sexta-feira, 17 de março de 2017

África


Introdução
            No presente trabalho irei falar a cerca da África, em que no desenvolvimento do trabalho saberemos como é que a áfrica se define como uma sociedade e também nas suas culturas geralmente conhecidas como uma das suas caracteristicas principais que diferenciam com outras religiões.
A religião, de alguma forma, reflete a sociedade, reproduz a sua estrutura, se modifica quando ela sofre grandes alterações, mas exerce também grande influência sobre a sociedade. Quando um território é habitado por populações de origens diversas ou quando uma população entra em contato com outra de cultura diferente, as mudanças culturais são previsíveis e atingem também a esfera religiosa.
















África
             Com cerca de 30 milhões de km2, 22% de terras emersas, África é a terceira maior massa comercial do nosso planeta. Apesar de ter mais de 800 milhões de habitantes, o continente tem menos de 15% da população mundial. Portanto, assim, embora fracamente povoada, a sua importância cultural ultrapassa os limites físicos do continente.
Como tem sido bastante apregoado, a religião de origem africana tem se apresentado como poderoso fator de resistência à dominação cultural e de afirmação de identidades étnicas. Os terreiros de Mina, Candomblé, Batuque e Xangô não apenas professam uma religião trazida para o Brasil por africanos escravizados, como também reafirmam identidades africanas - uns são jeje, outros são nagô, angola, congo etc.
Outras características por elas apresentadas têm a ver com mudanças ocorridas recentemente, com o acesso do “povo-de-santo” aos níveis mais altos de escolaridade e a recursos modernos de comunicação (produção de livros e de documentários, jogos de búzios por computador, programas interativos na televisão etc.).  As característica apresentadas por uma religião podem se apoiar em vários fatores.
Quando se indaga, por exemplo, sobre o "por que" do segredo nas religiões africanas, as respostas obtidas apontam para: a “mitologia” e para diversos aspetos da cultura africana; para as estratégias de sobrevivência adotadas pelo “povo-de-santo” durante a escravidão e nos períodos de maior repressão às religiões afro-brasileiras; para a centralização do poder e do saber nos pais-de-santo.

           
Cultura africana
As religiões, embora exerçam influencia sobre a sociedade, refletem a estrutura social. Algumas características das religiões afrcanas têm origem na traumática experiência da escravidão vivida por seus fundadores ou organizadores, na absorção forçada ou voluntária do catolicismo por eles e na experiência do “povo-de-santo” com Na cultura africana a tradição é muito valorizada e tanto ela como as obrigações para com as entidades espirituais não podem ser abandonadas.
Por essa razão, no Brasil, muitos negros (afro-descendentes) que ascenderam socialmente ou que se converteram a outra religião continuam ligados à religião de matriz africana de seus antepassados, ajudando a manter o culto a entidades espirituais afro-brasileiras (às vezes assumindo as despesas de um filho-de- santo que pertence à entidade espiritual a quem foram oferecidos ou por quem foram escolhidos) ou praticando em casa, secretamente, ritos ensinados por seus antepassados. Outras religiões cristãs ou não cristãs.
Assim, a devoção aos santos católicos, as sessões de Mesa Branca ou de Jurema (Catimbó) encontradas em suas casas de culto nasceram do contato de seus fundadores, organizadores, sacerdotes (pais-de-santo ou pais-de-terreiro) e fieis com o catolicismo, o kardecismo, com práticas religiosas ameríndias e com outras religiões.
Do mesmo modo, quando se procura compreender o matriarcado dos terreiros de Mina mais antigos do Maranhão, geralmente se recebe a explicação de que essa prática tem a ver com o poder das mulheres no antigo reino do Dahomé (Benin), berço da tradição religiosa continuada pela Casa das Minas-Jeje (conhecida como o terreiro de Mina mais antigo), mas que tem também a ver com a situação do negro no Brasil durante a escravidão, daí porque também ocorreu em outros Estados em terreiros nagô e de outras “nações” (advoga-se que antes da abolição era mais difícil para os homens do que para as mulheres assumir o comando da religião etc.).

Religião na sociedade africana
A religião reproduz e reforça a estrutura social, mas pode ser um fator de conscientização, de resistência e de mobilização social. Ela pode reforçar o sentimento e dignidade, reabastecer a esperança, estimular a luta e a resistência de populações dominadas, mostrando-lhes o seu valor e garantindo-lhes a ajuda de seres espirituais.
A religião, de alguma forma, reflete a sociedade, reproduz a sua estrutura, se modifica quando ela sofre grandes alterações, mas exerce também grande influência sobre a sociedade. Quando um território é habitado por populações de origens diversas ou quando uma população entra em contato com outra de cultura diferente, as mudanças culturais são previsíveis e atingem também a esfera religiosa.
Nessas situações costuma ocorrer “sincretismos” entre religiões e surgimento de novas religiões.E, se as relações entre os povos em contato são desiguais, como as ocorridas no sistema colonial e nas sociedades escravocratas, a religião do grupo dominante tende a ser imposta aos demais ou a se tornar hegemônica.
Isso poderia explicar porque os negros brasileiros tornaram-se católicos sem deixar de cultuar seus orixás, voduns inquices e encantados. Embora a religião costume valorizar a tradição, como as populações humanas nunca são completamente isoladas e suas sociedades nunca são estáticas, ela apresenta alterações ao longo do tempo, incorporando elementos de outros sistemas culturais ou ajustando-se a mudanças sociais. 

