Índice
Introdução
O presente
trabalho da varicela que também é conhecida como catapora onde é definida como
uma doença infecciosa aguda, contagiosa por via respiratória, causada por um
herpesvírus denominado varicela zoster. Em crianças sadias, geralmente é
auto-limitada. Em adolescentes e adultos a doença é mais exuberante e, ao
acometer grupos de risco, tais como pacientes imunocomprometidos, mulheres
gestantes e recémnascidos, a letalidade é alta.
O vírus
inicialmente infecta células do trato respiratório e a partir daí reproduz-se e
dissemina-se através da corrente sanguínea e do sistema linfático.
A varicela
manifesta-se com febre, mal-estar e lesões cutâneas que caracterizam a doença.
A febre e os sintomas sistémicos remitem em 3 a 5 dias, enquanto as lesões na
pele cicatrizam-se em algumas semanas.
A maioria dos
casos ocorre em crianças com menos de 10 anos de idade, no final do inverno e
início da primavera. O período de incubação é usualmente de 14 a 16 dias, mas
casos podem ocorrer precocemente, a partir do 10º dia ou, tardiamente, até o
21º dia. A transmissão do vírus é difícil de prevenir devido ao facto da
criança infectada já ser contagiosa 24 a 48 h antes do aparecimento da erupção
cutânea.
A varicela ou
catapora é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa,
caracterizada por surgimento de exantema de aspecto maculopapular e
distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui
rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias. Pode
ocorrer febre moderada e sintomas sistémicos.
É uma doença da infância muito
frequente, das mais contagiosas, que surge principalmente no inverno e na
Primavera afectando todos os anos em milhares de crianças. Trata-se de uma
doença geralmente sem gravidade embora por vezes se possa complicar em certos
casos específicos.
A doença adquire-se principalmente na
infância com maior incidência entre os 2-8 anos, sendo pouco frequente no
adulto. Nos casos em que a mãe já teve varicela o recém-nascido adquire
imunidade por via transplantaria pelo que a doença é rara abaixo dos 6 meses.
Varicela é extremamente raro surgir um
segundo episódio de varicela no mesmo indivíduo, isto porque a doença confere
imunidade permanente.
No entanto, após a infecção primária
(manifestada como varicela) o vírus permanece latente, de forma inactiva (“como
que adormecido”) nas raízes dos nervos periféricos, podendo reactivar-se mais
tarde causando herpes zoster ou zona em qualquer altura.
Uma vez dentro, agarra-se as células
hospedeiras no nariz e nos lifonodos ao redor e se reproduz com grande
velocidade. os vírus da varicela replicados segue até o fígado, baço e tecidos
nervosos sensitivos. Após outro ciclo de reprodução viral, eles efectuam as
células da pele. essa infecção cutânea causa o aparecimento de erupções da
catapora.
A doença é causada por um vírus da
família dos herpesvirus humanos, chamado vírus varicela-zoster que é também o
agente etiológico do herpes zoster, mais conhecido como zona. Este vírus tem
como característica elevada taxa de ataque, o que quer dizer que a transmissão
se dá de forma fácil e rápida.
Modo de Transmissão
Pessoa a
pessoa, através de contacto directo ou secreções respiratórias (disseminação
aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de contacto com
lesões de pele. Indirectamente é transmitida através de objectos contaminados
com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados. O
período de transmissibilidade varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias
após o surgimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a
infecção é possível.
Existe a chamada fase de incubação
correspondente ao período que decorre desde o momento da infecção até ao
aparecimento dos primeiros sintomas, que dura geralmente de 14 a 16 dias,
podendo variar entre os 10 e os 21 dias. Durante a fase inicial do período de
incubação o vírus multiplica-se nas vias respiratórias, entrando em seguida na
corrente sanguínea, acabando por atingir a pele, só numa fase posterior, em que
surgem as lesões cutâneas disseminadas.
Um doente com varicela é contagioso
desde 1 a 2 dias antes do início da erupção cutânea até que todas as vesículas
tenham secado, formando crostas que já não contêm o vírus vivo. Este processo
demora aproximadamente 5 a 10 dias.
Sintomas
da varicela
Os sintomas iniciam-se 14 a 16 dias após
a exposição, o que corresponde ao período de incubação referido anteriormente.
Na maioria das crianças a erupção
cutânea (também chamada de exantema) e os sintomas gerais ocorrem em
simultâneo. Porém, em crianças mais velhas, adolescentes e adultos pode haver
um período prodrómico (prévio ao aparecimento do exantema) de um ou dois dias
com febre, dores de cabeça, mal-estar geral, dor de garganta, dor abdominal
ligeira e diminuição do apetite, seguido então do rash.
A elevação da temperatura em geral é
moderada (38º- 39ºC axilar), podendo atingir os 40º C.
A febre e outros sintomas sistémicos
podem persistir durante 2-4 dias após o início da erupção cutânea.
