INTRODUÇÃO
Quando pensamos em
flores, é muito comum nos lembrarmos delas em suja forma colorida e vistosa;
porém, esta característica é apresentada apenas por alguns tipos. Há flores que
ficam bem pequenas e esverdeadas, como, por exemplo as flores de gama. No
presente trabalho da Cadeira de Experiências Laboratoriais tem como tema a
flor, onde irei falar a cerca das partes constituintes da flor, função de cada
parte da flor, importância da flor e a inflorescência. Portanto, o estudo da flor é importante na filogenia
e classificação deste grupo de plantas.
OBJECTIVOS
Gerais:
O trabalho tem como
objectivo geral falar de (a):
·
Flor;
·
Partes
constituintes da flor;
·
Função
de cada parte da flor;
·
Importância
da flor;
·
Inflorescência.
Específicos:
O trabalho tem como
objectivo geral definir e especificar a (as):
·
Flor;
·
Partes
constituintes da flor;
·
Função
de cada parte da flor;
·
Importância
da flor;
·
Inflorescência.
RESUMO:
A flor é o órgão da planta responsável pela reprodução. Quanto à
constituição podem classificar-se como completas se possuírem todos os órgãos e
incompletas se não possuírem algum dos órgãos.
Órgãos de suporte
·
Pedúnculo -
eixo que suporta a superfície da flor;
·
Receptáculo -
parte terminal do pedúnculo que suporta a flor.
Órgãos de protecção
·
Sépala -
peça floral externa. O seu conjunto forma o cálice;
·
Pétala -
peça floral de cor viva. O seu conjunto forma acorola.
Órgãos de reprodução
·
Estames -
órgão reprodutor masculino. O seu conjunto é oandroceu;
·
Antera -
órgão que produz a célula reprodutora masculina - o grão de pólen;
·
Filete -
estrutura alongada que suporta a antera;
·
Carpelo -
órgão reprodutor feminino. O seu conjunto é ogineceu;
·
Estigma -
parte terminal do carpelo, à qual o grão de pólen adere;
·
Estilete -
estrutura que une o estigma e o ovário;
·
Ovário -
órgão que produz a célula reprodutora feminina - o óvulo;
FLOR
A evolução da flor
foi seguramente um dos principais fatores que determinaram o sucesso e grande
diversidade das Angiospermas. A típica flor das Angiospermas é monóclina, com pistilos e estames
inseridos no mesmo receptáculo e protegidos por apêndices estéreis, tendo as sépalas a função de proteção e as pétalas de atração de polinizadores.
A partir da flor
primitiva, as tendências evolutivas gerais se deram nos seguintes sentidos:
redução do número de elementos, disposição espiralada dos elementos passando à
disposição cíclica; tépalas indiferenciadas passando à diferenciação de cálice
e corola; adnação e fusão dos elementos; mudança de simetria da flor de
actinomorfa para zigomorfa; formação de um hipanto que gradualmente se funde ao
ovário com modificação do ovário súpero para ovário ínfero e reunião das flores
em inflorescências.
PARTES CONSTITUINTES
DA FLOR E SUAS FUNÇÕES
A flor é um ramo de
crescimento determinado, localizado na porção terminal do caule, de um ramo caulinar
ou axilar.
Uma flor simples é
constituída por sépalas e pétalas.
Funções
As sépalas e
pétalas têm a função de proteger a flor quando ainda está em botão (fase
inicial do desenvolvimento), ou no momento em que se fecha, à noite. As pétalas
coloridas tem têm o papel de atrair os insetos para polinizar a flor, ou seja
para trazer o pólen de outra flor da mesma espécie, depositando-o no estigma.
No decorrer do
processo evolutivo, as folhas, nós e entrenós desse ramo, sofreram profundas
modificações, transformando-se em peças florais. Tais peças em conjunto formam
quatro verticilos, cada um inserido em um dos nós do ramo, agora reduzido a um
receptáculo.