Factor da organização na sociedade africana
A religião é um fator de organização e de integração social, embora possa também separar as pessoas, gerar incompatibilidades entre grupos e servir de motivo para guerras e dominações. No passado, no Brasil e em vários paises americanos, africanos de diversas “nações” (jeje, nagô, angola e outras) e crioulos se organizaram em torno dela e fundaram terreiros, irmandades e associações diversas (algumas vezes secretas ou fechadas, como as dos Egunguns da Bahia).
Algumas dessas organizações (como as casas de culto “de nação” – terreiros de Mina, de Candomblé e de outras denominações) se voltaram mais para as religiões trazidas da África, enquanto outras, como as irmandades católicas de homens negros, se voltaram mais para a religião do colonizador.

A emergência do nacionalismo africano
            A partir da 2a guerra mundial os africanos começaram a ter ideias mais precisas sobre como pôr fim ao colonialismo. Esas ideias não tinham um carácter tribal ou regional mas sim nacional. A isso chamamos nacionalismo. Começou-se a compreender que a exploração colonial não era apenas de uma tribo ou região, mas de todo o povo. Isto é de toda nação. Embora religiões diferentes possam coexistir sem grandes conflitos, quando as desigualdades sociais são expressivas e as relações entre as populações envolvidas são marcadas pela dominação, costuma haver discriminações e, não raramente, perseguições religiosas.
No caso brasileiro, como é bastante conhecido, as religiões de matrizes africanas e ameríndias não foram encaradas pelas camadas dominantes apenas como diferentes do catolicismo professado pelo colonizador português. Foram consideradas primitivas, inferiores, falsas e ameaçadoras - daí porque já foram tão reprimidas e perseguidas.
            Entre os fatores apontados para esse problema enfrentado pelas religiões de matriz africana estão: a sua introdução ou organização por ex-escravos, e o preconceito em relação ao negro e à cultura africana. Além delas serem classificadas por alguns como “bárbaras”, “primitivas” ou “atrasadas”, seus sacerdotes têm sido freqüentemente apontados como atores ou insufladores de práticas criminosas, ilegais ou repudiadas socialmente (assassinatos, praticas ilegais de medicina etc.).

Os avanços na luta de libertação nacional em África e as independências
            Foi em consequência disto que surgiram numerosas organizações nacionalisto em diversos países africanos, cujos objectivos e linha de acção levaram à constentação do fenómeno colonial.
            Na luta pelas independências africanas contra o regime colonial, destacaram-se nomes de grandes dirigentes tais como Kwame Nkrumah do Ghana, Houphouet-Boygny da Costa do Marfim, Jomo Kenyatta do Kenya, Sekou Touré da Guiné Conakry, Abdel Nasser do Egipto. Tornaram-se os planeadores e porta vozes dos novos partidos nacionalistas e “congressos” (como se chmavam muitas vezes tais movimentos). Eles indicaram o caminho da liberdade que, no entanto, nunca foi fácil de seguir.
Diante dessas agressões, algumas comunidades religiosas afro- brasileiras têm assumido um comportamento resignado enquanto outras têm reivindicado o respeito pelas diferenças e tratamento igual ao recebido por outras religiões, e têm procurado assegurar na justiça seus direitos constitucionais.




Conclusão
Deste modo, concluido o trabalho consegui tomar a sabedoria a cerca da história africana através das pesquisas realizadas no decorrer da realização do trabalho. E também foi posível saber que Após algumas considerações sobre religião e sociedade, destacando a importância da religião e a sua relação com o contexto social em que se insere, chamando a atenção para a dificuldade existente no Brasil de se manter uma convivência respeitosa entre as religiões afro-brasileiras e outras religiões. Aponta- se, entre os fatores responsáveis pelo incidente, a persistência do preconceito contra o negro e contra a cultura afro-brasileira.

















Referências bibliográficas
·         FLORENTINO, Manolo. Em costas negras. Arquivo Nacional, 1995;
·         HEYWOOD, Linda M. Diáspora negra Contexto, 2008;
·         ISSACMAN, Allen e ISAACMAN, Bárbara. Escravos, Esclavagistas, Guerreiros e Caçadores;
·         Maputo: CIEDIMA, 2004 LOVEJOY, Paul. A escravidão na África: uma história de suas transformações;
·         M'BOKOLO, Elikia. África Negra: história e civilizações.  Lisboa: Vulgata, 2003;
·         PRICE, Richard. “O Milagre da crioulização: retrospectiva”;
·         Estudos afro-asiáticos., 2003, vol.25, no.3, p.383-419. SILVA, Alberto da Costa;
·         A enxada e a lança: a África antes dos portugueses.   


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