terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Mercado de Capitais

Índice








No presente trabalho irei falar de mercado de capitais, pois o mercado de capitais faz parte do mercado financeiro, que também compreende, segundo uma classificação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o mercado de crédito, o mercado de câmbio e o mercado monetário. No mercado de capitais ainda podem ser negociados os direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de acções e outros derivativos autorizados à negociação.

Pretendo introduzir conteúdos desenvolvidos acerca de mercado de capitais.
Ø  Definir mercado de capitais;
Ø  Falar do funcionamento de mercado de capitais;
Ø  Distinguir o objectivo de mercado de capitais.

Para a realização do trabalho recorri a diversas fontes com a finalidade de reunir uma informação satisfatória e de fácil compressão através de pesquisas na Web, consulta de obras e em revisões bibliográficas que versam sobre o tema em destaque nas quais vem mencionadas no fim do trabalho.






O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que visa proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas bolsas, corretoras e outras instituições financeiras autorizadas.
No mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do capital de empresas as acções ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas debêntures conversíveis em acções, bónus de subscrição e commercial papers, que permitem a circulação de capital para custear o desenvolvimento económico.
O mercado de capitais abrange ainda as negociações com direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de acções e demais derivativos autorizados à negociação. Seu objectivo é canalizar as poupanças (recursos financeiros) da sociedade para o comércio, a indústria e outras actividades económicas. Distingue-se do mercado monetário que movimenta recursos a curto prazo, embora tenham muitas instituições em comum.
Nos países capitalistas mais desenvolvidos os mercados de capitais são mais fortes e dinâmicos. A fraqueza desse mercado nos países em desenvolvimento dificulta a formação de poupança, sendo um sério obstáculo ao desenvolvimento, obrigando esses países a recorrerem ao mercado de capitais internacionais.
2.1. Por que e como investir no mercado de capitais
À medida que cresce o nível de poupança, maior é a disponibilidade para investir. A poupança individual e a poupança das empresas (lucros) constituem a fonte principal do financiamento dos investimentos de um país. Esses investimentos são o motor do crescimento económico, que, por sua vez, gera aumento de renda com consequente aumento da poupança e do investimento.
E assim por diante. Assim é o esquema da circulação de capital presente no processo de desenvolvimento económico. À medida que se expandem, as empresas necessitam de mais e mais recursos que podem ser obtidos por meio de: l empréstimos de terceiros; l reinvestimentos de lucros e l participação de accionistas.
As duas primeiras fontes de recursos são limitadas. Geralmente, as empresas utilizam-nas para manter sua actividade operacional. Mas é pela participação de novos sócios os accionistas que uma empresa ganha condição de obter novos recursos não exigíveis, como contrapartida à participação no seu capital.
Com os recursos necessários, as empresas têm condições de investir em novos equipamentos ou no desenvolvimento de pesquisas, melhorando seu processo produtivo, tornando-o mais eficiente e beneficiando toda a comunidade.
O investidor de acções contribui para a produção de bens dos quais também é consumidor. Como accionista, ele é sócio da empresa e se beneficia da distribuição de dividendos sempre que a empresa obtiver lucros. Essa é a mecânica da democratização do capital de uma empresa e da participação em seus lucros.
Para operar no mercado secundário de acções, é necessário que o investidor dirija-se a uma corretora, onde funcionários especializados poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e orientação na selecção do investimento, de acordo com os objectivos definidos pelo aplicador.
 Se pretende adquirir acções de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o investidor deverá procurar um banco, uma corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários que participem do lançamento das acções pretendidas.

3.1.Activos privados de renda variável
3.1.1.      Acções
Títulos de renda variável, emitidos por sociedades anónimas, que representam a menor fracção do capital da empresa emissora. Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O investidor de acções é um coproprietário da sociedade anónima da qual é accionista, participando dos seus resultados. As acções são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsa ou no mercado de balcão.

