sexta-feira, 17 de março de 2017

A agricultura no tempo colonial, Características da agricultura, A plantação como folha de colonização, As médias machambas das coloneas, Características da agricultura familiar, Agricultura após a independência


Introdução
            Objetiva-se com este trabalho apresentar reflexões preliminares de uma pesquisa em andamento junto a destacar as transformações que tinham como objectivo aplicar um modelo de construção socialista em Moçambique, ressaltando-se os aspectos fundamentais relacionados com a agricultura e com o meio rural.
                Como sabemos que a prática da agricultura tornou-se a base da sustentabilidade aos moçambicanos no periodo da colonização e desenvolvou-se até nos dias de hoje. Detalhadamente o trabalho terá os seguintes temas agricultura no tempo colonial características da agricultura a plantação como folha de colonização as médias machambas das coloneas características da agricultura familiar agricultura após a independência. 














A agricultura no tempo colonial
           A agricultura no tempo colonial manteve-se subdesenvolvida pois, a grande maioria manteve-se no campo produzindo apenas com a enxada. A colonização efectiva portuguesa em Moçambique começa principalmente a partir de fins do século XIX, depois da Conferência de Berlim. Assim o centro e o norte de Moçambique foram arrendados por companhias estrangeiras com poderes e funções não só económicas mais também políticas e administrativas. O sul de Moçambique transformou-se numa reserva de mão-de-obra para capital mineiro da África do Sul.
           Durante a primeira fase da colonização também se assistiu a uma imigração de colonos portugueses para Moçambique. Até então, Moçambique ocupava uma posição subalterna na estratégia colonial portuguesa, desempenhando fundamentalmente um papel de apoio à navegação das rotas do Oriente e de fornecedor de mão-de-obra escrava, principalmente para o Brasil e Caribe. Localmente, a presença portuguesa limitava-se a alguns postos costeiros e a uns poucospontos no interior, principalmente ao longo do vale do rio Zambeze (CEA, 1979b).  
           Estes processos prolongaram-se ao longo de décadas e realizaram-se por meio de um complicado jogo de alianças entre os colonizadores e algumas das classes dirigentes locais, aproveitando as disputas existentes entre as diferentes etnias. As disputas territoriais com o colonialismo inglês (veja por exemplo Serra, 1978), que se prolongaram até princípios deste século e a presença de interesses franceses no negócio da escravatura (Capela, 1979), são elementos fundamentais para compreender a colonização portuguesa em Moçambique, aspecto que fica omitido devido aos objectivos pretendidos neste trabalho.
            No entanto, é subdesenvolvimento da agricultura fora planificado para os interesses da acumulação primitiva de captar através da extracção de excedente económico do camponês, sob forma de força de trabalho para a produção de mais-valia, ou sob a forma de produtos dos camponeses a preços baixos.
           Desprovido de capital financeira, a burguesia portuguesa no poder não fez mais do que arrendar vastas parcelas de território de Moçambique a capitais estrangeiros (não portugueses) como forma de manter a sua hegemonia e domínio colonial sobre o país.
Características da agricultura
           Agricultura consiste no cultivo de alimentos úteis para o consumo e para fins lucrativos o que nas áreas rurais contribui para a formação dos latifúndios que muitos beneficiaram de política colonial de apropriação das terras férteis dos camponeses e da instituição do trabalho forçado. Também a agricultura é considerada como uma forte contribuinte no sector económico, ajudando cada vez mais no crescimento do país.
           Podemos caracterizar a agricultura da seguinte maneira:
1.       É necessariamente pratica-la em terra de preferível fértil;
2.       É dependente da irrigação;
3.       Dispõem de canais de financiamento;
4.       Utiliza a mecanização;
5.       Alcança grande produtividade,
6.       Agregar valores;
7.       Uso de matérias rudimentares.

A plantação como folha de colonização
           A agricultura é muito importante no nosso dia-a-dia, como por exemplo na alimentação, em de intercâmbio. Não só em Moçambique mas também em outros países a agricultura se apresenta como uma dependência para manter a sustentabilidade familiar e negociável, aproveitando-se dela de variadas formas que visam a ter imã vantagem considerável do que antes se tinha.
           Estudos mostram a relevância da agricultura  na organização e na estruturação do espaço agrário no Moçambique, ainda que ao longo dos anos este segmento da sociedade não tenha tido uma atenção especial ou valorização no que tange as políticas públicas e na atuação do Estado Colonial, quando comparados a outros segmentos de industrias portuguesas.


As médias machambas das coloneas
           Com a colonização vigente em Moçambique, as zonas de cultivo ou plantação eram aproveitadas da melhor forma possivel por não serem de alta extensão e também para garantir a sustentabilidade familiar por falta de fundo e sob pressão da colonização. Com isto a agricultura fez com que Moçambique pudesse melhorar o bem-estar das famílias camponesas através da implementação de mecanismos de fomento à produtividade, combate a fome e na geração de emprego e renda.
                Esta divisão territorial implicou formas diferentes de colonização conforme os objectivos
dos capitais constituintes das companhias que actuavam debaixo de uma importante influência do colonialismo inglês na região. A agricultura veio contribuindo para o desenvolvimento social e económico para equilibrar o país pois através de seus milhões de pequenos produtores e áreas agricolas, a agricultura foi um setor em crescimento e de inteira relevância para nossa nação.

