sexta-feira, 17 de março de 2017

A flor, Partes constituintes da flor, função de cada parte da flor, importância da flor e a inflorescência


INTRODUÇÃO
Quando pensamos em flores, é muito comum nos lembrarmos delas em suja forma colorida e vistosa; porém, esta característica é apresentada apenas por alguns tipos. Há flores que ficam bem pequenas e esverdeadas, como, por exemplo as flores de gama. No presente trabalho da Cadeira de Experiências Laboratoriais tem como tema a flor, onde irei falar a cerca das partes constituintes da flor, função de cada parte da flor, importância da flor e a inflorescência. Portanto, o estudo da flor é importante na filogenia e classificação deste grupo de plantas.


























OBJECTIVOS
Gerais:
O trabalho tem como objectivo geral falar de (a):
·         Flor;
·         Partes constituintes da flor;
·         Função de cada parte da flor;
·         Importância da flor;
·         Inflorescência.
Específicos:
O trabalho tem como objectivo geral definir e especificar a (as):
·         Flor;
·         Partes constituintes da flor;
·         Função de cada parte da flor;
·         Importância da flor;
·         Inflorescência.










RESUMO:
A flor é o órgão da planta responsável pela reprodução. Quanto à constituição podem classificar-se como completas se possuírem todos os órgãos e incompletas se não possuírem algum dos órgãos.
Órgãos de suporte
·         Pedúnculo - eixo que suporta a superfície da flor;
·         Receptáculo - parte terminal do pedúnculo que suporta a flor.
Órgãos de protecção
·         Sépala - peça floral externa. O seu conjunto forma o cálice;
·         Pétala - peça floral de cor viva. O seu conjunto forma acorola.
Órgãos de reprodução
·         Estames - órgão reprodutor masculino. O seu conjunto é oandroceu;
·         Antera - órgão que produz a célula reprodutora masculina - o grão de pólen;
·         Filete - estrutura alongada que suporta a antera;
·         Carpelo - órgão reprodutor feminino. O seu conjunto é ogineceu;
·         Estigma - parte terminal do carpelo, à qual o grão de pólen adere;
·         Estilete - estrutura que une o estigma e o ovário;
·         Ovário - órgão que produz a célula reprodutora feminina - o óvulo;








FLOR
A evolução da flor foi seguramente um dos principais fatores que determinaram o sucesso e grande diversidade das Angiospermas. A típica flor das Angiospermas é monóclina, com pistilos e estames inseridos no mesmo receptáculo e protegidos por apêndices estéreis, tendo as sépalas a função de proteção e as pétalas de atração de polinizadores.
A partir da flor primitiva, as tendências evolutivas gerais se deram nos seguintes sentidos: redução do número de elementos, disposição espiralada dos elementos passando à disposição cíclica; tépalas indiferenciadas passando à diferenciação de cálice e corola; adnação e fusão dos elementos; mudança de simetria da flor de actinomorfa para zigomorfa; formação de um hipanto que gradualmente se funde ao ovário com modificação do ovário súpero para ovário ínfero e reunião das flores em inflorescências.