Cada uma dessas folhas
modificadas, de cada verticilo floral, é denominada antófilo. Em dois desses verticilos formam-se as células sexuais
sendo, portanto, chamados de verticilos férteis, os outros dois são apenas de
células estéreis e, portanto, chamadas de verticilos protetores ou verticilos
estéreis. Uma flor quando completa, consta de um pedicelo que é um eixo caulinar que nasce na axila de uma ou mais
brácteas. A flor será pedunculada ou séssil, caso apresente ou não o pedicelo.
Na extremidade,
geralmente mais alargada, denominada
receptáculo floral estão
inseridos os elementos florais. O
receptáculo é um ramo modificado, constituído de nós e entrenós muito curtos, podendo
apresentar-se de forma bastante variada, o que pode determinar uma alteração da
morfologia externa da flor.
Por exemplo, em
flores de grupos considerados primitivos, que em geral apresentam um grande
número de peças florais, o receptáculo floral é alongado e as peças florais se
dispõem ao redor dele de modo espiralado.
Assim, nestas
plantas, embora o eixo floral também seja de crescimento determinado, aparentam
ter um crescimento indeterminado e tais flores são chamadas de acíclicas. Nas flores especializadas,
mais evoluídas, ocorre redução do número de peças florais com um encurtamento
do eixo floral, constituindo um receptáculo floral mais achatado.
Nestas flores, as peças
florais não se dispõem mais de maneira espiralada, apresentando um arranjo cíclico ou verticilado, onde as peças de cada verticilo se inserem na mesma
altura, e formam vários círculos concêntricos. Tais flores são denominadas cíclicas.
Os apêndices
florais mais externos são estéreis e constituem o perianto, sendo formado pelas sépalas e pétalas. As sépalas constituem
o cálice. Internamente estão as
pétalas, que constituem a corola.
Os apêndices florais mais internos são férteis sendo formados pelos estames (o
conjunto é denominado androceu)
e pistilos (o conjunto é denominado gineceu).
A flor que
apresenta os dois verticilos férteis (androceu e gineceu) é dita perfeita, sendo também denominada
hermafrodita ou monóclina. Já a
flor imperfeita apresenta
apenas um dos elementos de reprodução. É uma flor estaminada se apresenta
apenas o androceu ou pistilada se apresenta apenas o gineceu.
Tal flor é dita unissexuada (masculina ou feminina) e
também díclina. Uma espécie monóica possui flores monóclinas ou díclinas
situadas no mesmo indivíduo, em alturas diferentes ou em posições diferentes
numa mesma inflorescência. A espécie dióica
possui flores díclinas situadas em indivíduos diferentes.
Se a espécie possui
flores hermafroditas e unissexuais no mesmo indivíduo (ou não) é denominada polígama.
A flor é denominada
completa se possuir os quatro verticilos:
cálice, corola, androceu e gineceu, e incompleta
se faltar algum destes verticilos.
Perianto
Os verticilos
estéreis ou acessórios são: o cálice e a corola, formados respectivamente pelas
sépalas e pétalas. As flores são caracterizadas pelo número de peças de cada verticilo,
pois este número costuma ser constante. Nas flores de Monocotyledoneae
prevalece o número de três ou seus múltiplos para sépalas, pétalas, estames e
carpelos. Estas flores são chamadas trímeras.
Nos demais grupos de Angiospermae o número varia de quatro ou tetrâmeras, cinco ou pentâmeras ou mais.
Numa flor,
reconhecem-se um ou mais planos de simetria (flor simétrica) ou nenhum plano de
simetria, sendo denominada assimétrica.
Com relação ao plano de simetria a flor pode
ser classificada em:
Actinomorfa ou
radiada: ocorre quando
mais de dois planos de simetria podem ser traçados ao longo do eixo central.
Exemplo: quaresmeira (Tibouchina
granulosa, Melastomataceae) e
abacate (Persea americana - Lauraceae). É importante
que se observe apenas a disposição das sépalas e pétalas, pois se a observação
se estender ao androceu e ao gineceu, dificilmente falaríamos em flores
simétricas.