          
Características da agricultura familiar
           A agricultura familiar como todos já sabem é caracterizada como uma forma de tipo de atividade econômica e é marcada pela importante presença da estrutura social que é a família. Tentndo entender melhor o conceito de agricultura familiar e compreender sua realidade nas regiões moçambicanas contribui num ponto importante para aqueles que fazem parte de instituições de desenvolvimento regional.
           A produção familiar é tida como a principal atividade econômica de muitas regiões da nossa nação e precisa ser fortalecida, pois a gama de oportunidades para os produtores no que tange a empregabilidade e renda é muito importante.
           Caracterizando a agricultura familiar podemos notar que:
1.       Decisões tomadas incondicionalmente pelo produtor;  
2.       Ênfase no uso de insumos internos;
3.        Necessidades de mão de obra por falta da tecnologia avançada;
4.       Decisões imediatas, adequadas ao alto grau de imprevisibilidade do processo produtivo;
5.       Ênfase na diversificação;
6.       Processo produtivo dirigido diretamente pelo produtor;
7.       Gestão e trabalho intimamente ligados;
8.       Ênfase na durabilidade dos recursos naturais e na qualidade de vida;
9.       Trabalho assalariado é apenas complementar;
10.    Ênfase no uso de insumos comprados;
11.    É praticada essencialmente nas zonas rurais;
12.    A população vive fundamentalmente da agricultura de pequenas escalas ou porões de terra;
13.    Produzem alimentos para o consumo próprio;
14.    Os membros da família vivem e morrem na unidade de produção.
            A agricultura familiar se mostra diferenciadamente pela agricultura empresarial por não ser praticada em terras expansivas (espaço maior) com falta de tratamento adequado por falta de certos produtos que são usados nas indústrias. Mesmo assim, muitas vezes não conhecemos o fato de que a agricultura familiar, com áreas superiores a agricultura patronal, tem uma participação bastante significativa na produção agrícola do país.
           Os discursos passaram a ser mais frequentes nos movimentos sociais rurais pelos órgãos governamentais e por instituições acadêmicas, em especial por estudiosos de geografia que conhecem a realidade da agricultura e do mundo rural na sua posição em terra.É preciso garantir-lhes acesso fácil ao crédito, condições e recursos tecnológicos para a produção e manejo sustentável de seus estabelecimentos, bem como garantias de comercialização da sua produção agrícola.
              Não obstante, apesar da grande importância que tem a agricultura familiar para o nosso país, tradicionalmente ela foi colocada a segundo plano em função dos instrumentos de crédito subsidiados que, no contexto do conservadorismo moderno, direcionou-se a maior parte para as regiões mais desenvolvidas. Porém, pode-se considerar que a agricultura familiar está relacionada a outros aspectos ligados à família, ao trabalho, a terra e ao ambiente. Atualmente, ouvimos falar mais das discussões sobre a agricultura familiar nos campos televisivos, políticos e acadêmicos (textos literais/discursões) no Moçambique.


Agricultura após a independência
Após a independência a economia de Moçambique estava praticamente ligada ao modelo de gestão económica colonial. A agricultura sendo base de desenvolvimento da economia de Moçambique, segundo a constituição, e maior parte da população moçambicana, nunca deve ser terciarizada ou negligenciada pois é deste sector o rendimento disponível de maioria das famílias moçambicanas dependem.
     
           Moçambique, desde a constituição de 1975 como um país agrícola, e com isso a agricultura como a principal actividade económica e a indústria como factor impulsionador. Assim sendo, a agricultura após independência teve alguns avanços como possuir uma potencialidade e condições que proporcionam a prática de agricultura e cerca de 80% da população moçambicana pobre encontra-se a viver em zonas rurais, praticando a agricultura para as suas subsistências.
Os agricultores, até então alijados das políticas públicas para o meio rural se tornam alvo destas políticas e também se tornam atores sociais, de certa forma, privilegiados, demonstrando a importância que esta categoria social possui para o desenvolvimento do país. Os agricultores por terem uma baixa renda e como são responsáveis pela produção de principais alimentos precisavam encontrar um meio para investir e ter como produzir mais e gerar mais renda, os agricultores encontraram um meio de investir no seu negocio para poder gerar mais renda e com isso teve muitos resultados positivos.










Conclusão
            Como já salientado, por trás do que estamos chamando “ agricultura” há um
universo social bastante diversificado e complexo. conclui que ao lado desse perfil de agricultor existem aqueles que estão, da mesma forma, fundados sobre uma estrutura familiar de gerenciamento do empreendimento agrícola, mas adotando um tipo de estratégia empresarial que se aproxima mais fortemente de uma empresa rural. O trabalho produtivo é conduzido, majoritariamente (ou exclusivamente), por mão de obra externa e possui significativo capital tecnológico e menor vinculação com o patrimônio fundiário.






















Referências bibliográficas
*      http.www.Irrigacao/Docs/Agricultura%20Familiar%20no% %20no%20Nordeste.PDF;
*      http://www.scielo.br/pdf/se/v22n3/09.pdf.

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