PARTES CONSTITUINTES DA FLOR E SUAS FUNÇÕES
A flor é um ramo de crescimento determinado, localizado na porção terminal do caule, de um ramo caulinar ou axilar.
Uma flor simples é constituída por sépalas e pétalas.
Funções
As sépalas e pétalas têm a função de proteger a flor quando ainda está em botão (fase inicial do desenvolvimento), ou no momento em que se fecha, à noite. As pétalas coloridas tem têm o papel de atrair os insetos para polinizar a flor, ou seja para trazer o pólen de outra flor da mesma espécie, depositando-o no estigma.
No decorrer do processo evolutivo, as folhas, nós e entrenós desse ramo, sofreram profundas modificações, transformando-se em peças florais. Tais peças em conjunto formam quatro verticilos, cada um inserido em um dos nós do ramo, agora reduzido a um receptáculo.
Cada uma dessas folhas modificadas, de cada verticilo floral, é denominada antófilo. Em dois desses verticilos formam-se as células sexuais sendo, portanto, chamados de verticilos férteis, os outros dois são apenas de células estéreis e, portanto, chamadas de verticilos protetores ou verticilos estéreis. Uma flor quando completa, consta de um pedicelo que é um eixo caulinar que nasce na axila de uma ou mais brácteas. A flor será pedunculada ou séssil, caso apresente ou não o pedicelo.
Na extremidade, geralmente mais alargada, denominada receptáculo floral estão inseridos os elementos florais. O receptáculo é um ramo modificado, constituído de nós e entrenós muito curtos, podendo apresentar-se de forma bastante variada, o que pode determinar uma alteração da morfologia externa da flor.
Por exemplo, em flores de grupos considerados primitivos, que em geral apresentam um grande número de peças florais, o receptáculo floral é alongado e as peças florais se dispõem ao redor dele de modo espiralado.
Assim, nestas plantas, embora o eixo floral também seja de crescimento determinado, aparentam ter um crescimento indeterminado e tais flores são chamadas de acíclicas. Nas flores especializadas, mais evoluídas, ocorre redução do número de peças florais com um encurtamento do eixo floral, constituindo um receptáculo floral mais achatado.
Nestas flores, as peças florais não se dispõem mais de maneira espiralada, apresentando um arranjo cíclico ou verticilado, onde as peças de cada verticilo se inserem na mesma altura, e formam vários círculos concêntricos. Tais flores são denominadas cíclicas.
Os apêndices florais mais externos são estéreis e constituem o perianto, sendo formado pelas sépalas e pétalas. As sépalas constituem o cálice. Internamente estão as pétalas, que constituem a corola. Os apêndices florais mais internos são férteis sendo formados pelos estames (o conjunto é denominado androceu) e pistilos (o conjunto é denominado gineceu).
A flor que apresenta os dois verticilos férteis (androceu e gineceu) é dita perfeita, sendo também denominada hermafrodita ou monóclina. Já a flor imperfeita apresenta apenas um dos elementos de reprodução. É uma flor estaminada se apresenta apenas o androceu ou pistilada se apresenta apenas o gineceu.
Tal flor é dita unissexuada (masculina ou feminina) e também díclina. Uma espécie monóica possui flores monóclinas ou díclinas situadas no mesmo indivíduo, em alturas diferentes ou em posições diferentes numa mesma inflorescência. A espécie dióica possui flores díclinas situadas em indivíduos diferentes.
Se a espécie possui flores hermafroditas e unissexuais no mesmo indivíduo (ou não) é denominada polígama.
A flor é denominada completa se possuir os quatro verticilos: cálice, corola, androceu e gineceu, e incompleta se faltar algum destes verticilos.
Perianto
Os verticilos estéreis ou acessórios são: o cálice e a corola, formados respectivamente pelas sépalas e pétalas. As flores são caracterizadas pelo número de peças de cada verticilo, pois este número costuma ser constante. Nas flores de Monocotyledoneae prevalece o número de três ou seus múltiplos para sépalas, pétalas, estames e carpelos. Estas flores são chamadas trímeras. Nos demais grupos de Angiospermae o número varia de quatro ou tetrâmeras, cinco ou pentâmeras ou mais.
Numa flor, reconhecem-se um ou mais planos de simetria (flor simétrica) ou nenhum plano de simetria, sendo denominada assimétrica.
Com relação ao plano de simetria a flor pode ser classificada em:
Actinomorfa ou radiada: ocorre quando mais de dois planos de simetria podem ser traçados ao longo do eixo central. Exemplo: quaresmeira (Tibouchina granulosa, Melastomataceae) e abacate (Persea americana - Lauraceae). É importante que se observe apenas a disposição das sépalas e pétalas, pois se a observação se estender ao androceu e ao gineceu, dificilmente falaríamos em flores simétricas.
Zigomorfa ou dorsiventral: a flor apresenta apenas um plano de simetria, onde as peças do perianto se dispõem irregularmente em relação ao eixo central, mas simetricamente em relação a um plano, assim tanto o cálice como a corola podem ser divididos em duas metades iguais.
Quando se analisa o perianto das flores de Angiospermas verifica-se que nem sempre cálice e corola estão presentes na flor. Deste modo as flores podem ser classificadas em:
Aclamídeas ou nuas: quando desprovidas deperianto, isto é, não apresentam cálice nem corola.
Monoclamídeas: quando apresentam apenas um dos verticilos estéreis, ou seja, somente cálice ou somente corola.
Diclamídeas: quando apresentam os dois verticilos estéreis, sépalas e pétalas. Por sua vez as flores diclamídeas são classificadas em:
Heteroclamídeas ou periantadas: quando a flor possui sépalas e pétalas muito diferentes entre si, na textura, forma, tamanho e coloração, como ocorre na maioria das dicotiledôneas.
Homoclamídeas ou perigoniadas: quando não há diferenciação entre cálice e corola, ou seja, sépalas e pétalas são semelhantes em textura, coloração, forma e tamanho. Neste caso, as pétalas e sépalas são denominadas individualmente tépalas.
Cálice
O cálice, constituído de sépalas, é o primeiro dos verticilos florais, ou seja, o mais externo. O cálice geralmente é verde e tem a função de proteção dos órgãos essenciais (estames e pistilos). As sépalas são folhas modificadas que apresentam epiderme, nervuras e estômatos. A margem pode apresentar dentes, lobos ou segmentos, fendidos ou partidos.
O cálice pode ser classificado quanto à fusão de suas peças em:
Cálice dialissépalo: quando as sépalas são livres entre si.
Cálice gamossépalo: quando as sépalas são unidas entre si.
Corola
Internamente ao cálice encontra-se a corola, que é definida como o conjunto de pétalas. Ao contrário das sépalas, as pétalas têm geralmente textura mais delicada e apresentam diferentes cores. Quando não há diferenciação entre as pétalas e as sépalas, denominamos o conjunto de tépalas. Os diferentes formatos e cores da corola estão relacionados aos diferentes polinizadores das Angiospermas.
Quando as pétalas se apresentam verdes, a corola é chamada sepalóide. Como as sépalas, as pétalas são constituídas de epiderme, nervuras e parênquima. As pétalas apresentam o limbo (porção dilatada) e a unha (parte basal mais estreita). Quando falta a unha, a pétala é chamada de séssil.
A corola pode ser classificada quanto a fusão em:
Corola dialipétala, polipétala ou arquiclamídea: quando as pétalas são livres desde a base.
Corola gamopétala, simpétala ou metaclamídea: quando as pétalas são soldadas umas às outras, pelo menos na base.
Prefloração
A flor jovem encontra-se no estágio de botão floral.
Nesta fase é possível analisar a prefloração do cálicen e/ou corola. A prefloração é a disposição que as sépalas ou pétalas assumem no botão floral antes da antese (exposição dos órgãos sexuais da flor). Durante a maturação, a flor passa do estágio de botão para a antese, que pode ser definida como o momento de abertura do botão floral. São vários os tipos de prefloração:
Valvar: é a prefloração caracterizada pelo simples contacto das peças florais (sépalas ou pétalas), apenas se tocando pelos bordos.
Imbricada: quando existe uma peça totalmente interna e outra totalmente externa e as restantes se recobrem e são recobertas. Exemplo: as camélias apresentam o cálice com prefloração imbricada e as rosáceas têm a corola com este tipo de prefloração.
Contorta: cada sépala recobre a seguinte e é recoberta pela anterior.
Quincuncial: são duas pétalas externas, duas internas e uma semi-interna, isto é, com um só lado recoberto.
Verticilos Férteis
Os verticilos férteis são o androceu e o gineceu, que são a parte masculina e feminina da flor, respectivamente.
Androceu
É o verticilo floral fértil “masculino”, formado pelos estames (microsporófilos) que produzem os microsporângios (sacos polínicos), encarregados de produzir os micrósporos, que são produtos imediatos da meiose; estes por sua vez são transformados em grãos de pólen que contém os microgametófitos.
Um estame típico consta de uma parte estéril chamada filete ou filamento e uma parte fértil, a antera unida por um tecido denominado conectivo. Estaminódios são estames estéreis que apresentam diversas funções, tais como nectários, estruturas petalóides atrativas para polinizadores e alimento para insetos e aves.
A antera é a porção do estame que fica geralmente na região superior do filete e é na antera que se formam os grãos de pólen. Geralmente a antera é constituída por duas tecas (cada uma das quais apresentando dois sacos polínicos), unidas entre si por um tecido estéril, o conectivo que é um prolongamento do filete. Neste caso as anteras são chamadas bitecas. Há também anteras monotecas que possuem somente uma teca.
Ao se levar em conta o número, arranjo, fusão dos estames e características da antera, o androceu pode ser classificado de diferentes maneiras. De acordo com o número de estames em relação ao número de pétalas, as flores podem ser classificadas em:
Oligostêmones: se o número de estames for menor que o número de pétalas.
Isostêmones: se o número de estames for igual ao de pétalas.
Diplostêmones: se o número de estames for o dobro do número de pétalas.
Polistêmones: se o número de estames for maior que o número de pétalas, exceto o dobro.
Segundo o tamanho dos estames, o androceu pode ser classificado em:
Isodínamo: apresenta todos os estames de tamanhos iguais.
Didínamo: apresenta 4 estames, sendo 2 maiores e 2 menores.
Tetradínamo: apresenta 6 estames, sendo 4 maiores que os restantes (fig. 35). Exemplo: cesto-de-ouro.
Heterodínamo: apresenta pelo menos um estame de tamanho diferente.
Dialistêmone: os filetes são livres entre si.
Gamostêmone: os filetes estão soldados entre si.
Neste caso podem ser de várias formas:
Monadelfo: todos os estames permanecem unidos em um só grupo.
Diadelfo: um dos estames é livre e os demais soldados entre si.
Poliadelfo: os estames são soldados pelo filete em mais de três grupos.
As anteras são geralmente livres entre si, porém em algumas famílias, como Asteraceae, as anteras podem estar unidas. Tal fato é chamado sinanteria.