Zigomorfa ou
dorsiventral: a flor apresenta
apenas um plano de simetria, onde as peças do perianto se dispõem irregularmente
em relação ao eixo central, mas simetricamente em relação a um plano, assim tanto
o cálice como a corola podem ser divididos em duas metades iguais.
Quando se analisa o
perianto das flores de Angiospermas verifica-se que nem sempre cálice e corola
estão presentes na flor. Deste modo as flores podem ser classificadas em:
Aclamídeas ou nuas:
quando desprovidas deperianto,
isto é, não apresentam cálice nem corola.
Monoclamídeas: quando apresentam apenas um dos verticilos estéreis, ou
seja, somente cálice ou somente corola.
Diclamídeas: quando apresentam os dois verticilos estéreis, sépalas e
pétalas. Por sua vez as flores diclamídeas são classificadas em:
Heteroclamídeas ou
periantadas: quando a flor possui
sépalas e pétalas muito diferentes entre si, na textura, forma, tamanho e
coloração, como ocorre na maioria das dicotiledôneas.
Homoclamídeas ou
perigoniadas: quando não há diferenciação
entre cálice e corola, ou seja, sépalas e pétalas são semelhantes em textura,
coloração, forma e tamanho. Neste caso, as pétalas e sépalas são denominadas
individualmente tépalas.
Cálice
O cálice,
constituído de sépalas, é o primeiro dos verticilos florais, ou seja, o mais
externo. O cálice geralmente é verde e tem a função de proteção dos órgãos
essenciais (estames e pistilos). As sépalas são folhas modificadas que
apresentam epiderme, nervuras e estômatos. A margem pode apresentar dentes,
lobos ou segmentos, fendidos ou partidos.
O cálice pode ser
classificado quanto à fusão de suas peças em:
Cálice dialissépalo:
quando as sépalas são livres
entre si.
Cálice gamossépalo:
quando as sépalas são unidas
entre si.
Corola
Internamente ao
cálice encontra-se a corola, que é definida como o conjunto de pétalas. Ao
contrário das sépalas, as pétalas têm geralmente textura mais delicada e
apresentam diferentes cores. Quando não há diferenciação entre as pétalas e as
sépalas, denominamos o conjunto de tépalas.
Os diferentes formatos e cores da corola estão relacionados aos diferentes polinizadores
das Angiospermas.
Quando as pétalas
se apresentam verdes, a corola é chamada sepalóide.
Como as sépalas, as pétalas são constituídas de epiderme, nervuras e
parênquima. As pétalas apresentam o limbo (porção dilatada) e a unha (parte basal
mais estreita). Quando falta a unha, a pétala é chamada de séssil.
A corola pode ser
classificada quanto a fusão em:
Corola dialipétala,
polipétala ou arquiclamídea: quando
as pétalas são livres desde a base.
Corola gamopétala,
simpétala ou metaclamídea: quando
as pétalas são soldadas umas às outras, pelo menos na base.
Prefloração
A flor jovem
encontra-se no estágio de botão floral.
Nesta fase é
possível analisar a prefloração do cálicen e/ou corola. A prefloração é a
disposição que as sépalas ou pétalas assumem no botão floral antes da antese
(exposição dos órgãos sexuais da flor). Durante a maturação, a flor passa do
estágio de botão para a antese, que pode ser definida como o momento de
abertura do botão floral. São vários os tipos de prefloração:
Valvar: é a prefloração caracterizada pelo simples contacto das
peças florais (sépalas ou pétalas), apenas se tocando pelos bordos.
Imbricada: quando existe uma peça totalmente interna e outra
totalmente externa e as restantes se recobrem e são recobertas. Exemplo: as
camélias apresentam o cálice com prefloração imbricada e as rosáceas têm a corola
com este tipo de prefloração.
Contorta: cada sépala recobre a seguinte e é recoberta pela
anterior.
Quincuncial: são duas pétalas externas, duas internas e uma
semi-interna, isto é, com um só lado recoberto.
Verticilos Férteis
Os verticilos
férteis são o androceu e o gineceu, que são a parte masculina e feminina da
flor, respectivamente.
