Introdução
Objetiva-se com este trabalho apresentar reflexões
preliminares de uma pesquisa em andamento junto a destacar as transformações
que tinham como objectivo aplicar um modelo de construção socialista em
Moçambique, ressaltando-se os aspectos fundamentais relacionados com a agricultura
e com o meio rural.
Como
sabemos que a prática da
agricultura tornou-se a base da sustentabilidade aos moçambicanos no periodo da
colonização e desenvolvou-se até nos dias de hoje. Detalhadamente o trabalho terá os seguintes temas
agricultura no tempo colonial características da agricultura a plantação como folha de colonização as médias machambas das coloneas
características da agricultura familiar agricultura após a independência.
A agricultura no tempo colonial
A
agricultura no tempo colonial manteve-se subdesenvolvida pois, a grande maioria
manteve-se no campo produzindo apenas com a enxada. A colonização efectiva portuguesa em Moçambique começa
principalmente a partir de fins do século XIX, depois da Conferência de Berlim.
Assim o centro e o norte de Moçambique foram arrendados
por companhias estrangeiras com poderes e funções não só económicas mais também
políticas e administrativas. O sul de Moçambique transformou-se numa reserva de
mão-de-obra para capital mineiro da África do Sul.
Durante a primeira fase da
colonização também se assistiu a uma imigração de colonos portugueses para
Moçambique. Até então,
Moçambique ocupava uma posição subalterna na estratégia colonial portuguesa,
desempenhando fundamentalmente um papel de apoio à navegação das rotas do
Oriente e de fornecedor de mão-de-obra escrava, principalmente para o Brasil e Caribe.
Localmente, a presença portuguesa limitava-se a alguns postos costeiros e a uns
poucospontos no interior, principalmente ao longo do vale do rio Zambeze (CEA,
1979b).
Estes processos prolongaram-se ao longo de décadas e
realizaram-se por meio de um complicado jogo de alianças entre os colonizadores
e algumas das classes dirigentes locais, aproveitando as disputas existentes
entre as diferentes etnias. As disputas territoriais com o colonialismo inglês
(veja por exemplo Serra, 1978), que se prolongaram até princípios deste século
e a presença de interesses franceses no negócio da escravatura (Capela, 1979),
são elementos fundamentais para compreender a colonização portuguesa em
Moçambique, aspecto que fica omitido devido aos objectivos pretendidos neste
trabalho.
No entanto, é subdesenvolvimento da agricultura fora
planificado para os interesses da acumulação primitiva de captar através da
extracção de excedente económico do camponês, sob forma de força de trabalho
para a produção de mais-valia, ou sob a forma de produtos dos camponeses a
preços baixos.
Desprovido de capital financeira, a
burguesia portuguesa no poder não fez mais do que arrendar vastas parcelas de
território de Moçambique a capitais estrangeiros (não portugueses) como forma
de manter a sua hegemonia e domínio colonial sobre o país.
Características
da agricultura
Agricultura consiste no cultivo de
alimentos úteis para o consumo e para fins lucrativos o que nas áreas rurais
contribui para a formação dos latifúndios que muitos beneficiaram de política
colonial de apropriação das terras férteis dos camponeses e da instituição do
trabalho forçado. Também a agricultura é considerada como uma forte
contribuinte no sector económico, ajudando cada vez mais no crescimento do
país.
Podemos caracterizar a agricultura da
seguinte maneira:
1. É
necessariamente pratica-la em terra de preferível fértil;
2. É
dependente da irrigação;
3. Dispõem
de canais de financiamento;
4. Utiliza
a mecanização;
5. Alcança
grande produtividade,
6. Agregar
valores;
7. Uso
de matérias rudimentares.
A plantação como folha de colonização
A agricultura é muito importante no
nosso dia-a-dia, como por exemplo na alimentação, em de intercâmbio. Não só em
Moçambique mas também em outros países a agricultura se apresenta como uma
dependência para manter a sustentabilidade familiar e negociável,
aproveitando-se dela de variadas formas que visam a ter imã vantagem
considerável do que antes se tinha.
Estudos mostram a relevância da agricultura na organização e na estruturação do espaço
agrário no Moçambique, ainda que ao longo dos anos este segmento da sociedade
não tenha tido uma atenção especial ou valorização no que tange as políticas
públicas e na atuação do Estado Colonial, quando comparados a outros segmentos
de industrias portuguesas.
As médias machambas das coloneas
Com a colonização vigente em
Moçambique, as zonas de cultivo ou plantação eram aproveitadas da melhor forma
possivel por não serem de alta extensão e também para garantir a
sustentabilidade familiar por falta de fundo e sob pressão da colonização. Com
isto a agricultura fez com que Moçambique pudesse melhorar o bem-estar das
famílias camponesas através da implementação de mecanismos de fomento à produtividade,
combate a fome e na geração de emprego e renda.
Esta divisão territorial implicou formas diferentes de
colonização conforme os objectivos
dos
capitais constituintes das companhias que actuavam debaixo de uma importante
influência do colonialismo inglês na região. A agricultura veio contribuindo
para o desenvolvimento social e económico para equilibrar o país pois através
de seus milhões de pequenos produtores e áreas agricolas, a agricultura foi um
setor em crescimento e de inteira relevância para nossa nação.
