1. Demonstrações financeiras
Demonstrações
financeiras são relatórios contábeis que detalham a situação
financeira geral de uma empresa. Com base nelas, é possível realizar a apuração
dos impostos, controlar o fluxo de caixa, realizar melhores investimentos e
conseguir gerenciar melhor todos os aspectos do negócio. Além disso,
demonstrações financeiras são muito importantes para potenciais investidores.
Esses relatórios podem dizer se sua empresa é um investimento
rentável e seguro ou não.
1.1. Importância
das demonstrações financeiras
Por meio das
demonstrações financeiras de uma empresa, a equipe financeira, um novo
investidor ou os sócios podem tomar suas decisões de uma maneira muito
mais segura. São elas que possibilitam, por exemplo, que sua organização
consiga aprovar um financiamento, pois elas discriminam os recursos disponíveis
em caixa e as condições de se arcar com as dívidas.
Essas
demonstrações mostram quais são os gastos, o retorno sobre investimentos, os facturamentos
previstos e uma análise da saúde financeira de uma maneira completa. Assim,
existem seis tipos diferentes: o Balanço Patrimonial, a Demonstração de
Resultados do Exercício (DRE), a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados
(DLPA), o Fluxo de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado, além do
complemento das Notas Explicativas.
1.2.
Tipos de demonstrações financeiras
Demonstrações
financeiras são um conjunto de informações. Para uma demonstração completa, os
demonstrativos mais importantes são:
·
Balanço Patrimonial;
·
Demonstração de Resultados do Exercício
(DRE);
·
Demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados;
·
Fluxo de Caixa;
·
Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
·
Notas explicativas.
1.2.1.
Balanço
Patrimonial
O
balanço patrimonial é a principal demonstração financeira de uma
empresa e trata-se de um relatório contábil que segue a legislação
vigente. Por meio dele, o negócio consegue mostrar como está o seu património,
detalhando a posição financeira actual da empresa. Ele pode ser realizado em
qualquer época do ano sendo mais comum no final para realizar o acompanhamento
de Janeiro a Dezembro.
Dessa
forma, visa-se equilibrar o património, analisando os activos, os passivos
e o património líquido. Em outras palavras, serão verificados todos os itens
capazes de gerar benefícios económicos como é o caso das aplicações e quais as
obrigações com terceiros que deverão ser liquidadas.
No
Balanço Patrimonial, existem duas colunas: activo e passivo. No activo, ficam
discriminados os direitos e os bens de uma organização, ou
seja, tudo o que de alguma forma gera valor para a empresa o estoque é um bom
exemplo. Já no passivo ficam todas as obrigações que uma empresa tem,
ou seja, os valores que deverá pagar como os serviços de fornecedores.
O
resultado da diferença entre o activo e o passivo é o chamado património
líquido. Quando o activo é positivo, a empresa tem como arcar com as suas
dívidas. Quando o oposto ocorre, chamamos de passivo a descoberto, indicando
que o valor devido é maior do que os seus bens.
1.2.2.
Demonstração de
Resultados do Exercício (DRE)
A
DRE está entre as obrigações de maior importância para as empresas. Com ela, os
gestores conseguem tomar as suas decisões estratégicas mais facilmente ao
unirem as informações sobre as finanças, ou seja, analisarem se as contas serão
positivas ou negativas. Portanto, a Demonstração de Resultados do Exercício
visa, principalmente, reunir todas as informações
financeiras da empresa, mostrando o resultado do exercício líquido, que
apresenta o lucro ou o prejuízo da operação.
Dentro
disso, estão incluídas todas as receitas da empresa, como custos e despesas.
Para
que tenha maior efectividade dos resultados, ela deve ser elaborada
considerando um período determinado, sendo mais usual a realização anual para
se ter um balanço. Isso não quer dizer que não possa ser realizada em outros
momentos, sempre que necessário.
1.2.3. Demonstração
dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA)
A
DLPA, ou Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, é utilizada para
demonstrar as mudanças no Património Líquido de uma empresa e onde ele foi
aplicado ao longo de um período pré-estabelecido. Essas mudanças no património
podem ser tanto um aumento no lucro quanto no prejuízo acumulados. A DLPA,
basicamente, mostra um comparativo entre um saldo anterior e um saldo final do
lucro da empresa. A DLPA geralmente é a última coisa a ser feita ao elaborar o
Balanço Patrimonial. Os dados da DLPA são gerados pelo paralelo entre o Balanço
Patrimonial e a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE). Assim, na DLPA
temos alguns dados que são obrigatórios:
·
O saldo inicial de lucros e prejuízos no
período estabelecido;
·
Pagamentos de dívidas e demais distribuições
de lucro;
·
O montante do lucro que foi adicionado ao
capital total;
·
Possíveis mudanças na contabilidade que
impactem lucros e prejuízos;
·
O saldo final de lucros ou prejuízos
acumulados no período estabelecido.
1.2.4. Fluxo de Caixa
O
fluxo de caixa nada mais é do que um relatório para análise da empresa, que
mostra sua posição financeira dentro de um determinado
período, que pode ser diário, semanal, mensal ou anual. Por meio dele, é
possível saber o quanto entrou e saiu de dinheiro no período específico,
analisando to caixa, as aplicações financeiras e as contas bancárias. Ainda é
possível verificar qual foi o resultado da empresa em cada uma de suas
movimentações financeiras. Assim, é possível saber exactamente onde tais
recursos foram aplicados e quais as suas origens, tendo melhor controle sobre o
fluxo financeiro.
Sabendo
exactamente onde o dinheiro está sendo empregado, pode-se fazer
um planejamento mais preciso sobre os recursos disponíveis e
necessários para cada movimentação financeira. Assim, as finanças ficam mais
organizadas e atrasos com pagamentos devido à falta de recursos são evitados. Com
base nessa demonstração, ainda é possível que o gestor tome uma decisão
acertada sobre quais aplicações são mais vantajosas e o retorno que essas lhe
darão a fim de que faça o planejamento financeiro acertado ao traçar as metas
empresariais.
1.2.5.
Demonstração do
Valor Adicionado (DVA)
Por
meio da Demonstração do Valor Adicionado, pode-se saber quais foram as riquezas
geradas em determinado período de movimentação da empresa. Nesse demonstrativo,
porém, não importa apenas qual o lucro da empresa, mas se ele esteve ligado
de maneira positiva a causas sociais. Por exemplo, se a empresa
contratou mão de obra da comunidade da qual faz parte ou até mesmo se o seu
negócio está contribuindo para o desenvolvimento económico do país ou do
município.
Com
base nesses dados, é possível saber qual foi o papel da empresa na geração de
riquezas ao analisar de que forma ela contribuiu para o desempenho social e com
a economia de forma geral. Essa seção dos relatórios compara os valores de
entradas e saídas, assim como as demais demonstrações financeiras, mas toma
como base o princípio de responsabilidade social, medindo o quanto essa
riqueza esteve relacionada ao bem da sociedade na qual a empresa está inserida
como um todo. .
1.2.6.
Notas
explicativas
As
notas explicativas servem para esclarecer sobre a situação patrimonial, visando
complementar as demonstrações contábeis que podem não ter ficado claras. Elas
também podem:
·
Informar sobre práticas contábeis que
foram aplicadas na empresa;
·
Incluir informações financeiras
relevantes;
·
Indicar os critérios de avaliação
patrimonial;
·
Apontar investimentos em outras
sociedades;
·
Expor garantias das obrigações de longo
prazo;
·
Explicitar ajustes de exercícios
anteriores.