Androceu
É o verticilo
floral fértil “masculino”, formado pelos estames (microsporófilos) que produzem
os microsporângios (sacos polínicos), encarregados de produzir os micrósporos,
que são produtos imediatos da meiose; estes por sua vez são transformados em grãos
de pólen que contém os microgametófitos.
Um estame típico
consta de uma parte estéril chamada filete ou filamento e uma parte fértil, a
antera unida por um tecido denominado conectivo. Estaminódios são estames
estéreis que apresentam diversas funções, tais como nectários, estruturas
petalóides atrativas para polinizadores e alimento para insetos e aves.
A antera é a porção
do estame que fica geralmente na região superior do filete e é na antera que se
formam os grãos de pólen. Geralmente a antera é constituída por duas tecas (cada uma das quais apresentando
dois sacos polínicos), unidas entre si por um tecido estéril, o conectivo que é um prolongamento do
filete. Neste caso as anteras são chamadas bitecas. Há também anteras monotecas que possuem somente uma teca.
Ao se levar em
conta o número, arranjo, fusão dos estames e características da antera, o
androceu pode ser classificado de diferentes maneiras. De acordo com o número de estames em relação ao número de pétalas, as flores podem
ser classificadas em:
Oligostêmones: se o número de estames for menor que o número de pétalas.
Isostêmones: se o número de estames for igual ao de pétalas.
Diplostêmones: se o número de estames for o dobro do número de pétalas.
Polistêmones: se o número de estames for maior que o número de
pétalas, exceto o dobro.
Segundo o tamanho dos estames, o androceu pode ser
classificado em:
Isodínamo: apresenta todos os estames de tamanhos iguais.
Didínamo: apresenta 4 estames, sendo 2 maiores e 2 menores.
Tetradínamo: apresenta 6 estames, sendo 4 maiores que os restantes
(fig. 35). Exemplo: cesto-de-ouro.
Heterodínamo: apresenta pelo menos um estame de tamanho diferente.
Dialistêmone: os filetes são livres entre si.
Gamostêmone: os filetes estão soldados entre si.
Neste caso podem
ser de várias formas:
Monadelfo: todos os estames permanecem unidos em um só grupo.
Diadelfo: um dos estames é livre e os demais soldados entre si.
Poliadelfo: os estames são soldados pelo filete em mais de três
grupos.
As anteras são
geralmente livres entre si, porém em algumas famílias, como Asteraceae, as
anteras podem estar unidas. Tal fato é chamado sinanteria.
De acordo com a disposição dos estames em relação à corola, estes podem ser:
Livres: estames presos apenas ao receptáculo.
Epipétalos: estames adnatos (aderentes) às pétalas
Inclusos: estames que não ultrapassam o nível da entrada da corola
ou do cálice.
Exertos: estames que se sobressaem na garganta do cálice ou da
corola.
De acordo com a união do filete à antera estas podem
ser classificadas em:
Antera basifixa: o filete une-se à antera pela base.
Antera dorsifixa: o filete une-se à antera pelo dorso.
Antera apicefixa: o filete une-se à antera pelo ápice
Quanto à liberação do grão-de-pólen, a
deiscência (abertura) da antera, pode ser classificada em:
Rimosa ou
longitudinal: a abertura ocorre
por uma fenda longitudinal em cada teca, sendo este tipo o mais frequente.
Valvar ou opercular: a abertura ocorre por uma ou duas valvas em cada teca.
É mais raro e ocorre na família Lauraceae.
Poricida: a abertura ocorre por poros localizados geralmente na
porção apical da teca.
Microsporogênese
Microsporogênese é
a sequência de eventos que ocorre desde a formação dos microsporócitos até a tétrade de micrósporos. No início da
microsporogênese, as células esporógenas do interior do saco polínico, podem
dar origem diretamente às células-mãe do grão de pólen (microsporócito), sofrer
algumas divisões, ou parte destas também pode degenerar.
Cada microsporócito (2n) sofre uma divisão
meiótica (R), originando uma tétrade de micrósporos
(n). Cada micrósporo da tétrade
apresenta a metade do número de cromossomos da espécie (número haplóide ou n) e
dá origem a um grão de pólen.
