quarta-feira, 12 de abril de 2017

Agua subterranea



Índice











Introdução
O presente trabalho tem como tema o curso de água subterrânea tendo em conta que o tema águas subterrâneas ainda hoje é muito pouco conhecido. Primeiramente temos de saber que as águas subterrâneas e superficiais são parcelas inseparáveis e integrantes de um vasto ciclo, que transcorre em três meios diferentes: na atmosfera - águas atmosféricas, na superfície do solo - hidrologia de superfície - e no interior da terra - águas subterrâneas. Ademais fazem parte de um sistema que engloba, entre outras ramificações, o uso do solo, além de processos hidrológicos, geoquímicos e microbiológicos de transformação das águas que infiltram no subsolo.
















Objectivo
O objectivo desse trabalho é contribuir para difundir informações sobre o assunto, abordando diversos aspectos que conformam as questões relativas às águas subterrâneas e fazer saber e perceber e também dar informação concisa a cerca do curso das águas subterrâneas.

Metodologia
Para a realização do presente trabalho, recorremos a diversas fontes de pesquisas para ter acesso a uma informação concisa acerca do tema em estudo, as fontes nas quais recorremos por via da pesquisa electrónica (internet) estão todas apresentadas na última página do trabalho.














Águas Subterrâneas
Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da superfície da Terra, preenchendo os poros ou vazios intergranulares das rochas sedimentares, ou as fracturas, falhas e fissuras das rochas compactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de gravidade) desempenha um papel essencial na manutenção da humidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos.
As águas subterrâneas cumprem uma fase do ciclo hidrológico, uma vez que constituem uma parcela da água precipitada. Após a precipitação, parte das águas que atinge o solo se infiltra e percola no interior do subsolo, durante períodos de tempo extremamente variáveis, decorrentes de muitos factores:
·         Porosidade do subsolo: a presença de argila no solo diminui sua permeabilidade, não permitindo uma grande infiltração;
·         Cobertura vegetal: um solo coberto por vegetação é mais permeável do que um solo desmatado;
·         Inclinação do terreno: em declividades acentuadas a água corre mais rapidamente, diminuindo a possibilidade de infiltração;
·         Tipo de chuva: chuvas intensas saturam rapidamente o solo, ao passo que chuvas finas e demoradas têm mais tempo para se infiltrarem.
Durante a infiltração, uma parcela da água sob a acção da força de adesão ou de capilaridade fica retida nas regiões mais próximas da superfície do solo, constituindo a zona não saturada.
Outra parcela, sob a acção da gravidade, atinge as zonas mais profundas do subsolo, constituindo a zona saturada.
Zona não saturada:
Também chamada de zona de aeração ou vadosa, é a parte do solo que está parcialmente preenchida por água. Nesta zona, pequenas quantidades de água distribuem-se uniformemente, sendo que as suas moléculas se aderem às superfícies dos grãos do solo.
Nesta zona ocorre o fenómeno da transpiração pelas raízes das plantas, de filtração e de auto depuração da água.
Dentro desta zona encontra-se:
·         Zona de humidade do solo: é a parte mais superficial, onde a perda de água de adesão para a atmosfera é intensa. Em alguns casos é muito grande a quantidade de sais que se precipitam na superfície do solo após a evaporação dessa água, dando origem a solos salinizados ou a crostas ferruginosas (lateríticas). Esta zona serve de suporte fundamental da biomassa vegetal natural ou cultivada da Terra e da interface atmosfera / litosfera.
·         Zona intermediária: região compreendida entre a zona de humidade do solo e da franja capilar, com humidade menor do que nesta última e maior do que a da zona superficial do solo. Em áreas onde o nível freático está próximo da superfície, a zona intermediária pode não existir, pois a franja capilar atinge a superfície do solo. São brejos e alagadiços, onde há uma intensa evaporação da água subterrânea.
·         Franja de capilaridade: é a região mais próxima ao nível da água do lençol freático, onde a humidade é maior devido à presença da zona saturada logo abaixo.