3.1.2.      Tipos
3.1.2.1. Ordinárias
Proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao accionista o direito de voto em assembleias gerais.
3.1.2.2. Preferenciais
Garantem ao accionista a prioridade no recebimento de dividendos (algumas vezes em percentual mais elevado que o atribuído às acções ordinárias) e no reembolso de capital, em caso de dissolução da sociedade.
3.1.3.      Formas
3.1.3.1. Nominativas
Cautelas ou certificados que apresentam o nome do accionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emissora, identificando o novo acionista.
3.1.3.2. Escriturais
Acções que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta corrente na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos accionistas, não havendo movimentação física de documentos.
3.1.4.      Rentabilidade
É variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa, advém da posse da acção; outra parte advém do eventual ganho de capital na venda da acção.
3.1.5.      Dividendos
A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser definido pela empresa de acordo com os seus resultados referentes ao período correspondente ao direito.
Quando uma empresa obtém lucro, em geral é feito um rateio que destina parte deste lucro para reinvestimentos, parte para reservas e parte para pagamento de dividendos.
3.2. Juros sobre o capital próprio
As empresas, na distribuição de resultados aos seus accionistas, podem optar por remunerá-los por meio do pagamento de juros sobre o capital próprio, em vez de distribuir dividendos, desde que sejam atendidas determinadas condições estabelecidas em regulamentação específica.
3.2.1.      Bonificação em acções
Advém do aumento de capital de uma sociedade mediante a incorporação de reservas e lucros, quando são distribuídas gratuitamente novas acções a seus accionistas em número proporcional às já possuídas.
3.2.2.      Bonificação em dinheiro
Excepcionalmente, além dos dividendos, uma empresa poderá conceder a seus accionistas participação adicional nos lucros por meio de uma bonificação em dinheiro.
3.3. Direito de subscrição
É o direito de aquisição de novo lote de acções pelos accionistas com preferência na subscrição em quantidade proporcional às possuídas, em contrapartida à estratégia de aumento de capital da empresa.
3.3.1.      Venda de direitos de subscrição
Como não é obrigatório o exercício de preferência na subscrição de novas acções, o accionista poderá vender a terceiros, em bolsa, os direitos que detiver.
3.4. Opções sobre acções
São direitos de compra ou de venda de um lote de acções, a um preço determinado (preço de exercício), durante um prazo estabelecido (vencimento). Para se adquirir uma opção, paga-se ao vendedor um prémio. Os prémios das opções são negociados em bolsa. Sua forma é escritural e sua negociação é realizada em bolsa. A rentabilidade é dada em função da relação preço/prémio existente entre os momentos de compra e venda das opções.

3.4.1.      Opções de compra
São aquelas que garantem a seu titular o direito de comprar do lançador (o vendedor) um lote determinado de acções, ao preço de exercício, a qualquer tempo, até a data de vencimento da opção.
3.4.2.      Opções de venda
São aquelas que garantem a seu titular o direito de vender ao lançador (vendedor da opção) um lote determinado de acções, ao preço de exercício, na data de vencimento da opção. Como é possível ter diferentes posições, tanto titulares como lançadoras em opções de compra e/ou opções de venda, podem-se formar diversas estratégias neste mercado, segundo a maior ou menor propensão do investidor ao risco. Tanto o titular como o lançador de opções (de compra ou de venda) podem, a qualquer instante, sair do mercado pela realização de uma operação de natureza oposta.

Os contratos são feitos de forma individualizada entre as duas partes e as obrigações resultantes em geral não são transferíveis. Há intermediação financeira, no caso o banco comercial é o intermediador entre o tomador do empréstimo e o proprietário do recurso.
Podem ser divididos em:
  • Curto prazo;
  • Médio e longo prazo.
O mercado de curto prazo pode ser dividido em três segmentos principais:
O mercado monetário interbancário (que abrange também o mercado interbancário de títulos), é um importante segmento do mercado monetário, integrado exclusivamente por bancos, incluindo o banco emissor. É um mercado de grande volume de transacções diárias e de elevada liquidez, que abrange os 12 países da União Monetária Europeia, os da zona euro. Das transacções diárias deste mercado retira-se um importante indicador do custo do dinheiro no tempo, para prazos curtos (até um ano): a euribor (european interbank offer rate).
O mercado de dívida pública é o espaço de emissão e transacção de títulos de dívida pública a curto prazo, nomeadamente bilhetes do tesouro. Deste mercado retira-se igualmente um importante indicador do custo do dinheiro no tempo, sem risco, a chamada yield dos BT's.
O mercado de dívida das empresas é constituído pelas operações de crédito bancário a curto prazo e pelo mercado de títulos de dívida de empresas a curto prazo, o papel comercial.
O mercado de médio e longo prazo ou mercado de capitais divide-se em:
  • Mercado de capitais próprios (equity);
  • Mercado de dívida.
Esta distinção não se aplica ao mercado monetário porque os capitais próprios são fundos a longo prazo (na realidade, o capital próprio não tem prazo). Assume especial interesse o mercado titulado de capitais próprios e especialmente o constituído pelas acções cotadas em bolsa.
No mercado da dívida voltamos a encontrar os segmentos de dívida pública e de dívida de empresas (dívida bancária e mercado de obrigações). O mercado de obrigações é particularmente importante, tanto como o mercado de acções. Porque oferece liquidez e uma base objectiva de avaliação a estes títulos. O mercado de obrigações de dívida pública (obrigações do tesouro) é muito significativo, em volume de transacções e, portanto, em liquidez. Dele se extrai um terceiro indicador importante do preço do dinheiro no tempo (a longo prazo e sem risco), a yield das OT's.
O mercado de obrigações abrange uma variedade de títulos, desde obrigações comuns (com juros, a taxa fixa ou variável, prazo determinado e reembolso), passando pelas obrigações perpétuas (sem prazo), de cupão zero (sem juros periódicos), convertíveis em acções, com warrants (direitos de compra de acções), participantes, etc.
Estas últimas são geralmente incluídas num segmento classificado como híbrido, porque se trata de títulos com características de títulos de capital próprios e características de títulos de capital alheio.

4.1. Mercado de títulos

Os contratos são mais genéricos e padronizados de forma que podem ser transferíveis a terceiros, ou seja, tais contratos podem ser negociáveis em mercados secundários, ganhando liquidez. Não há intermediação financeira, o banco apenas promove o encontro entre investidores e tomadores com a cobrança de uma taxa de corretagem.
Divide-se em:
  • Títulos de Propriedade (Acções)
  • Títulos de Dívidas (Debentures, Commercial Papers, bônus-bonds)

 

5.      Diferença entre Mercado de Capitais e Mercado de Créditos

No mercado de crédito, as instituições financeiras fazem transações com os poupadores e com os tomadores independentemente. Utilizam uma taxa de juros maior na transação com os tomadores do que a taxa de juros com os poupadores. Essa diferença entre taxas dá lucro à instituição.
No mercado de capitais, as instituições financeiras participam como prestadoras de serviço entre o poupador e o tomador. O tomador fornece um rendimento directamente ao poupador, a instituição financeira organiza o contado e cobra, de ambos ou de apenas um, uma parcela relativa ao serviço prestado.

6.      Mercado primário e secundário

6.1. Mercado primário

Refere-se à emissão inicial de um título, é aqui que o emissor toma e obtém os recursos. Os lançamentos de ações novas no mercado, de forma ampla e não restrita à subscrição pelos atuais acionistas, chamam-se lançamentos públicos de ações. É um esquema de lançamento de uma emissão de ações para subscrição pública, no qual a empresa encarrega a um intermediário financeiro a colocação desses títulos no mercado.
Para colocação de ações no mercado primário, a empresa contrata os serviços de instituições especializadas, tais como: bancos de investimento, sociedades corretoras e sociedades distribuidoras, que formarão um pool de instituições financeiras para a realização de uma operação, que pode ser conceituada como sendo um contrato firmado entre a instituição financeira líder do lançamento de ações e a sociedade anônima, que deseja abrir o capital social.

6.2. Mercado secundário

Onde ocorre a negociação contínua dos papéis emitidos no passado EX: Bolsa de valores e BM&F Para operar no mercado secundário, é necessário que o investidor se dirija a uma Sociedade corretora membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários especializados poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e orientação na selecção do investimento, de acordo com os objectivos definidos pelo aplicador.
Se pretender adquirir acções de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o investidor deverá procurar um banco, uma corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários, que participem do lançamento das acções pretendidas. Mais recentemente, tem se popularizado no Brasil o uso do home-broker, ferramenta de uso da internet para a operação de compra e venda de activos financeiros junto às corretoras que oferecem o serviço.

Forma de captação de financeiras. São a base de captação de recursos das Sociedades de Crédito e Financiamento, as conhecidas financeiras.
Ø  CDBs - Certificados de Depósitos Bancários
Ø  Forma de captação dos bancos comerciais e de investimentos
Ø  CDIs - Certificados de Depósitos Interfinanceiros ou Interbancários

Com o trabalho realizado percebi que o mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que proporciona liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabiliza o processo de capitalização. É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. Os principais títulos negociados (título mobiliário) representam o capital social das empresas, tangibilizado em suas acções ou ainda empréstimos tomados pelas empresas, no mercado, representado por debêntures que são conversíveis em acções, bónus de subscrição e outros papéis comerciais. Esta constituição permite a circulação de capital e custeia o desenvolvimento económico.














Ø  Frank J. Fabozzi, Steve V. Mann, Moorad Choudhry, The Global Money Markets, Wiley Finance, Wiley & Sons (2002);
Ø  Socializing Capital: The Rise of the Large Industrial Corporation in America], William G. Roy, p. 123;
Ø  Rob Iati, The Real Story of Trading Software Espionage, AdvancedTrading.com, 10 de julho de 2009;

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