Dado que não existe uma vacina eficaz
para prevenir, a varicela continua a ser um problema muito frequente em todos
os países, evidenciando-se normalmente nas crianças entre os dois a nove anos
de idade, por isso a transmissão do vírus é difícil de prevenir devido ao facto
da criança infectada já ser contagiosa 24 a 48 h antes do aparecimento da
erupção cutânea.
A varicela é uma doença que poderá ser
prevenida por vacina.
As mucosas, por exemplo, podem ser
atingidas. A ruptura rápida das vesículas ao nível das mucosas origina
ulcerações (pequenas feridas) superficiais, principalmente:
·
Ao nível do palato (“céu da boca”),
podendo ser causa de dor de garganta e dificuldade em se alimentar
·
Na faringe e laringe, surgindo por vezes
rouquidão e perda da voz associadas, e raramente dificuldade respiratória
·
Também surgem nas pálpebras e
conjuntivas, podendo resultar em conjuntivite
·
E nos genitais, conferindo sintomas de
irritação local e dor
É de salientar que o exantema pode ser
mais extenso em crianças com doenças da pele, como eczema, ou com queimaduras
solares recentes.
Podem resultar cicatrizes, na maioria
das vezes quando as lesões infectam. Por este motivo é fundamental impedir que
a criança coce as lesões, de modo a impedir a infecção das mesmas e
consequentemente o aparecimento de cicatrizes.
Deve-se consultar o médico assistente
que decidirá o que é melhor para cada caso.
Apesar da doença não se complicar
habitualmente em crianças saudáveis, pode causar mal-estar e levar ao
absentismo das crianças à escola e dos pais ao emprego.
As grávidas são consideradas um grupo
de risco elevado no que diz respeito ao aparecimento de complicações, devendo
ser evitada a exposição à doença, sobretudo no caso de não a terem contraído na
infância. Quando a infecção se dá na primeira metade da gravidez pode afectar o
embrião ou o feto levando a atrofia de um ou mais membros, cicatrizes na pele,
eventualmente lesões cerebrais e lesões oculares (corioretinite, cataratas,
etc.). Se a pessoa está grávida e foi exposta à doença, por exemplo por ter
contactado com um filho doente, deverá recorrer ao seu médico assistente o mais
rapidamente possível, independententemente do tempo de gestação.
No recém-nascido
a varicela pode ser grave e o risco de complicações é grande.
Nas crianças mais velhas, adolescentes
e sobretudo nos adultos a varicela pode ser mais grave,
manifestando-se através de sintomas mais severos e associando-se, por vezes, ao
aparecimento de complicações.
São afectadas com maior frequência e
também com maior gravidade as crianças cujo sistema imunitário se encontra
deprimido ou enfraquecido, as que estão simultaneamente infectadas pelo vírus
da Sida, e ainda aquelas que fazem terapêutica prolongada ou intermitente com
corticóides (usados por exemplo na tratamento da asma), com ácido
acetil-salicílico ou derivados, e outros fármacos usados para tratar neoplasias
malignas, como as leucemias.
O médico que observa a criança faz o diagnóstico com base nas características
clínicas (sintomas e sinais que esta apresenta), e na evolução, o que
geralmente é fácil nos casos típicos.
A avaliação laboratorial não é
necessária, habitualmente, para o diagnóstico da varicela em crianças
saudáveis.
O tratamento para a varicela é
essencialmente sintomático podendo variar consoante os casos clínicos. Diferentes
medicamentos podem ser utilizados para combater os sintomas da doença. Por
exemplo, para controlar a febre e a dor usam-se fármacos de acção antipirética
e analgésica (sendo o mais usado entre estes o paracetamol). A comichão, por
seu turno, é aliviada pelo uso de anti-histamínicos. Contudo, estes
medicamentos não diminuem a duração dos sintomas.
Chamo a atenção para um aspecto
importante. O ácido acetilsalicílico ou derivados não devem ser utilizados no
tratamento da febre e dores em crianças com varicela por risco de aparecer o
chamado Síndrome de Reye, que pode provocar atingimento do Sistema Nervoso
Central e patologia hepática grave.
Os anti-inflamatórios não esteróides
(ibuprofeno…) parecem estar relacionados com o aparecimento de fasceíte necrosante
que é um processo de necrose, que invade rapidamente o tecido subcutâneo e o
músculo, resultando em dor e edema da região atingida, razão pela qual estes
fármacos devem ser evitados nas crianças com varicela.
O restante tratamento consiste num conjunto
de medidas gerais, entre elas:
·
Hidratação da criança
·
Cuidados de higiene como a lavagem das
mãos
·
Manutenção das borbulhas limpas e secas manter
as unhas da criança curtas e limpas.
·
Dar banhos de água morna várias vezes ao
dia (aproximadamente de 4 em 4 h) nos primeiros dias. Após o banho ter o
cuidado de enxugar o corpo com uma toalha macia, evitando esfregar.