Zona saturada:
É a região abaixo da zona não saturada onde os poros ou fracturas da rocha estão totalmente preenchidos por água. As águas atingem esta zona por gravidade, através dos poros ou fracturas até alcançar uma profundidade limite, onde as rochas estão tão saturadas que a água não pode penetrar mais.
Para que haja infiltração até a zona saturada, é necessário primeiro satisfazer as necessidades da força de adesão na zona não saturada. Nesta zona, a água corresponde ao excedente de água da zona não saturada que se move em velocidades muito lentas (em/dia), formando o manancial subterrâneo propriamente dito.
Uma parcela dessa água irá desaguar na superfície dos terrenos, formando as fontes, olhos de água. A outra parcela desse fluxo subterrâneo forma o caudal basal que desagua nos rios, perenizando-os durante os períodos de estiagem, com uma contribuição multianual média da ordem de 13.000 km3/ano (PEIXOTO e OORT, 1990, citado por REBOUÇAS, 1996), ou desagua directamente nos lagos e oceanos.
A superfície que separa a zona saturada da zona de aeração é chamada de nível freático, ou seja, este nível corresponde ao topo da zona saturada (IGM, 2001).
Dependendo das características climatológicas da região ou do volume de precipitação e escoamento da água, esse nível pode permanecer permanentemente a grandes profundidades, ou se aproximar da superfície horizontal do terreno, originando as zonas encharcadas ou pantanosas, ou convertendo-se em mananciais (nascentes) quando se aproxima da superfície através de um corte no terreno.

Ocorrência e Volume das Águas Subterrâneas
Assim como a distribuição das águas superficiais é muito variável, a das águas subterrâneas também é, uma vez que elas se inter-relacionam no ciclo hidrológico e dependem das condições climatológicas. Entretanto, as águas subterrâneas (10.360.230 km3) são aproximadamente 100 vezes mais abundantes que as águas superficiais dos rios e lagos (92.168 km3).
Embora elas encontrem-se armazenadas nos poros e fissuras milimétricas das rochas, estas ocorrem em grandes extensões, gerando grandes volumes de águas subterrâneas na ordem de, aproximadamente, 23.400 km3, distribuídas em uma área aproximada de 134,8 milhões de km2 (SHIKWMANOV, 1998), constituindo-se em importantes reservas de água doce.
Alguns especialistas indicam que a quantidade de água subterrânea pode chegar até 60 milhões de km3, mas a sua ocorrência em grandes profundidades pode impossibilitar seu uso.
Por essa razão, a quantidade passível de ser captada estaria a menos de 4.000 metros de profundidade, compreendendo cerca de 8 e 10 milhões de km3 (CEPIS, 2000), que, segundo Rebouças et al. (2002), estaria assim distribuída:
·         65.000 Km3 constituindo a humidade do solo;
·         4,2 Milhões de km3 desde a zona não-saturada até 750 m de profundidade,
·         5,3 Milhões de km3 de 750 m até 4.000 m de profundidade, constituindo o manancial subterrâneo.
Além disso, a quantidade de água capaz de ser armazenada pelas rochas e pelos materiais não consolidados em geral depende da porosidade dessas rochas, que pode ser de até 45% (IGM, 2001), da comunicação desses poros entre si ou da quantidade e tamanho das aberturas de fracturas existentes.
No Brasil, as reservas de água subterrânea são estimadas em 112.000 km3 (112 trilhões de m3) e a contribuição multianual média à descarga dos rios é da ordem de 2.400 km3 /ano (REBOUÇAS, 1988 citado em MMA, 2003).
Nem todas as formações geológicas possuem características hidrodinâmicas que possibilitem a extracção económica de água subterrânea para atendimento de médias e grandes vazões pontuais. As vazões já obtidas por poços variam, no Brasil, desde menos de 1 m3/h até mais de 1.000 m3/h (FUNDAJ, 2003).
Na Argentina, a contribuição multianual média à descarga dos rios é da ordem de 128 km3/ano, no Paraguai, de 41 km3/ano e no Uruguai, de 23 km3/ano (FAO,2000).

Qualidade das Águas Subterrâneas
Durante o percurso no qual a água percola entre os poros do subsolo e das rochas, ocorre a depuração da mesma através de uma série de processos físico-químicos (troca iónica, decaimento radioactivo, remoção de sólidos em suspensão, neutralização de pH em meio poroso, entre outros) e bacteriológicos (eliminação de microrganismos devido à ausência de nutrientes e oxigénio que os viabilizem) que agindo sobre a água, modificam as suas características adquiridas anteriormente, tornando-a particularmente mais adequada ao consumo humano (SILVA, 2003).
Sendo assim, a composição química da água subterrânea é o resultado combinado da composição da água que adentra o solo e da evolução química influenciada directamente pelas litologias atravessadas, sendo que o teor de substâncias dissolvidas nas águas subterrâneas vai aumentando à medida que prossegue no seu movimento (SMA, 2003).