Microgametogênese
O micrósporo (n)
sofre uma divisão mitótica da qual resultam duas células: uma célula menor, a
geradora, e uma maior, a vegetativa (ou célula do tubo). Cerca de 70% das
espécies liberam seus grãos de pólen nesse estágio, e cada um desses constitui
um microgametófito binucleado.
Neste caso, a
segunda mitose ocorre após a polinização, no estigma da planta receptora do
pólen, antes do desenvolvimento do tubo polínico. Nos restantes 30%, a célula
geradora sofre uma nova mitose, resultando na formação dos dois núcleos gaméticos masculinos. Nesse caso, o grão de pólen constitui o
microgametófito maduro, trinucleado.
Estrutura do grão
de pólen
O grão de pólen é o
microgametófito ou gametófito masculino e apresenta formas bastante variadas. A mais comum é a
arredondada ou ovóide, de cor amarela e algumas vezes avermelhada. Encontram-se
normalmente livres nos sacos polínicos, sendo esses grãos denominados mônades.
Em algumas famílias
os grãos de pólen permanecem em tétrades
que podem e unir em grupos maiores formando as políades. Pode-se ter ainda a reunião de todos os grãos de pólen
em um saco polínico, formando as polínias,
muito comum em espécies de Orchidaceae e Asclepiadaceae.
O grão de pólen
maduro geralmente é tricelular. Internamente é envolvido por uma fina camada de
celulose, a intina e
externamente por outra camada, a exina,
que confere grande resistência ao grão de pólen.
A ornamentação da
exina pode ser bem variada, sendo os tipos mais comuns: psilada (lisa), espinhosa,
estriada, e reticulada.
As aberturas são áreas delimitadas no
grão depólen, geralmente de parede fina.
Tais aberturas são pontos
por onde emerge o tubo polínico, durante a germinação do grão de pólen. Podem
ser circulares (poro),
alongadas (colpo, sulco) ou em
forma de anel.
O estudo do grão de
pólen tem papel relevante na taxonomia (palinotaxonomia), sendo importante no controle
da origem e qualidade do mel, em pesquisas de arqueologia e geologia e na
medicina (alergias).
Gineceu
A parte “feminina”
da flor denomina-se gineceu e é
constituída por pistilos que são folhas profundamente modificadas, os carpelos (megasporófilos), que produzem
os óvulos (megasporângios) que
contêm os megásporos. O gineceu compreende todos os pistilos
da flor.
Os pistilos são
tipicamente compostos de um estigma (que
serve como coletor e facilitador da germinação do pólen carregado pelo vento, água, ou vários animais), do estilete (região especializada para o crescimento do tubo polínico) e o ovário (uma porção basal dilatada que
circunda e protege os óvulos).
O pistilo pode ser
formado por um só carpelo e nesse caso falamos em pistilo simples (unicarpelar). Se o pistilo é formado por dois
ou mais carpelos unidos o pistilo é composto
(bicarpelar, tricarpelar ou pluricarpelar), ou seja, é indispensável que
os carpelos sejam soldados para que constituam um único pistilo.
O gineceu formado
por dois ou mais carpelos soldados é denominado sincárpico ou gamocarpelar
e quando cada carpelo constitui um pistilo e numerosos pistilos
constituem o gineceu fala-se em gineceu apocárpico
ou dialicarpelar como
por exemplo a rosa.
Ovário bicarpelar,
tricarpelar ou pluricarpelar:
o ovário é composto, sendo formado respectivamente por 2, 3 ou mais carpelos
soldados.
A cavidade do
ovário que contém os óvulos denomina-se lóculo.
De um modo geral, o
número de lóculos do ovário corresponde ao número de carpelos. Segundo o número
de lóculos o ovário pode ser, uni, bi, tri ou plurilocular se possui
respectivamente l, 2, 3 ou mais lóculos.
A inserção do
estilete no ovário pode ser:
Terminal: inserção na parte superior do ovário.
Lateral: inserção ocorre lateralmente ao ovário.
Ginobásico: inserção na base do ovário.