De acordo com a disposição dos estames em relação à corola, estes podem ser:
Livres: estames presos apenas ao receptáculo.
Epipétalos: estames adnatos (aderentes) às pétalas
Inclusos: estames que não ultrapassam o nível da entrada da corola ou do cálice.
Exertos: estames que se sobressaem na garganta do cálice ou da corola.
De acordo com a união do filete à antera estas podem ser classificadas em:
Antera basifixa: o filete une-se à antera pela base.
Antera dorsifixa: o filete une-se à antera pelo dorso.
Antera apicefixa: o filete une-se à antera pelo ápice
Quanto à liberação do grão-de-pólen, a deiscência (abertura) da antera, pode ser classificada em:
Rimosa ou longitudinal: a abertura ocorre por uma fenda longitudinal em cada teca, sendo este tipo o mais frequente.
Valvar ou opercular: a abertura ocorre por uma ou duas valvas em cada teca. É mais raro e ocorre na família Lauraceae.
Poricida: a abertura ocorre por poros localizados geralmente na porção apical da teca.
Microsporogênese
Microsporogênese é a sequência de eventos que ocorre desde a formação dos microsporócitos até a tétrade de micrósporos. No início da microsporogênese, as células esporógenas do interior do saco polínico, podem dar origem diretamente às células-mãe do grão de pólen (microsporócito), sofrer algumas divisões, ou parte destas também pode degenerar.
Cada microsporócito (2n) sofre uma divisão meiótica (R), originando uma tétrade de micrósporos (n). Cada micrósporo da tétrade apresenta a metade do número de cromossomos da espécie (número haplóide ou n) e dá origem a um grão de pólen.
Microgametogênese
O micrósporo (n) sofre uma divisão mitótica da qual resultam duas células: uma célula menor, a geradora, e uma maior, a vegetativa (ou célula do tubo). Cerca de 70% das espécies liberam seus grãos de pólen nesse estágio, e cada um desses constitui um microgametófito binucleado.
Neste caso, a segunda mitose ocorre após a polinização, no estigma da planta receptora do pólen, antes do desenvolvimento do tubo polínico. Nos restantes 30%, a célula geradora sofre uma nova mitose, resultando na formação dos dois núcleos gaméticos masculinos. Nesse caso, o grão de pólen constitui o microgametófito maduro, trinucleado.
Estrutura do grão de pólen
O grão de pólen é o microgametófito ou gametófito masculino e apresenta formas bastante variadas. A mais comum é a arredondada ou ovóide, de cor amarela e algumas vezes avermelhada. Encontram-se normalmente livres nos sacos polínicos, sendo esses grãos denominados mônades.
Em algumas famílias os grãos de pólen permanecem em tétrades que podem e unir em grupos maiores formando as políades. Pode-se ter ainda a reunião de todos os grãos de pólen em um saco polínico, formando as polínias, muito comum em espécies de Orchidaceae e Asclepiadaceae.
O grão de pólen maduro geralmente é tricelular. Internamente é envolvido por uma fina camada de celulose, a intina e externamente por outra camada, a exina, que confere grande resistência ao grão de pólen.
A ornamentação da exina pode ser bem variada, sendo os tipos mais comuns: psilada (lisa), espinhosa, estriada, e reticulada.
As aberturas são áreas delimitadas no grão depólen, geralmente de parede fina.
Tais aberturas são pontos por onde emerge o tubo polínico, durante a germinação do grão de pólen. Podem ser circulares (poro), alongadas (colpo, sulco) ou em forma de anel.
O estudo do grão de pólen tem papel relevante na taxonomia (palinotaxonomia), sendo importante no controle da origem e qualidade do mel, em pesquisas de arqueologia e geologia e na medicina (alergias).
Gineceu
A parte “feminina” da flor denomina-se gineceu e é constituída por pistilos que são folhas profundamente modificadas, os carpelos (megasporófilos), que produzem os óvulos (megasporângios) que contêm os megásporos. O gineceu compreende todos os pistilos da flor.
Os pistilos são tipicamente compostos de um estigma (que serve como coletor e facilitador da germinação do pólen carregado pelo vento, água, ou vários animais), do estilete (região especializada para o crescimento do tubo polínico) e o ovário (uma porção basal dilatada que circunda e protege os óvulos).
O pistilo pode ser formado por um só carpelo e nesse caso falamos em pistilo simples (unicarpelar). Se o pistilo é formado por dois ou mais carpelos unidos o pistilo é composto (bicarpelar, tricarpelar ou pluricarpelar), ou seja, é indispensável que os carpelos sejam soldados para que constituam um único pistilo.
O gineceu formado por dois ou mais carpelos soldados é denominado sincárpico ou gamocarpelar e quando cada carpelo constitui um pistilo e numerosos pistilos constituem o gineceu fala-se em gineceu apocárpico ou dialicarpelar como por exemplo a rosa.
Ovário bicarpelar, tricarpelar ou pluricarpelar: o ovário é composto, sendo formado respectivamente por 2, 3 ou mais carpelos soldados.
A cavidade do ovário que contém os óvulos denomina-se lóculo.
De um modo geral, o número de lóculos do ovário corresponde ao número de carpelos. Segundo o número de lóculos o ovário pode ser, uni, bi, tri ou plurilocular se possui respectivamente l, 2, 3 ou mais lóculos.
A inserção do estilete no ovário pode ser:
Terminal: inserção na parte superior do ovário.
Lateral: inserção ocorre lateralmente ao ovário.
Ginobásico: inserção na base do ovário.
O estigma também pode apresentar-se único ou ramificado, com várias formas.