As águas subterrâneas apresentam algumas propriedades que tornam o seu uso mais vantajoso em relação ao das águas dos rios: são filtradas e purificadas naturalmente através da percolação, determinando excelente qualidade e dispensando tratamentos prévios; não ocupam espaço em superfície; sofrem menor influência nas variações climáticas; são passíveis de extracção perto do local de uso; possuem temperatura constante; têm maior quantidade de reservas; necessitam de custos menores como fonte de água; as suas reservas e captações não ocupam área superficial; apresentam grande protecção contra agentes poluidores; o uso do recurso aumenta a reserva e melhora a qualidade; possibilitam a implantação de projectos de abastecimento à medida da necessidade (WREGE,1997).

Uso das Águas Subterrâneas
Segundo Leal (1999), a exploração de água subterrânea está condicionada a factores quantitativos, qualitativos e económicos.
Quantidade: intimamente ligada à condutividade hidráulica e ao coeficiente de armazenamento dos terrenos. Os aquíferos têm diferentes taxas de recarga, alguns deles se recuperam lentamente e em outros a recuperação é mais regular.
Qualidade: influenciada pela composição das rochas e condições climáticas e de renovação das águas.
Económico: depende da profundidade do aquífero e das condições de bombeamento. Contudo, o aproveitamento das águas subterrâneas data de tempos antigos e sua evolução tem acompanhado a própria evolução da humanidade, sendo que o seu crescente uso se deve ao melhoramento das técnicas de construção de poços e dos métodos de bombeamento, permitindo a extracção de água em volumes e profundidades cada vez maiores e possibilitando o suprimento de água a cidades, indústrias e projectos de irrigação.
A relação, em termos de demanda quanto ao uso, varia entre os países, e nestes, de região para região, constituindo o abastecimento público, de modo geral, a maior demanda individual (PROASNE, 2003).
Tipos de Aquíferos
A litologia do aquífero, ou seja, a sua constituição geológica (porosidade/ permeabilidade intergranular ou de fissuras) é que irá determinar a velocidade da água em seu meio, a qualidade da água e a sua qualidade como reservatório.
Essa litologia é decorrente da sua origem geológica, que pode ser fluvial, lacustre, eólica, glacial e aluvial (rochas sedimentares), vulcânica (rochas fracturadas) e metamórfica (rochas calcárias), determinando os diferentes tipos de aquíferos. Quanto à porosidade, existem três tipos aquíferos:
Aquífero poroso ou sedimentar - é aquele formado por rochas sedimentares consolidadas, sedimentos inconsolidados ou solos arenosos, onde a circulação da água se faz nos poros formados entre os grãos de areia, silte e argila de granulação variada. Constituem os mais importantes aquíferos, pelo grande volume de água que armazenam, e por sua ocorrência em grandes áreas.
Aquífero fracturado ou fissural - formado por rochas ígneas, metamórficas ou cristalinas, duras e maciças, onde a circulação da água se faz nas fracturas, fendas e falhas, abertas devido ao movimento tectónico.
Ex: basalto, granitos, gabros, filões de quartzo, etc. (SMA, 2003).
Aquífero cárstico (Karst) - formado em rochas calcárias ou carbonáticas, onde a circulação da água se faz nas fracturas e outras descontinuidades (diáclases) que resultaram da dissolução do carbonato pela água. Essas aberturas podem atingir grandes dimensões, criando, nesse caso, verdadeiros rios subterrâneos. São aquíferos heterogéneos, descontínuos, com águas duras, com fluxo em canais. As rochas são os calcários, dolomitos e mármores.
Quanto à superfície superior (segundo a pressão da água), os aquíferos podem ser de dois tipos:
Aquífero livre ou freático - é aquele constituído por uma formação geológica permeável e superficial, totalmente aflorante em toda a sua extensão, e limitado na base por uma camada impermeável. A superfície superior da zona saturada está em equilíbrio com a pressão atmosférica, com a qual se comunica livremente.
Os aquíferos livres têm a chamada recarga directa. Em aquíferos livres o nível da água varia segundo a quantidade de chuva. São os aquíferos mais comuns e mais explorados pela população. São também os que apresentam maiores problemas de contaminação.
Aquífero confinado ou artesiano - é aquele constituído por uma formação geológica permeável, confinada entre duas camadas impermeáveis ou semipermeáveis. A pressão da água no topo da zona saturada é maior do que a pressão atmosférica naquele ponto, o que faz com que a água ascenda no poço para além da zona aquífera.
Os aquíferos confinados têm a chamada recarga indirecta e quase sempre estão em locais onde ocorrem rochas sedimentares profundas (bacias sedimentares).
O aquífero semi-confinado que é aquele que se encontra limitado na base, no topo, ou em ambos, por camadas cuja permeabilidade é menor do que a do aquífero em si.
Em certas circunstâncias, um aquífero livre poderá ser abastecido por água oriunda de camadas semi­confinadas subjacentes, ou vice-versa. Zonas de fracturas ou falhas geológicas poderão, também, constituir-se em pontos de fuga ou recarga da água da camada confinada.
Em uma perfuração de um aquífero confinado, a água subirá acima do teto do aquífero, devido à pressão exercida pelo peso das camadas confinantes sobrejacentes. A altura a que a água sobe chama-se nível potenciométrico e o furo é artesiano.
Numa perfuração de um aquífero livre, o nível da água não varia porque corresponde ao nível da água no aquífero, isto é, a água está à mesma pressão que a pressão atmosférica. O nível da água é designado então de nível freático.