Características
da agricultura familiar
A agricultura familiar como todos já
sabem é caracterizada como uma forma de tipo de atividade econômica e é marcada
pela importante presença da estrutura social que é a família. Tentndo entender melhor o conceito de
agricultura familiar e compreender sua realidade nas regiões moçambicanas
contribui num ponto importante para aqueles que fazem parte de instituições de
desenvolvimento regional.
A produção familiar é tida como a principal atividade
econômica de muitas regiões da nossa nação e precisa ser fortalecida, pois a
gama de oportunidades para os produtores no que tange a empregabilidade e renda
é muito importante.
Caracterizando a agricultura familiar
podemos notar que:
1. Decisões
tomadas incondicionalmente pelo produtor;
2. Ênfase
no uso de insumos internos;
3. Necessidades de mão de obra por falta da
tecnologia avançada;
4. Decisões
imediatas, adequadas ao alto grau de imprevisibilidade do processo produtivo;
5. Ênfase
na diversificação;
6. Processo
produtivo dirigido diretamente pelo produtor;
7. Gestão
e trabalho intimamente ligados;
8. Ênfase
na durabilidade dos recursos naturais e na qualidade de vida;
9. Trabalho
assalariado é apenas complementar;
10. Ênfase
no uso de insumos comprados;
11. É
praticada essencialmente nas zonas rurais;
12. A
população vive fundamentalmente da agricultura de pequenas escalas ou porões de
terra;
13. Produzem
alimentos para o consumo próprio;
14. Os
membros da família vivem e morrem na unidade de produção.
A agricultura familiar se mostra diferenciadamente pela
agricultura empresarial por não ser praticada em terras expansivas (espaço
maior) com falta de tratamento adequado por falta de certos produtos que são
usados nas indústrias. Mesmo
assim, muitas vezes não conhecemos o fato de que a agricultura familiar, com
áreas superiores a agricultura patronal, tem uma participação bastante
significativa na produção agrícola do país.
Os discursos passaram a ser mais frequentes nos
movimentos sociais rurais pelos órgãos governamentais e por instituições
acadêmicas, em especial por estudiosos de geografia que conhecem a realidade da
agricultura e do mundo rural na sua posição em terra.É preciso garantir-lhes
acesso fácil ao crédito, condições e recursos tecnológicos para a produção e
manejo sustentável de seus estabelecimentos, bem como garantias de
comercialização da sua produção agrícola.
Não
obstante, apesar da grande importância que tem a agricultura familiar para o
nosso país, tradicionalmente ela foi colocada a segundo plano em função dos
instrumentos de crédito subsidiados que, no contexto do conservadorismo
moderno, direcionou-se a maior parte para as regiões mais desenvolvidas. Porém, pode-se considerar que a agricultura familiar
está relacionada a outros aspectos ligados à família, ao trabalho, a terra e ao
ambiente. Atualmente, ouvimos falar mais das discussões sobre a agricultura
familiar nos campos televisivos, políticos e acadêmicos (textos
literais/discursões) no Moçambique.
Agricultura após a independência
Após a independência a economia de Moçambique estava
praticamente ligada ao modelo de gestão económica colonial. A agricultura sendo
base de desenvolvimento da economia de Moçambique, segundo a constituição, e
maior parte da população moçambicana, nunca deve ser terciarizada ou
negligenciada pois é deste sector o rendimento disponível de maioria das
famílias moçambicanas dependem.
Moçambique, desde a
constituição de 1975 como um país agrícola, e com isso a agricultura como a
principal actividade económica e a indústria como factor impulsionador. Assim
sendo, a agricultura após independência teve alguns avanços como possuir uma
potencialidade e condições que proporcionam a prática de agricultura e cerca de
80% da população moçambicana pobre encontra-se a viver em zonas rurais,
praticando a agricultura para as suas subsistências.
Os
agricultores, até então alijados das políticas públicas para o meio rural se
tornam alvo destas políticas e também se tornam atores sociais, de certa forma,
privilegiados, demonstrando a importância que esta categoria social possui para
o desenvolvimento do país. Os agricultores por terem uma baixa renda e como são
responsáveis pela produção de principais alimentos precisavam encontrar um meio
para investir e ter como produzir mais e gerar mais renda, os agricultores
encontraram um meio de investir no seu negocio para poder gerar mais renda e
com isso teve muitos resultados positivos.
Conclusão
Como já salientado, por trás do que
estamos chamando “ agricultura” há um
universo
social bastante diversificado e complexo. conclui que ao lado desse perfil de
agricultor existem aqueles que estão, da mesma forma, fundados sobre uma
estrutura familiar de gerenciamento do empreendimento agrícola, mas adotando um
tipo de estratégia empresarial que se aproxima mais fortemente de uma empresa
rural. O trabalho produtivo é conduzido, majoritariamente (ou exclusivamente), por
mão de obra externa e possui significativo capital tecnológico e menor
vinculação com o patrimônio fundiário.
Referências bibliográficas


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