Introdução
No presente trabalho
irei falar a cerca da África, em que no desenvolvimento do trabalho saberemos
como é que a áfrica se define como uma sociedade e também nas suas culturas
geralmente conhecidas como uma das suas caracteristicas principais que
diferenciam com outras religiões.
A
religião, de alguma forma, reflete a sociedade, reproduz a sua estrutura, se
modifica quando ela sofre grandes alterações, mas exerce também grande
influência sobre a sociedade. Quando um território é habitado por populações de
origens diversas ou quando uma população entra em contato com outra de cultura
diferente, as mudanças culturais são previsíveis e atingem também a esfera
religiosa.
África
Com cerca de 30 milhões de km2, 22%
de terras emersas, África é a terceira maior massa comercial do nosso planeta.
Apesar de ter mais de 800 milhões de habitantes, o continente tem menos de 15%
da população mundial. Portanto, assim, embora fracamente povoada, a sua
importância cultural ultrapassa os limites físicos do continente.
Como
tem sido bastante apregoado, a religião de origem africana tem se apresentado
como poderoso fator de resistência à dominação cultural e de afirmação de
identidades étnicas. Os terreiros de Mina, Candomblé, Batuque e Xangô não
apenas professam uma religião trazida para o Brasil por africanos escravizados,
como também reafirmam identidades africanas - uns são jeje, outros são nagô,
angola, congo etc.
Outras
características por elas apresentadas têm a ver com mudanças ocorridas
recentemente, com o acesso do “povo-de-santo” aos níveis mais altos de
escolaridade e a recursos modernos de comunicação (produção de livros e de
documentários, jogos de búzios por computador, programas interativos na
televisão etc.). As característica
apresentadas por uma religião podem se apoiar em vários fatores.
Quando
se indaga, por exemplo, sobre o "por que" do segredo nas religiões africanas,
as respostas obtidas apontam para: a “mitologia” e para diversos aspetos da
cultura africana; para as estratégias de sobrevivência adotadas pelo
“povo-de-santo” durante a escravidão e nos períodos de maior repressão às
religiões afro-brasileiras; para a centralização do poder e do saber nos
pais-de-santo.
Cultura africana
As
religiões, embora exerçam influencia sobre a sociedade, refletem a estrutura
social. Algumas características das religiões afrcanas têm origem na traumática
experiência da escravidão vivida por seus fundadores ou organizadores, na
absorção forçada ou voluntária do catolicismo por eles e na experiência do
“povo-de-santo” com Na cultura africana a tradição é muito valorizada e tanto
ela como as obrigações para com as entidades espirituais não podem ser
abandonadas.
Por
essa razão, no Brasil, muitos negros (afro-descendentes) que ascenderam
socialmente ou que se converteram a outra religião continuam ligados à religião
de matriz africana de seus antepassados, ajudando a manter o culto a entidades
espirituais afro-brasileiras (às vezes assumindo as despesas de um filho-de-
santo que pertence à entidade espiritual a quem foram oferecidos ou por quem
foram escolhidos) ou praticando em casa, secretamente, ritos ensinados por seus
antepassados. Outras religiões cristãs ou não cristãs.
Assim,
a devoção aos santos católicos, as sessões de Mesa Branca ou de Jurema
(Catimbó) encontradas em suas casas de culto nasceram do contato de seus
fundadores, organizadores, sacerdotes (pais-de-santo ou pais-de-terreiro) e
fieis com o catolicismo, o kardecismo, com práticas religiosas ameríndias e com
outras religiões.
Do
mesmo modo, quando se procura compreender o matriarcado dos terreiros de Mina
mais antigos do Maranhão, geralmente se recebe a explicação de que essa prática
tem a ver com o poder das mulheres no antigo reino do Dahomé (Benin), berço da
tradição religiosa continuada pela Casa das Minas-Jeje (conhecida como o
terreiro de Mina mais antigo), mas que tem também a ver com a situação do negro
no Brasil durante a escravidão, daí porque também ocorreu em outros Estados em
terreiros nagô e de outras “nações” (advoga-se que antes da abolição era mais
difícil para os homens do que para as mulheres assumir o comando da religião
etc.).
Religião na sociedade africana
A
religião reproduz e reforça a estrutura social, mas pode ser um fator de
conscientização, de resistência e de mobilização social. Ela pode reforçar o
sentimento e dignidade, reabastecer a esperança, estimular a luta e a
resistência de populações dominadas, mostrando-lhes o seu valor e
garantindo-lhes a ajuda de seres espirituais.
A
religião, de alguma forma, reflete a sociedade, reproduz a sua estrutura, se
modifica quando ela sofre grandes alterações, mas exerce também grande
influência sobre a sociedade. Quando um território é habitado por populações de
origens diversas ou quando uma população entra em contato com outra de cultura
diferente, as mudanças culturais são previsíveis e atingem também a esfera
religiosa.
Nessas
situações costuma ocorrer “sincretismos” entre religiões e surgimento de novas
religiões.E, se as relações entre os povos em contato são desiguais, como as
ocorridas no sistema colonial e nas sociedades escravocratas, a religião do
grupo dominante tende a ser imposta aos demais ou a se tornar hegemônica.
Isso
poderia explicar porque os negros brasileiros tornaram-se católicos sem deixar
de cultuar seus orixás, voduns inquices e encantados. Embora a religião costume
valorizar a tradição, como as populações humanas nunca são completamente
isoladas e suas sociedades nunca são estáticas, ela apresenta alterações ao
longo do tempo, incorporando elementos de outros sistemas culturais ou
ajustando-se a mudanças sociais.
Factor da organização
na sociedade africana
A
religião é um fator de organização e de integração social, embora possa também
separar as pessoas, gerar incompatibilidades entre grupos e servir de motivo
para guerras e dominações. No passado, no Brasil e em vários paises americanos,
africanos de diversas “nações” (jeje, nagô, angola e outras) e crioulos se
organizaram em torno dela e fundaram terreiros, irmandades e associações
diversas (algumas vezes secretas ou fechadas, como as dos Egunguns da Bahia).
Algumas
dessas organizações (como as casas de culto “de nação” – terreiros de Mina, de
Candomblé e de outras denominações) se voltaram mais para as religiões trazidas
da África, enquanto outras, como as irmandades católicas de homens negros, se
voltaram mais para a religião do colonizador.
A emergência do
nacionalismo africano
A partir da 2a
guerra mundial os africanos começaram a ter ideias mais precisas sobre como pôr
fim ao colonialismo. Esas ideias não tinham um carácter tribal ou regional mas
sim nacional. A isso chamamos nacionalismo. Começou-se a compreender que a
exploração colonial não era apenas de uma tribo ou região, mas de todo o povo.
Isto é de toda nação. Embora religiões diferentes possam coexistir sem grandes
conflitos, quando as desigualdades sociais são expressivas e as relações entre
as populações envolvidas são marcadas pela dominação, costuma haver
discriminações e, não raramente, perseguições religiosas.
No
caso brasileiro, como é bastante conhecido, as religiões de matrizes africanas
e ameríndias não foram encaradas pelas camadas dominantes apenas como
diferentes do catolicismo professado pelo colonizador português. Foram
consideradas primitivas, inferiores, falsas e ameaçadoras - daí porque já foram
tão reprimidas e perseguidas.
Entre os fatores apontados para esse
problema enfrentado pelas religiões de matriz africana estão: a sua introdução
ou organização por ex-escravos, e o preconceito em relação ao negro e à cultura
africana. Além delas serem classificadas por alguns como “bárbaras”,
“primitivas” ou “atrasadas”, seus sacerdotes têm sido freqüentemente apontados
como atores ou insufladores de práticas criminosas, ilegais ou repudiadas
socialmente (assassinatos, praticas ilegais de medicina etc.).
Os avanços na luta de
libertação nacional em África e as independências
Foi em consequência
disto que surgiram numerosas organizações nacionalisto em diversos países
africanos, cujos objectivos e linha de acção levaram à constentação do fenómeno
colonial.
Na luta pelas independências
africanas contra o regime colonial, destacaram-se nomes de grandes dirigentes
tais como Kwame Nkrumah do Ghana, Houphouet-Boygny da Costa do Marfim, Jomo
Kenyatta do Kenya, Sekou Touré da Guiné Conakry, Abdel Nasser do Egipto.
Tornaram-se os planeadores e porta vozes dos novos partidos nacionalistas e
“congressos” (como se chmavam muitas vezes tais movimentos). Eles indicaram o
caminho da liberdade que, no entanto, nunca foi fácil de seguir.
Diante
dessas agressões, algumas comunidades religiosas afro- brasileiras têm assumido
um comportamento resignado enquanto outras têm reivindicado o respeito pelas
diferenças e tratamento igual ao recebido por outras religiões, e têm procurado
assegurar na justiça seus direitos constitucionais.
Conclusão
Deste
modo, concluido o trabalho consegui tomar a sabedoria a cerca da história
africana através das pesquisas realizadas no decorrer da realização do trabalho.
E também foi posível saber que Após algumas considerações sobre religião e
sociedade, destacando a importância da religião e a sua relação com o contexto
social em que se insere, chamando a atenção para a dificuldade existente no
Brasil de se manter uma convivência respeitosa entre as religiões
afro-brasileiras e outras religiões. Aponta- se, entre os fatores responsáveis
pelo incidente, a persistência do preconceito contra o negro e contra a cultura
afro-brasileira.
Referências
bibliográficas
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A enxada e a lança: a
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