Flores quanto à posição do ovário
As peças florais (sépalas, pétalas e estames) exibem uma variação na sua disposição e no seu arranjo no receptáculo, e em relação ao ovário. De acordo com esta disposição a flor é caracterizada como hipógina, perígina ou epígena.
A flor hipógina apresenta ovário súpero (livre) e o pistilo se localiza acima da inserção dos demais verticilos (perianto e androceu). Mesmo quando os estames são epipétalos, isto é, estão adnatos (aderentes) às pétalas em posição superior ao ovário, a flor também é hipógina.
No entanto, quando as sépalas, pétalas e estames apresentam-se adnatos, isto é, soldados até uma certa altura, formando uma estrutura semelhante a um copo, denominada hipanto, o ovário é súpero, mas a flor é perígina. Nas flores períginas, podemos perceber o ovário apenas abrindo o hipanto.
Quando os demais verticilos situam-se acima do ovário, não sendo possível separá-los dos tecidos que o revestem, o ovário é ínfero e a flor é chamada de epígina. Mais uma observação pode ser feita com relação à posição dos órgãos essenciais da flor. Algumas flores apresentam um prolongamento do eixo floral elevando o gineceu, o androceu, ou ambos acima dos demais verticilos florais.
Se apenas o gineceu é elevado, o prolongamento do eixo é denominado ginóforo. Se o eixo prolongado eleva o androceu acima do nível de inserção dos demais elementos do perianto, é denominado andróforo. Quando o gineceu e o androceu são elevados por um mesmo eixo este é denominado androginóforo.

