no mercado. Os administradores da empresa, por sua vez, procuram uma constante adaptação a esse ambiente. Dessa forma, são os colaboradores ou clientes internos que assumem papel fundamental no sucesso da organização, uma vez que suas atitudes, postura e objectivos estejam voltados directamente para seu crescimento profissional e, consequentemente, desta mesma empresa.

Função estratégica (teoria de gerenciamento): a preocupação em se ter um bom posicionamento de mercado faz com que as empresas da Coca-Cola direccionem seus cuidados não somente aos factores de produtividade, mas principalmente aos elementos que compõem o capital humano da empresa.

Função mediadora (teoria da comunicação): missão, visão e valores são pontos essenciais da estratégia de uma marca, independente do seu porte ou segmento. Eles norteiam as acções da empresa e representam a identidade organizacional.

Missão diz respeito ao que a empresa é. Ela responde as perguntas de porque a empresa existe e o que ela faz. A visão representa onde a empresa quer chegar. Indica quais os seus objectivos futuros, suas aspirações. Os valores dizem sobre os princípios adoptados por uma instituição dentro do mercado. Estes servem como guia para a tomada de qualquer decisão da empresa. A Coca- Cola apresenta para esse conjunto, que representa a sua identidade, as seguintes definições:

·         Missão: “Refrescar o mundo: em corpo, mente e espírito; inspirar momentos de optimismo: por meio de nossas marcas e acções; criar valor e fazer a diferença: onde estivermos e em tudo que fizermos”.

·         Visão: “Actuar como base para nosso “Roteiro de Actividades” e orientar todos os aspectos de nosso negócio, descrevendo o que devemos conquistar para continuarmos com um crescimento sustentável e de qualidade”.

·         Valores: “Inovação, liderança, responsabilidade, integridade, paixão, colaboração, diversidade e qualidade”.

Função política (teoria de conflitos-resoluções): os gestores concordam que, em geral, os conflitos surgem quando diferentes visões pessoais causam atritos entre funcionários, o que demanda o trabalho de articulação das incompatibilidades em prol do desempenho do grupo.  Solucionar os conflitos é essencial para o bom clima organizacional e traz contribuições directas para os resultados da companhia, aponta Sérgio Fernandes:

“À medida que são resolvidos, caminha-se para melhorar a produtividade, transformando o ambiente da empresa em um espaço mais agradável”. 

 

 

A mediação deve ser a principal estratégia do RH na gestão dos conflitos, afirmam os gestores:

“O departamento deve fazer com que a comunicação aconteça de forma mais transparente, criando mais empatia nas pessoas e fazendo com que se coloquem no lugar do outro”.

O RH também deve nortear a proposição de soluções de acordo com as metas organizacionais, completa o representante da Coca-Cola.


3.      Conclusão

Com a finalização do trabalho, depois de ter o conhecimento sobre as funções essenciais das relações públicas não devemos nos esquecer do papel importante que o profissional desta área apresenta. Pois o profissional de relações públicas tem a função de analisar a organização em suas diversas dimensões e possibilidades para estabelecer planos estratégicos que transmitam a melhor mensagem e imagem da empresa. Ele é um gestor da comunicação e actua de forma estratégica nos mais diversos campos da empresa. Esse profissional é peça-chave para uma empresa: nele são centralizadas as diferentes demandas comunicacionais que, juntas, afectam a conjuntura do negócio. Todas essas demandas compõem a agenda do profissional de relações pública, que tem então o encargo de fazê-las acontecer da melhor maneira possível. Isso significa proteger, manter e/ou criar uma boa imagem através da mídia junto ao público.

 

4.      Referências bibliográficas

·         Franchon, Ana Maria. As Funções Essenciais das Relações Públicas Auxiliando na Selecção de Projectos Sociais de Patrocínio. Políticas e Estratégias de Comunicação Escola de Comunicações e Artes – Universidade de São Paulo

·         Costa, Thaís. Saiba tudo sobre relações públicas: o que é, áreas de actuação e mercado de trabalho! Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/relacoes-publicas/

·         Andrade, Cândido Teobaldo de Souza (2001) et a Petobras (2008). Para entender relações públicas. 3 ed. São Paulo: Edições Loyola,3ª ed.

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