O estigma também
pode apresentar-se único ou ramificado, com várias formas.
Flores quanto à
posição do ovário
As peças florais
(sépalas, pétalas e estames) exibem uma variação na sua disposição e no seu arranjo
no receptáculo, e em relação ao ovário. De acordo com esta disposição a flor é
caracterizada como hipógina, perígina ou epígena.
A flor hipógina apresenta ovário súpero
(livre) e o pistilo se localiza acima da inserção dos demais verticilos (perianto
e androceu). Mesmo quando os estames são epipétalos, isto é, estão adnatos
(aderentes) às pétalas em posição superior ao ovário, a flor também é hipógina.
No entanto, quando as
sépalas, pétalas e estames apresentam-se adnatos, isto é, soldados até uma
certa altura, formando uma estrutura semelhante a um copo, denominada hipanto, o ovário é súpero, mas a flor é perígina. Nas flores períginas,
podemos perceber o ovário apenas abrindo o hipanto.
Quando os demais
verticilos situam-se acima do ovário, não sendo possível separá-los dos tecidos
que o revestem, o ovário é ínfero e
a flor é chamada de epígina. Mais
uma observação pode ser feita com relação à posição dos órgãos essenciais da
flor. Algumas flores apresentam um prolongamento do eixo floral elevando o
gineceu, o androceu, ou ambos acima dos demais verticilos florais.
Se apenas o gineceu
é elevado, o prolongamento do eixo é denominado ginóforo. Se o eixo prolongado eleva o androceu acima do nível
de inserção dos demais elementos do perianto, é denominado andróforo. Quando o gineceu e o androceu
são elevados por um mesmo eixo este é denominado androginóforo.
IMPORTÂNCIA DA FLOR
As flores apesar de
contribuírem com a beleza da natureza principalmente durante a estação da
primavera, a existência das flores possuem um objecto reprodutivo: contribuir
com a produção de sementes do vegetal. Desta maneira, novas plantas são capazes
de surgir e crescer.
Assim como todos os
animais e seres vivos, foram modificando-se ao longo da evolução, com
estratégias de sobrevivência, principalmente as que mantinham a espécie viva e
as reprodutivas que dariam continuidade a espécie. Logo as flores servem para
dar origem ao embrião (embriões), que é as sementes, parte da planta que dará
origem a uma nova planta.
INFLORESCÊNCIA
Na maioria das
angiospermas as flores estão dispostas em agrupamentos denominados inflorescências.
Uma inflorescência é um ramo ou sistema de ramos caulinares que possuem flores.
Funcionalmente, o
meristema apical do eixo caulinar que está formando uma inflorescência produz primórdios
foliares que se diferenciam em brácteas, e na axila de cada bráctea nasce uma
flor ou uma gema que formará um ramo lateral com flores.
As inflorescências
são classificadas de acordo com o
desenvolvimento em duas grandes categorias:
·
Racemosa;
·
Cimosa.
Inflorescência
racemosa ou monopodial
São aquelas em
que o eixo principal cresce mais que os ramos
laterais e termina com uma gema. Esta gema
apical está sempre produzindo novas flores, de tal modo que podemos encontrar, ao mesmo tempo em um ramo, botões, flores e até frutos amadurecendo a partir do ápice.
As flores se
desenvolvem de baixo para cima ou de
fora para dentro. As inflorescências racemosa
ou monopodial podem ser classificadas em:
Racemo: são flores pediceladas dispostas em um único eixo e localizadas em diferentes
posições do ramo principal.
Corimbo: é um tipo especial de racemo na qual as flores
pediceladas estão inseridas em diferentes alturas no eixo principal, mas que
atingem todas a mesma altura.
Espiga: é semelhante à anterior, mas com flores sésseis
saindo em toda a extensão do eixo principal.
Espádice: é um tipo especial de espiga com o eixo principal
espesso, protegido na base por uma bráctea vistosa e bem desenvolvida,
denominada espata.
Capítulo ou
pseudanto: espiga com eixo
muito curto, espessado ou achatado formando um receptáculo. As flores são
sésseis, protegidas por brácteas e densamente dispostas na mesma altura.