·
Outra medida é a aplicação local de
loções calmantes ou pomadas anti-pruriginosas ( para diminuir a comichão).
No caso de infecção secundária das
vesículas é necessário recorrer ao uso de antibióticos tópicos ou por outras
vias (nomeadamente a via oral…).
Nas situações em que a criança tem
dificuldade em se alimentar por apresentar lesões na boca dever-se-á optar por
bebidas frias e alimentos moles, fáceis de engolir, evitando alimentos ácidos
ou salgados.
Existe um medicamento de acção
anti-viral, (o aciclovir) que é eficaz no tratamento da varicela. Este
medicamento, no entanto, não é recomendado para uso rotineiro em crianças
saudáveis com varicela mas sim e apenas nalgumas situações, tais como: idade
superior a 12 anos, doenças pulmonares ou cutâneas crónicas,
imunocomprometidos, crianças a fazer terapêutica prolongada com salicilatos ou
corticóides, aparecimento simultâneo de um segundo caso na mesma família em que
há maior risco de varicela moderada ou grave.
A vantagem da sua utilização nestes
casos prende-se com a redução da duração da doença e intensidade dos sintomas,
permitindo que a criança recupere mais depressa. A eficácia do mesmo é
significativamente maior se administrado nas primeiras 24 h após o início do
exantema, pelo que o tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível.
Mas atenção, apenas o médico pode determinar se este medicamento é ou não o
mais indicado para cada situação.
Apesar de raras podem surgir
complicações no decurso da varicela responsáveis pelo aumento da morbilidade e
mortalidade associadas a esta doença. Estas são mais comuns nas crianças
imunocomprometidas, nos adolescentes maiores de 12 anos e nos adultos.
A complicação mais
frequente é a infecção secundária das lesões cutâneas por bactérias (Streptococcus
e Staphylococcus), o que raramente constitui um problema sério. Estas
infecções, que geralmente resultam do acto de coçar as lesões, podem ser mais
ou menos profundas, podendo atingir os gânglios linfáticos ou originar
colecções de pus por baixo da pele designadas (abcessos subcutâneos). Uma
manifestação inicial de infecção bacteriana secundária é o aspecto vermelho
(eritema) na base das vesículas.
A recrudescência da febre 3 a 4 dias
após o exantema inicial também pode indicar infecção bacteriana secundária.
Das complicações neurológicas da
varicela a ataxia cerebelosa é a mais comum podendo também ocorrer meningite e
encefalite mas muito raramente. Outras complicações pouco frequentes são a
diminuição do número de plaquetas no sangue, pneumonia, hepatite e inflamação
das articulações.
Conclusão
O conhecimento
adequado da clínica, do tratamento e das condutas preventivas é de vital
importância para o pediatra se conduzir frente a um caso de varicela. Com a
introdução da vacina de varicela em nosso meio, é importante que o pediatra
esteja familiarizado com a sua indicação. Por infecção de um herpesvírus, o
denominado vírus da varicela zoster. Os humanos são a única fonte de infecção
conhecida. A maioria dos casos ocorre em crianças com menos de 10 anos de
idade, no final do inverno e início da primavera. O contágio ocorre a partir de
2 dias antes do aparecimento do exantema, por via respiratória, sendo que a
doença se torna cada vez menos contagiosa após o seu início. O período de
incubação é usualmente de 14 a 16 dias, mas casos podem ocorrer precocemente, a
partir do 10º dia ou, tardiamente, até o 21º dia. Em crianças
imunocomprometidas, esse tempo pode ser mais curto, contrapondo-se a períodos
de até 28 dias em indivíduos que tenham recebido gamaglobulina específica. O
diagnóstico é usualmente clínico, com o aparecimento de lesões vesiculares
características, em dias sucessivos, que evoluem para crostas em poucos dias.
Com isso coexistem, na mesma criança, formas distintas, de lesões. A febre, em
geral, é baixa, acompanhada de sintomas discretos
Recomendações
O grupo recomenda ao
professor para continuar a nos dar trabalhos de pesquisa para nos aperfeiçoar
nesse tipo de trabalho.
Bibliografia
Rubin, Emanuel
et al. Patologia: bases clinicopatológicas da medicina. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
Portal da
Saúde – SINAN. <http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/index.php>.
Acesso em 10/11/2010
Baudacci E,
Vico E, Mortalidade por varicela em crianças atendidas em creche. Pediatria
(São Paulo) 2001;23(3):213-6
Carvalho S,
Martins M, Varicela: aspectos clínicos e prevenção. Jornal de Pediatria
(Rio de Janeiro) 1999.
Agradecimento
Os estudantes do 4º
grupo, da 11ª classe turma CNM4 agradecem ao docente que nos deu trabalho de
pesquisa onde nós aprendemos muitas coisas sobre essa doença de varicela e
saímos em vantagem de ganhar experiencia de fazer um bom trabalho como esse,
obrigado.
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