IMPORTÂNCIA DA FLOR
As flores apesar de contribuírem com a beleza da natureza principalmente durante a estação da primavera, a existência das flores possuem um objecto reprodutivo: contribuir com a produção de sementes do vegetal. Desta maneira, novas plantas são capazes de surgir e crescer.
Assim como todos os animais e seres vivos, foram modificando-se ao longo da evolução, com estratégias de sobrevivência, principalmente as que mantinham a espécie viva e as reprodutivas que dariam continuidade a espécie. Logo as flores servem para dar origem ao embrião (embriões), que é as sementes, parte da planta que dará origem a uma nova planta.

INFLORESCÊNCIA
Na maioria das angiospermas as flores estão dispostas em agrupamentos denominados inflorescências. Uma inflorescência é um ramo ou sistema de ramos caulinares que possuem flores.
Funcionalmente, o meristema apical do eixo caulinar que está formando uma inflorescência produz primórdios foliares que se diferenciam em brácteas, e na axila de cada bráctea nasce uma flor ou uma gema que formará um ramo lateral com flores.
As inflorescências são classificadas de acordo com o desenvolvimento em duas grandes categorias:
·         Racemosa;
·         Cimosa.
Inflorescência racemosa ou monopodial
São aquelas em que o eixo principal cresce mais que os ramos laterais e termina com uma gema. Esta gema apical está sempre produzindo novas flores, de tal modo que podemos encontrar, ao mesmo tempo em um ramo, botões, flores e até frutos amadurecendo a partir do ápice.
As flores se desenvolvem de baixo para cima ou de fora para dentro. As inflorescências racemosa ou monopodial podem ser classificadas em:
Racemo: são flores pediceladas dispostas em um único eixo e localizadas em diferentes posições do ramo principal.
Corimbo: é um tipo especial de racemo na qual as flores pediceladas estão inseridas em diferentes alturas no eixo principal, mas que atingem todas a mesma altura.
Espiga: é semelhante à anterior, mas com flores sésseis saindo em toda a extensão do eixo principal.
Espádice: é um tipo especial de espiga com o eixo principal espesso, protegido na base por uma bráctea vistosa e bem desenvolvida, denominada espata.
Capítulo ou pseudanto: espiga com eixo muito curto, espessado ou achatado formando um receptáculo. As flores são sésseis, protegidas por brácteas e densamente dispostas na mesma altura.
Umbela: flores pediceladas inseridas na mesma altura do eixo principal único e curto.
Panícula: é um racemo composto (flores dispostas em vários eixos), onde um eixo racemoso principal sustenta dois ou mais eixos racemosos laterais, no qual as partes, bem como o conjunto, são racemos.
Umbela de umbelas: as flores estão dispostas em vários eixos e as partes, bem como, o todo são umbelas.
Inflorescência cimosa ou simpodial: quando cada eixo termina em uma flor. O meristema que está formando a inflorescência cessa cedo a produção de brácteas e origina os primórdios dos apêndices de uma flor terminal. A iniciação da flor terminal é precoce, pois ocorre quando as flores laterais ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento e, consequentemente, a flores terminal abrirá antes das expansões das laterais. As inflorescências cimosas ou simpodiais podem ser classificadas em:
Uníparas ou monocásio: são aquelas em que se desenvolve uma gema de cada vez; cada flor é formada por uma gema diferente.
Escorpióide: quando as gemas desenvolvem sempre do mesmo lado do eixo.  
Helicóide: quando as gemas se desenvolvem em lados alternados do eixo.
Ripídio: quando as flores e os pedicelos formam um leque saindo de lados alternados, porém no mesmo plano do eixo.
Bíparas ou dicásio: são aquelas em que se desenvolvem duas gemas de cada vez. Estas ultrapassam o eixo que as forma e deixa de crescer, terminando em uma flor.
Multíparas ou pleiocásio: são aquelas em que se desenvolvem mais de duas gemas de cada vez.

Tipos especiais de inflorescências:
Espigueta: unidade básica de inflorescência característica da família Poaceae, consistindo de uma espiga muito reduzida, envolvida por várias brácteas muito modificadas densamente dispostas.
Ciátio: consiste de uma inflorescência formada por um invólucro de brácteas (geralmente com um ou mais nectários evidentes), que envolve um conjunto de pequenas flores estaminadas aclamídeas, rodeando uma flor pistilada central aclamídea.
Sicônio: É uma inflorescência carnosa com receptáculo côncavo. Possui numerosas e pequenas flores encerradas na concavidade, havendo apenas uma estreita abertura no ápice.















CONCLUSÃO
Com o trabalho realizado, foi possível saber que a flor é o órgão de reprodução das plantas, é a parte onde sairá a semente ou o fruto. E também dizer que as flores apresentam órgãos de ambos os sexos, masculino e feminino, são chamadas de hermafroditas (ou monóica). Já as flores que apresentam órgãos reprodutores de apenas um dos sexos (masculino ou feminino) são chamadas de dióica. Com o aprofundamento das pesquisas, notou-se também outros dois tipos de flores que são as completas e incompletas, as completas são aquelas que apresentam quatro verticilos florais ou seja, cálice, corola, androceu e gineceu, e as incompletas são aquelas que faltam um ou mais desses componentes.
















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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·         ESAU, K. 1960. Anatomia das Plantas com Flores. Trad. 1973. Berta Lange de Morretes. Ed. Blucher, São Paulo.
·         FERRI, M.G., MENEZES, N.L. & MONTENEGRO, W.R. 1981. Glossário Ilustrado de Botânica. Livraria Nobel S/A. São Paulo.
·         RAVEN, P.H.; EVERT, R.F. & EICHCHORN, S.E. 2001. Biologia Vegetal. 6ª . ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.

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