Áreas de Reabastecimento e Descarga do Aquífero
Um aquífero apresenta uma reserva permanente de água e uma reserva activa ou reguladora que são continuamente abastecidas através da infiltração da chuva e de outras fontes subterrâneas.
As reservas reguladoras ou activas correspondem ao escoamento de base dos rios. A área por onde ocorre o abastecimento do aquífero é chamada zona de recarga, que pode ser directa ou indirecta.
Zona de recarga directa: é aquela onde as águas da chuva se infiltram directamente no aquífero, através de suas áreas de afloramento e fissuras de rochas sobrejacentes. Sendo assim, a recarga sempre é directa nos aquíferos livres, ocorrendo em toda a superfície acima do lençol freático.
Zona de recarga indirecta: são aquelas onde o reabastecimento do aquífero se dá a partir da drenagem (filtração vertical) superficial das águas e do fluxo subterrâneo indirecto, ao longo do pacote confinante sobrejacente, nas áreas onde a carga potenciométrica favorece os fluxos descendentes.
Zona de descarga: é aquela por onde as águas emergem do sistema, alimentando rios e jorrando com pressão por poços artesianos. As maiores taxas de recarga ocorrem nas regiões planas, bem arborizadas, e nos aquíferos livres. Nas regiões de relevo acidentado, sem cobertura vegetal, sujeitas a práticas de uso e ocupação que favorecem as enxurradas, a recarga ocorre mais lentamente e de maneira limitada (REBOUÇAS et al., 2002).

Funções dos Aquíferos
Além de suprir água suficiente para manter os cursos de águas superficiais estáveis (função de produção), os aquíferos também ajudam a evitar seu transbordamento, absorvendo o excesso da água da chuva intensa (função de regularização). Na Ásia tropical, onde a estação quente pode durar até 9 meses e onde as chuvas de monção podem ser bastante intensas, esse duplo serviço hidrológico é crucial (SAMPAT,2001).
Segundo o mesmo autor, os aquíferos também proporcionam uma forma de armazenar água doce sem muita perda pela evaporação - outro serviço particularmente valioso em regiões quentes, propensas à seca, onde essas perdas podem ser extremamente altas.
Na África, por exemplo, em média, um terço da água extraída de reservatórios todo ano perde-se pela evaporação. Os pântanos, habitats importantes para as aves, peixes e outras formas de vida silvestre, nutrem-se, normalmente, de água subterrânea, onde o lençol freático aflora à superfície em ritmo constante. Onde há muita exaustão de água subterrânea, o resultado é, frequentemente, leitos secos de rios e pântanos ressecados.

Portanto, os aquíferos podem cumprir as seguintes funções (REBOUÇAS et al., 2002):
Função de produção: corresponde à sua função mais tradicional de produção de água para o consumo humano, industrial ou irrigação.
Função de estocagem e regularização: utilização do aquífero para estocar excedentes de água que ocorrem durante as enchentes dos rios, correspondentes à capacidade máxima das estações de tratamento durante os períodos de demanda baixa, ou referentes ao reuso de efluentes domésticos e/ ou industriais.
Função de filtro: corresponde à utilização da capacidade filtrante e de depuração bio-geoquímica do maciço natural permeável. Para isso, são implantados poços a distâncias adequadas de rios perenes, lagoas, lagos ou reservatórios, para extrair água naturalmente clarificada e purificada, reduzindo substancialmente os custos dos processos convencionais de tratamento.
Função ambiental: a hidrogeologia evoluiu de enfoque naturalista tradicional (década de 40) para hidráulico quantitativo até a década de 60. A partir daí, desenvolveu-­se a hidroquímica, em razão da utilização intensa de insumos químicos nas áreas urbanas, indústrias e nas actividades agrícolas.
Função transporte: o aquífero é utilizado como um sistema de transporte de água entre zonas de recarga artificial ou natural e áreas de extração excessiva.
Função estratégica: a água contida em um aquífero foi acumulada durante muitos anos ou até séculos e é uma reserva estratégica para épocas de pouca ou nenhuma chuva.
O gerenciamento integrado das águas superficiais e subterrâneas de áreas metropolitanas, inclusive mediante práticas de recarga artificial com excedentes da capacidade das estações de tratamento, os quais ocorrem durante os períodos de menor consumo, com infiltração de águas pluviais e esgotos tratados, originam grandes volumes hídricos.
Função energética: utilização de água subterrânea aquecida pelo gradiente geotermal como fonte de energia eléctrica ou termal.
Função mantenedora: mantém o fluxo de base dos rios (WREGE,1997).

Impactos Ambientais sobre os Aquíferos
O manancial subterrâneo acha-se relativamente melhor protegido dos agentes de contaminação que afectam rapidamente a qualidade das águas dos rios, na medida em que ocorre sob uma zona não saturada (aquífero livre), ou está protegido por uma camada relativamente pouco permeável (aquífero confinado) (REBOUÇAS, 1996).
Mesmo assim, está sujeito a impactos ambientais (CPRM, 2002), tais como:
Contaminação: a vulnerabilidade de um aquífero refere-se ao seu grau de protecção natural às possíveis ameaças de contaminação potencial, e depende das características litológicas e hidrogeológicas dos estratos que o separam da fonte de contaminação (geralmente superficial), e dos gradientes hidráulicos que determinam os fluxos e o transporte das substâncias contaminantes através dos sucessivos estratos e dentro do aquífero (CALCAGNO, 2001).
Super explotação ou super exploração (sobreexplotação ou sobreexploração) de aquíferos: é a extracção de água subterrânea que ultrapassa os limites de produção das reservas reguladoras ou activas do aquífero, iniciando um processo de rebaixamento do nível potenciométrico que irá provocar danos ao meio ambiente ou para o próprio recurso.
Portanto, a água subterrânea pode ser retirada de forma permanente e em volumes constantes, por muitos anos, desde que esteja condicionada a estudos prévios do volume armazenado no subsolo e das condições climáticas e geológicas de reposição (DRM, 2003).







Conclusão
Com o trabalho concluído, podemos concluir que água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da superfície da Terra, preenchendo os poros ou vazios intergranulares das rochas sedimentares, ou as fracturas, falhas e fissuras das rochas compactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de gravidade) desempenha um papel essencial na manutenção da humidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos e as mesmas águas subterrâneas cumprem uma fase do ciclo hidrológico, uma vez que constituem uma parcela da água precipitada.

















Referências bibliográficas
·         Abbasi, Tasneem; Shahid A. Abbassi (2012). Water quality índices (em inglês) Elsevierp, p. 362;
·         Ackerman, Steven A.; John A. Knox (2012).Meteorology. understanding the atmosphere 3 ed. Jones and Bartlett Learning, p. 608;
·         Ahrens, C. Donald; Peter Lawrence Jackson, Christine E. J. Jackson, Christine E. O. Jackson (2012). Meteorology today. an introduction to weather, climate and the environment (em inglês) Cengage learning, p. 616;
·         Agarwal, S. K. (2009).Water pollution (em inglês) (Nova Délhi: APH Publishing). p. 384;
·         Belkora, Leila (2013). Water in biological and chemical processes. From structure and dynamics to function (em inglês) Cambridge University Press, p. 374.

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