Umbela: flores pediceladas inseridas na mesma altura do eixo
principal único e curto.
Panícula: é um racemo composto (flores dispostas em vários eixos),
onde um eixo racemoso principal sustenta dois ou mais eixos racemosos laterais,
no qual as partes, bem como o conjunto, são racemos.
Umbela de umbelas: as flores estão dispostas em vários eixos e as partes,
bem como, o todo são umbelas.
Inflorescência
cimosa ou simpodial: quando
cada eixo termina em uma flor. O meristema que está formando a inflorescência
cessa cedo a produção de brácteas e origina os primórdios dos apêndices de uma flor
terminal. A iniciação da flor terminal é precoce, pois ocorre quando as flores
laterais ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento e, consequentemente,
a flores terminal abrirá antes das expansões das laterais. As inflorescências
cimosas ou simpodiais podem ser classificadas em:
Uníparas ou
monocásio: são aquelas em que
se desenvolve uma gema de cada vez; cada flor é formada por uma gema diferente.
Escorpióide: quando as gemas desenvolvem sempre do mesmo lado do eixo.
Helicóide: quando as gemas se desenvolvem em lados alternados do
eixo.
Ripídio: quando as flores e os pedicelos formam um leque saindo de
lados alternados, porém no mesmo plano do eixo.
Bíparas ou dicásio:
são aquelas em que se desenvolvem
duas gemas de cada vez. Estas ultrapassam o eixo que as forma e deixa de
crescer, terminando em uma flor.
Multíparas ou
pleiocásio: são aquelas em que
se desenvolvem mais de duas gemas de cada vez.
Tipos especiais de
inflorescências:
Espigueta: unidade básica de inflorescência característica da
família Poaceae, consistindo de uma espiga muito reduzida, envolvida por várias
brácteas muito modificadas densamente dispostas.
Ciátio: consiste de uma inflorescência formada por um invólucro
de brácteas (geralmente com um ou mais nectários evidentes), que envolve um
conjunto de pequenas flores estaminadas aclamídeas, rodeando uma flor pistilada
central aclamídea.
Sicônio: É uma inflorescência carnosa com receptáculo côncavo.
Possui numerosas e pequenas flores encerradas na concavidade, havendo apenas uma
estreita abertura no ápice.
CONCLUSÃO
Com o trabalho
realizado, foi possível saber que a flor é o órgão de reprodução das plantas, é
a parte onde sairá a semente ou o fruto. E também dizer que as flores
apresentam órgãos de ambos os sexos, masculino e feminino, são chamadas de
hermafroditas (ou monóica). Já as flores que apresentam órgãos reprodutores de
apenas um dos sexos (masculino ou feminino) são chamadas de dióica. Com o
aprofundamento das pesquisas, notou-se também outros dois tipos de flores que
são as completas e incompletas, as completas são aquelas que apresentam quatro
verticilos florais ou seja, cálice, corola, androceu e gineceu, e as
incompletas são aquelas que faltam um ou mais desses componentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
·
APEZZATO-DA-GLÓRIA,
B. & CARMELLO-GUERREIRO, S.M. 2003. Anatomia Vegetal. Ed. UFV -
Universidade Federal de Viçosa. Viçosa.
·
CUTTER,
E.G. 1986. Anatomia Vegetal. Parte I - Flores.
2ª ed. Roca. São Paulo.
·
CUTTER,
E.G. 1987. Anatomia Vegetal. Parte II - Órgãos. Roca. São Paulo.
·
ESAU,
K. 1960. Anatomia das Plantas com Flores. Trad. 1973. Berta Lange de
Morretes. Ed. Blucher, São Paulo.
·
FERRI,
M.G., MENEZES, N.L. & MONTENEGRO, W.R. 1981. Glossário Ilustrado de
Botânica. Livraria Nobel S/A. São Paulo.
·
RAVEN, P.H.; EVERT,
R.F. & EICHCHORN, S.E. 2001. Biologia Vegetal. 6ª . ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário